A representatividade do negro na moda e na beleza brasileira
20 de novembro é dia da Consciência Negra.
O Brasil é o pais mais negro fora da África. Quem diz isso são os próprios brasileiros, 50,7 % da população se autodeclara negra e parda (Censo 2010). 47,7% da população se diz branca. Então, os negros não eram maioria antes de 2010? O que mudou foi a identificação do brasileiro com cor e raça.
Vemos o reflexo desse pensamento na beleza e também na moda. O retorno dos cachos, a maior diversidade no mercado da beleza, o desfile do Emicida no SPFW, o maior número de modelos e atrizes negras nas capas de revistas, as marcas com identificação afro, os festivais como Black na Cena, o sistema de cotas nas universidades, o seriado Mister Brau na TV, a peça O Topo da Montanha, a apresentação da MC Sofia e Karol Conká na abertura das Olimpíadas. De fora, o Oscar da Lupita, a eleição de Barack Obama, a força da Michelle, a comoção mundial com a morte de Nelson Mandela. São conquistas do pensamento, da economia, do ativismo digital.
Não por acaso, Taís Araújo é uma das celebridades mais influentes entre os jovens: “Adoro ser um ícone para outras meninas negras. Quando eu era mais nova, era carente de ícones. Você só via aquelas bonecas loiras e de olhos azuis no mercado e esse era um padrão de beleza impossível de alcançar. Isso é cruel. Sinto-me orgulhosa em ser uma referência”, disse em entrevista à ESTILO.
Paralelo ao sucesso dos pretos, correm os racistas e seus crimes virtuais. Artistas como Taís Araújo e Ludmilla, a jornalista Maju Coutinho, e recentemente a pequena Titi, filha dos atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, foram alvos de ataques nas redes sociais. Mas os racistas não ficaram impunes. Racismo é crime. E alguns culpados respondem na justiça.
Para celebrar o dia 20 de novembro, selecionamos algumas personalidades do mundo da moda que arrasam na representatividade:
https://www.instagram.com/p/BM9_51EjIdW/