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Reynaldo Gianecchini: “Voltei para a TV cheio de vontade”

O ator, que está no ar em "Guerra dos Sexos", se prepara para lançar biografia e fundar uma ONG para ajudar os necessitados após vencer um câncer

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 09h12 - Publicado em 18 out 2012, 21h00
Reportagem: Heloiza Gomes - Edição: Mdemulher (/)
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Após vencer um câncer, Reynaldo Gianecchini fundará uma ONG e lançará um livro
Foto: TV Globo/Divulgação

No ano passado, ele enfrentou uma barra pesada: enquanto tratava um câncer linfático, seu pai, Reynaldo, morreu da mesma doença. Apesar do drama familiar, Reynaldo Gianecchini jura que, em nenhum momento, se apavorou ou se revoltou com a situação.

“Sou muito mais da coragem, de topar os desafios, otimista, e de bancar para ver o que dará do que ficar com medo”, garante. O ator, de 39 anos, diz que o único receio foi não conseguir fazer o Nando de Guerra dos Sexos, já que é um personagem que demanda muita energia por causa das cenas de ação.

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Bem, como o público confere toda noite, a insegurança não tinha razão de ser. “Voltei cheio de vontade”, diz. E muitos planos. Gianecchini pretende contar seu drama na biografia que deve sair até o fim do ano, escrita por Guilherme Fiuza, e fundar uma ONG para ajudar quem precisa. “Minha mãe (Heloísa) é quem ficará à frente de tudo”, adianta.

Como está sendo à volta ao trabalho depois da luta contra o câncer?
Está uma delícia! Voltei cheio de vontade. Esse personagem já tinha sido proposto pra mim há um tempinho e, durante o meu tratamento, só pensava: “Meu Deus, onde que vou achar energia para tanto?” Então, foi muito bom constatar que estou podendo entrar nessa brincadeira com todo pique, fazendo ação.

Como é que está a sua energia?
Está ótima! Estou a mil por hora. Tudo está sendo vivido com muito prazer no dia a dia e dando importância ao que realmente importa na vida: o trabalho, os amigos e a família.

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O olhar para a vida ficou diferente?
Bem diferente. Procurei tirar todos os pesos que a gente costuma colocar nos ombros e viver o dia a dia com toda a beleza que ele oferece. É esse o meu pensamento quando acordo todo dia.

Nessa nova perspectiva de vida, você tem medo de quê?
O medo foi uma coisa que, desde criança, enfrentei de peito aberto. É da minha personalidade. Sou muito mais da coragem, de topar os desafios, otimista, e de bancar pra ver o que dará, do que ficar com medo, no meu canto, deixando de fazer as coisas.

De onde você tirou tanta força para enfrentar essa doença?
Da força maior que é a do universo. E que pode ser chamada do que for, do que bem quiser.

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Você já tinha essa ligação?
Sempre fui muito conectado com essa força maior. Sempre tentei descobrir qual é a minha relação com essa coisa. E esse meu processo deu uma acelerada. Pude entender o caminho de chegar mais próximo a isso. Fui criado no catolicismo, mas conheço muitas religiões, gosto de várias. Então, prefiro falar de amor, falar dessa força perfeita do universo, da conexão, que é feita através do amor. A minha religião é o amor.

Como se preparou para enfrentar a rotina de gravação?
Nenhum preparo específico. Voltei às minhas atividades, mas quebrei o braço e, por isso, faz um mês que não posso malhar. Quebrei o dedo, na verdade. Caí, por causa de um sapato novo.

E o projeto do seu livro, como está?
Está a mil por hora. Até o final do ano deve ser lançado. O meu livro fala não só sobre a doença. É a história da minha vida, contada pelo Guilherme Fiuza. Ele vai mostrar todas as viradas da minha vida, do cara que saiu de Birigui e está aqui hoje.

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De onde veio a ideia do livro?
Fui procurado por várias editoras e nunca pensei em fazer. A ideia me parecia maluca. Aí, as pessoas falavam: “Cara, mas a sua história pode ajudar um monte de gente”. Quando o Guilherme Fiuza me procurou, veio com uma proposta bacana, que não é ser um livro de autoajuda exatamente. Ele fez Meu Nome Não É Johnny, li e achei uma delícia. Fiquei curioso para ver como ele iria contar a minha história.

E como anda o projeto da ONG que você pretendia montar em Birigui?
Está em pleno desenvolvimento. Fazer uma ONG exige bastante cuidado, trabalho. É um projeto antigo e, agora, estou conseguindo meios para realizá-lo.

E você está namorando?
Vocês sempre vêm com essas perguntinhas canalhas, né?

Não tem nada de canalhice. É uma pergunta direta. Sim ou não?
Posso falar tranquilamente: não. E não tenho a menor vontade de falar da minha vida pessoal.

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