Raoni Carneiro está indeciso entre duas carreiras
O Heraldinho de Negócio da China não sabe do que gosta mais: cantar ou atuar
“É possível ser ator e ter uma banda com
um trabalho de qualidade”, conta Raoni
Carneiro
Foto: Rodrigo Lopes
Raoni Carneiro estava fadado a ser artista. Se não fosse ator, com certeza, seria cantor. Dividido entre as duas paixões, ele se aborrece se é questionado sobre o que mais gosta de fazer. “Meu comprometimento é igual com as duas carreiras”, diz ele, que se dividiu entre a gravação de seu segundo CD com a banda Trupe (Trupe Vol. 2), na qual é vocalista, e a novela Negócio da China. Aliás, foi por seu dom na música que Miguel Falabella o escolheu para ser Heraldinho, o cantor-lutador da trama das 7. Aos 26 anos, Raoni já tinha tentado outras carreiras: fez letras na USP e direito na Faap, mas não chegou a se formar. “Não sei o que me motivou a ser ator. Acho que foi vocação”, diz ele, que, num passado remoto, vivia numa fazenda em Itapetininga (SP), participando de provas de laço. Hoje, cheio de planos, ele não para: “Dia 13, estreio no Rio a peça Entre Quatro Paredes, que dirigi, e em junho Romeu e Julieta, que produzo em São Paulo e em que faço o Romeu. Em abril, lanço o CD. Tá bom, né?”
Atuar e cantar… Não deve ser nada fácil levar essa vida dupla!
Estou me divertindo, pois amo o que faço. E não estou cansado. A banda continua porque as pessoas gostam muito. Só agora, com a novela, diminuimos o ritmo, mas já estamos gravando nosso segundo disco.
Você acha que há preconceito, no Brasil, em relação a atores-cantores?
Tem, mas não sei dizer por quê. Mas atrapalha, sim. É possível ser ator e ter uma banda com um trabalho de qualidade. A responsabilidade é a mesma. Marjorie Estiano e Emanuelle Araújo, por exemplo, fazem ótimos trabalhos como atrizes e cantoras.
Você está namorando a Fernanda Rodrigues. Fica irritado com as notícias que saem sobre sua vida amorosa?
Fico, sim. Nunca fui de espalhar detalhes das minhas relações. Claro que, quando se é alguém conhecido, é difícil segurar. Mas tiro sarro dos absurdos que saem na imprensa. Sou tranquilo e minha fase de mulherengo passou!