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Uma chance de conhecer Marina Lima

Documentário que registrou 10 anos da vida da cantora estréia hoje (27) no canal Curta

Por Ana Claudia Paixão
27 jan 2020, 17h09
 (Canal Curta!/Divulgação)
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Marina Lima tem sido uma das principais vozes femininas na música brasileira há mais de 40 anos.

Tímida, perfeccionista, questionadora, Marina não é uma artista cuja vida tenha sido dividida com seus fãs, embora seja uma artista 100% honesta com o público. Por isso mesmo a oportunidade de ver  o documentário Uma Garota Chamada Marina, que estréia hoje (27) no canal Curta, às 21h35, é muito interessante. 

Gravado ao longo de 10 anos, o documentário é um diário e uma declaração de amor. Ele cobre o período entre 2009 e 2019, o período onde Marina se ‘reinventou’: mudou de cidade, passou por uma depressão, por um período de redescoberta espiritual, posou nua (uma decisão como ela diz, por ‘prescrição médica’), mudou o estilo musical, se casou novamente e se encontrou.

Marina Lima
(Canal Curta!/Divulgação)

“As pessoas sabiam quem eu era, mas não sabiam mais quem eu queria ser”, diz a cantora que não poupa nenhum detalhe do seu processo criativo e pensamentos mais íntimos.

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O diretor, Candé Salles, viveu com a cantora por alguns anos e embora tenham se separado, seguiram amigos. Com total acesso à vida dela, o diretor também conversou com parceiros e amigos de Marina para dar uma perspectiva como ela é fora dos palcos. Descrições de ‘meticulosa’ e ‘focada’ se repetem, e ela mesma brinca com sua fama de difícil. “Eu não achei que fosse ser cantora”, ela confessa. “Achei que fosse ser maestro”, diz.

Uma Garota Chamada Marina não é um documentário nostálgico. Na verdade, há poucos registros de arquivo. Sim, ouvimos sucessos e músicas menos conhecidas. É um retrato íntimo de uma artista ímpar na música brasileira.

“A gente não fala de nada que não vale a pena”, ela diz em determinado momento a respeito de sua parceria com o irmão, o poeta Antônio Cícero. Um bom motivo para ver Uma Garota Chamada Marina e o retrato de uma artista que, aos 50 anos, não optou pelo comodismo e se desafiou. Completamente. 

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