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Fashion Revolution Week: a moda tem que ser boa para todos

A semana traz discussões sobre o mercado da moda e como ele pode ser mais sustentável

Por Elisa Duarte
Atualizado em 15 abr 2024, 16h08 - Publicado em 24 abr 2017, 15h59
 (@fash_rev/Instagram)
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A Fashion Revolution Week começa nesta segunda, 24, e vai até o dia 29 de abril, sábado. “Na campanha deste ano queremos provar que a moda pode sim ser boa e justa – e o que é bom para um, tem que ser bom para todos”, disse Fernanda Simon, coordenadora nacional do Fashion Revolution, existente em mais de 90 países e em quase 30 cidades do Brasil.

https://twitter.com/SoulFashionFix/status/856357388198309890

Em São Paulo, o evento oficial acontece no sábado, dia 29, e vai ocupar a UNIBES com uma série de rodas de conversa, entre elas; “Jornalismo e Comunicação para a Moda Consciente”, “Moda nas Novas Economias” e “Trabalho Escravo na Moda”. Serão realizadas oficinas de tingimento natural de tecidos, upcycling de roupas e acessórios, costura para crianças, além de uma oficina contínua de tricô e crochê. O local também vai receber uma feira de trocas, onde você poderá trocar até 15 peças.

O evento é gratuito e aberto ao público, mas para algumas atividades é necessária a inscrição prévia. Para as mesas de conversa, o ingresso será a doação de uma peça de roupa que será repassada para o bazar da UNIBES.
Conversamos com as organizadoras do evento, Fernanda Simon, coordenadora nacional, e Eloisa Artuso, coordenadora educacional do projeto.

O Fashion Revolution surgiu em 2013, em Londres, após profissionais da moda se sensibilizarem com o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, que causou a morte de 1.134 trabalhadores da indústria têxtil. As vítimas da tragédia eram mantidas em condições análogas à escravidão e estavam ligadas a confecções de marcas globais.

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Como construir uma moda mais sustentável?
Fernanda Simon: Acredito que a partir da conscientização sobre a problemática social e ambiental escondida nas roupas, o indivíduo pode compreender, de forma sistêmica e holística, que tudo e todos estamos conectados, assim as mudanças comportamentais (como o que se consome, o que se compra, o que se veste, o que se descarta) podem gerar impactos positivos no meio ambiente e na vida de outras pessoas. Escolhas mais conscientes como comprar de produtores locais, com procedência ética, matérias primas mais ecológicas, comprar roupas e produtos de segunda mão, trocar o que não usa, escolher peças mais atemporais e com qualidade que garantam maior durabilidade, usar o que se tem, cuidar bem e consertar, são caminhos que na prática, podem ajudar.

Como as pessoas podem descobrir a origem de suas roupas?

Fernanda Simon – O Fashion Revolution acredita que tudo começa com a simples pergunta: Quem fez minhas roupas? e exigindo transparência das marcas e de todos envolvidos na cadeia.

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Vocês indicam o app Moda Livre?

O aplicativo Moda Livre é uma boa ferramenta para saber sobre a procedência de algumas marcas, mas é preciso informações ainda mais especificas.

No quadro ”moda e comunicação conscientes” quais serão os tópicos abordados?

Eloisa Artuso: Essa roda pretende debater o papel dos meios de comunicação dentro da área de moda sustentável, de maneira que possam lidar com o tema com a importância, complexidade e transparência que ele exige. É importante entender e como a mídia está lidando com as questões ambientais e sociais dentro da cadeia da moda, visto que os meios de comunicação podem ser fortes aliados na provocação de mudanças positivas de comportamento. Essa nova consciência vem tomando espaço na imprensa de moda de maneira tímida ainda e não pode mais ser ignorada, é preciso que essa discussão ganhe corpo e passe a caminhar lado a lado com as visões de futuro que a moda, por essência, propõe.

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