Samara Felippo: “Eu gosto muito de atuar. Mas precisa ser ‘o’ papel”
Samara Felippo, um dos destaques da minissérie José do Egito, da Rede Record, está investindo na carreira de escritora, mas afirma que não irá parar de atuar
Samara Felippo fala do sucesso em José do Egito
Foto: AgNews
Depois de 15 anos atuando em novelas da Rede Globo, Samara Felippo agora dá expediente em José do Egito, a minissérie bíblica da Record. Contratada por obra, o compromisso da atriz com o canal termina junto com o final da trama. A escolha por esse tipo de acordo partiu da própria artista, que quer investir seu tempo em um novo ramo: a literatura. Prestes a dar à luz sua segunda filha, a atriz, de 34 anos, diz que a maternidade refez pensar a relação que mantinha com o trabalho.
Qual foi a maior diferença da primeira gestação para a segunda?
A principal diferença é que eu sinto que passou mais rápido. E não engordei tanto quanto engordei na primeira. Enjoo eu tive muito, no início, com cheiro, mas só. O perfume das pessoas e cigarro me incomodavam. E comida, infelizmente, eu não tive nenhuma restrição (risos).
A sua filha Alicia ficou enciumada com a notícia de que teria uma irmã?
Alicia está apaixonada. Ela fala com a minha barriga, pergunta se já saiu… Eu acordo de manhã e ela diz: ‘Tá crescendo, né, mãe?’ Digo que sim. É uma fofinha. Eu só não sei como será quando sair da barriga, porque durante a gravidez ela está muito tranquila.
Você descobriu que estava grávida enquanto gravava José do Egito ?
Quando comecei a gravar, eu tive muita cena difícil e não sabia que estava grávida. Mas fiz tudo sem problema. Estava tranquila. E, na trama, a Diná também engravida, então, deu tudo certo!
A maternidade mudou muito a sua relação com o trabalho?
Hoje, eu penso no que vale a pena me fazer sair de casa. Deixar de estar com a minha filha, deixar de ver os primeiros passos da próxima que vai nascer. Esse processo da criação de um filho é tão maravilhoso. A segunda gravidez, então, me fez repensar mais ainda a relação com o trabalho.
Samara Felippo em cenas de José do Egito
Foto: Rede Record/Divulgação
E como está sendo a experiência de trabalhar na Rede Record?
Está muito gostoso. Fui muito bem recebida, encontrei amigos… E a Diná, também, é uma personagem superinstigante para um ator fazer, em um produto que é a prata da casa. Eu não podia começar melhor aqui. Estou muito feliz mesmo. José do Egito representa uma nova etapa na minha vida. A Diná é um presente neste momento. É só alegria.
O seu contrato com a emissora é longo ou apenas por obra?
Meu contrato com a Rede Record é por obra. Acabando José do Egito, eu estou sem trabalho, livre, leve e solta (risos).
Mas essa decisão foi sua ou a proposta da emissora?
Sim! É uma postura que eu quero ter daqui para frente. Eu tenho outra proposta de vida. Estou começando a escrever e mantenho outro projeto que eu quero lançar ainda neste ano. Eu nem posso falar muito sobre o assunto… Estou em um processo mais de escrita do que de atuação.
Não pode adiantar mesmo do que se trata esse projeto misterioso?
Não estou nessa sozinha, mas com algumas amigas, descobrindo no que dará essa história… Não sei se será um filme, uma série ou uma peça de teatro. Mas vai sair algo, tenha certeza.
Existe a possibilidade de você abandonar a profissão de atriz?
Não! Eu gosto muito de atuar. Mas precisa ser ‘o’ papel. Não faço nem questão de ser protagonista, mas tem que me instigar, me dar vontade de sair de casa… De estudar a personagem. Eu parei de não dizer não e ficar gravando de má vontade. Eu quero sair de casa feliz para trabalhar.
Mas essa postura de não fazer questão de ter contrato com uma emissora não lhe dá certo medo?
Estou calejada. Não tenho mais esse tipo de insegurança. Acho que o lance é pensar o que eu quero para a minha vida e bancar a minha decisão. É isso! Eu acredito que é o caminho natural em que você para e pensa o que quer da vida. No momento, a minha prioridade é a escrita. Ah, claro! Muitos tombos… Mas todo mundo tem tombo, não é só atriz, não. É médico, advogado… Isso faz parte da vida. Mas eu acho que não é por causa dos tombos, não. Foi porque eu me vi parada, sem atuar, fazendo uma coisa que amava que era escrever e saquei que era isso o que eu queria.
E você pretende ter a Lara no Brasil ou nos Estados Unidos, onde o seu marido (o jogador de basquete Leandrinho) mora atualmente?
Eu quero tê-la no Brasil, com certeza. Aqui é o meu país e onde quero que ela tenha suas raízes. Mas eu ainda não sei o que vai acontecer no dia do parto porque o Leandro estará jogando na época do nascimento dela.