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Paulo Rocha: “Sai da minha zona de conforto com Guerra dos Sexos”

Em sua segunda novela no Brasil, o português abiu mão do sotaque lusitano para ficar no país pelos próximos quatros anos, prazo de seu contrato com a Rede Globo

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 06h24 - Publicado em 29 nov 2012, 21h00
Reportagem: Bruno Dias Barbosa - Edição: MdeMulher (/)
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Paulo Rocha faz aulas para perder o sotaque português e pretende comprar uma casa no Brasil
Foto: TV Globo/Divulgação

A primeira vez que entrevistei Paulo Rocha foi há exatamente um ano, durante a festa de lançamento de Fina Estampa (2011). Na ocasião o sotaque português do ator dificultava um pouco a comunicação. E ele também parecia um pouco arredio com o assédio da imprensa.

Desta vez, o nosso encontro foi bem diferente. Mais solto e desinibido, o ator, de 35 anos, brincou durante toda a entrevista e deu boas gargalhadas. E o sotaque… Bom, você já deve ter notado que ele trabalhou bastante para soar o mais brasileiro possível. Contratado pela Rede Globo pelos próximos quatro anos, Paulo acordou com a emissora que eliminaria o sotaque português para conquistar novos personagens.

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“Ficar quatro anos aqui, esperando outro personagem português aparecer, seria um grande desperdício de tempo meu e de dinheiro para a emissora”, explica Rocha, que desde maio deste ano frequenta uma fonoaudióloga, para interpretar o Fábio de Guerra dos Sexos.

O Fábio é um homem muito disputado em Guerra dos Sexos. Como foi sua composição para interpretá-lo?
Olha, a minha composição não depende dos afetos dos outros personagens. Esse trabalho é feito depois, na química entre os atores. As chaves mestras do meu papel estão no grande amor que ele sente pela filha, na paixão que ele nutre pela personagem da Mariana (Ximenes, a Juliana) e da relação de pena com a da Guilhermina (Guinle, a Manoela). E, claro, essa relação com a fotografia, que é outra paixão. A composição dele passou pelo que ele sente em relação aos outros, não o contrário. Mas a empatia dessas relações é resultado de um trabalho em conjunto.

Apagar o sotaque foi uma iniciativa sua ou uma exigência da emissora?
Antes de Fina Estampa acabar, a Globo me chamou para saber se eu tinha interesse em ficar no Brasil. Chegamos a um acordo interessante para os próximos quatro anos. E uma das traves dessa combinação foi fazer esse trabalho porque abriria o leque de personagens que eu poderia interpretar.

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O que mudou para você de Fina Estampa para Guerra dos Sexos?
O sotaque (risos). É brincadeira! Está sendo muito bom. É uma equipe completamente diferente, um grupo de atores diferente. Isso é muito bom, porque me obriga a fazer novas relações. Você sai de uma zona de conforto. Fui muito acarinhado pela turma de Fina Estampa. Eles se tornaram meus amigos, de frequentar a minha casa.

Você pode dizer quais são os atores que se tornaram seus amigos?
Acho que já é sabido… A Lília (Cabral), o Malvino (Salvador), a Sophie (Charlotte), o Eri (Johnson), o Marcelo (Serrado)… Se ficasse trabalhando só com eles, não faria novas amizades.

O assédio do público brasileiro é maior do que o do português?
Não gosto de achar que é assédio, porque isso é algo que é desagradável. Mas o carinho aqui é um pouco mais evidente. Acho que isso é algo cultural, não sei se existe outro país onde os atores de novelas são tão queridos. Aqui é uma paixão. É um carinho muito bom.

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E já tem uma casa no Brasil?
Estou em um apart-hotel. Mas pretendo montar, sim. Gosto de construir as coisas aos poucos. Não sei se é algo de português ou uma maneira minha de ser. Mas pretendo arrumar uma casa. Tenho quatro anos pela frente e, assim, fico mais confortável.

E como está o coração… Algum relacionamento sério?
Todos os meus relacionamentos são sérios. Aliás, estou com vários no momento, com amigos, familiares, meus colegas de trabalho. É tudo sério!

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