Restart, o novo delírio das meninas!
O guitarrista Pe Lu conta tudo sobre a banda que ferve a galerinha com seu rock feliz e colorido
Rock colorido: Thomas, Pe Lu, Pe Lanza e Koba formam o Restart
Foto: Roberta Borges
Uma fã lhes enviou uma carta de mais de 10 metros. Outra invadiu a casa de um deles. E uma terceira ainda se atirou na frente da van em que estavam prontos para zarpar… Foi aí que os quatro garotos da banda Restart se deram conta de que estavam mesmo fazendo sucesso. E que sucesso! O CD Restart, lançado em março, já vendeu 50 mil cópias e a música Esse Amor em Mim, colocada na semana passada na internet, teve 100 mil acessos em dois dias. A carreira deles, aliás, começou na web em 2008.
Estudantes de um colégio no bairro do Morumbi, em São Paulo, Pedro Lucas Munhoz, 19 anos, o Pe Lu; Pedro Gabriel Lanza Reis, 18, o Pe Lanza; Lucas Kobayashi, 18, o Koba; e Thomas Alexander D´Ávila, 18, o Thominhas, se conheciam desde os 10 anos e sempre tiveram banda. Quando Pe Lu terminou o ensino médio e os outros três entraram para o terceiro ano, eles decidiram gravar Recomeçar, Vou Cantar, Amanhecer no teu Olhar e Breve História, e colocar no site MySpace.
Bombou geral! Tanto que o quarteto foi convidado a gravar por Marcos Maynard e Guto Campos, seus empresários desde então. Acompanhe a seguir o nosso bate-papo com Pe Lu, cantor e guitarrista, sobre as histórias do grupo, fama, novos projetos e namoro!
Como rolou o nome do grupo: Restart?
Um dia, entramos num estúdio para gravar as músicas e colocar na internet, só que a banda ainda não tinha nome. Um pouquinho depois, eu e o Pe Lanza estávamos jogando videogame e num momento ele falou: dá um restart. Ali descobrimos o nome da banda!
Como foi saber que as músicas de vocês estavam bombando na internet?
Eu estava na minha viagem de formatura em Bariloche, na Argentina, e acessei de lá. Foi muito legal!
O som que vocês fazem pode ser chamado de pop rock, não?
Quando qualquer banda surge, logo classificam de alguma coisa. Então, preferimos dar um rótulo nós mesmos: fazemos happy rock (rock feliz)!
Chegaram a dizer que vocês tinham uma pegada emo… Confere?
Pois é, mas emo é uma coisa de 2005, 2006. Pra falar a verdade, nem sei o que é emo direito (risos).
E como rolou de lançar estas roupas coloridas que vocês sempre usam?
Na nossa primeira sessão de fotos, alguém sugeriu que usássemos peças bem coloridas, uma pegada anos 70, 80, para contrastar com o fundo branco. Colocamos calças e camisetas de cores bem fortes, ficamos felizes com o resultado e a coisa pegou, está na moda!
Vocês lançaram uma grife, não?
Temos a nossa marca e as roupas são vendidas na loja virtual e também durantes os shows que fazemos. Em breve, estaremos em 80 lojas em shoppings e fora deles.
Quantas apresentações fazem por mês?
Olha, é uma média de 15, em geral às sextas, aos sábados e aos domingos. No ano passado foram cerca de 130 shows e neste ano teremos 200.
Vocês viajam de ônibus? Como é isso?
Se for longe, tipo Ceará, Rio Grande do Sul, vamos de avião. Senão, viajamos em nosso ônibus com um grupo de 13 pessoas: dois produtores, dois seguranças, operadores de luz e som, a galera que cuida do palco, motoristas, as pessoas que tratam da venda das roupas…
E tem alguém que cuida pessoalmente de vocês?
Nosso anjo da guarda é o Eduardo, o Dudis. Ele já nos tirou de muita enrascada. Uma vez, viajamos 20 horas e chegamos a uma cidade que não tinha nada pra comer, pois era tarde. Ele deu um jeito como sempre.
O que os pais de vocês acham de toda essa explosão pelo País?
Eles sempre nos apoiaram. O meu, Cesar Assolant, é músico, produtor musical de publicidade, toca violão e outros instrumentos. Ele me deu minha primeira guitarra quando eu tinha 3 anos. Mandou fazer especialmente pra mim.
Você ainda tem o instrumento?
Tenho sim. Mas hoje toco com uma Gibson Explorer que tem um cheiro bom de chocolate. Tenho ainda outras duas. Todas são meus xodós.
O que vocês fazem nas horas de lazer?
Temos pouco tempo, mas quando estamos em casa dormimos e convivemos com nossas famílias. Tenho duas irmãs, a Naira, de 29 anos, que é jornalista, e a Ana Genai, 32, psicóloga.
A Genai dá algumas dicas para vocês enfrentarem essa onda de sucesso sem muita piração?
Nem precisa. Temos uma base familiar muito sólida e isso nos ajuda a manter os pés no chão e continuar nosso caminho. Conquistamos muito mais do que imaginávamos. O carinho das fãs é uma coisa boa demais. Mesmo assim, sabemos que ainda temos muito a realizar.
Já ganharam muita grana? O que você queria demais e comprou com o dinheiro que ganhou até aqui?
Não estamos ricos, não. E me lembro que com nosso primeiro cachê, os quatro correram à loja pra pegar um celular poderoso. E eu acabo de comprar meu carro.
O que estão preparando de novo para o público?
Teremos novidades em setembro, mas não posso adiantar porque ainda estamos preparando tudo. Mas pode ter certeza: vai ser algo completamente louco, com músicas novas, clipes… Além disso, estamos gravando o Restart em espanhol para distribuição na América Latina.
E nessa correria toda, sobra tempo pra namorar?
Não estamos namorando, não…Estamos todos livres! (Ainda bem, não, meninas?!)