Paolla Oliveira: “De nada vale estar magra e malhada se seu interior não está legal”
A atriz fala sobre a nova vida de solteira e o desafio de interpretar a vilã de Além do Tempo, nova novela das 6
Está sendo um ano e tanto para Paolla. No primeiro semestre, ela terminou as filmagens do longa Em Nome da Lei, de Sergio Rezende, inspirado na trajetória do juiz federal Odilon de Oliveira. No filme, que tem estreia prevista para 2016, ela interpreta uma promotora de Justiça. Também comandou o quadro Como Manda o Figurino, no Fantástico. De quebra, estreou como produtora teatral com a peça Foi Você Quem Pediu para Eu Contar a Minha História, de Sandrine Roche e direção de Guilherme Piva, em cartaz no Teatro Leblon, no Rio. Aos 33 anos, com nove novelas e cinco filmes em dez anos de carreira, Paolla está só começando…
Você esperava que a cena do bumbum fosse repercutir tanto?
Não mesmo. O Fernando (Meirelles) também não esperava. Ele chegou a dizer que, se soubesse da repercussão, não teria colocado essa cena. Isso reconfortou o meu lado atriz. Não é nenhum demérito, claro, foi uma cena espontânea, descontraída, mas ninguém fez para aparecer.
O frisson não foi só entre os homens, mas entre as mulheres também. Todas queriam um bumbum igual ao seu. Fez bem para o ego?
É bom, né? Quem não quer ser elogiada? Fiquei feliz!
O que você levou da Danny Bond?
Danny tinha uma coisa meio soturna, pesada, apesar de toda volúpia. De certa forma, cultivei esse mistério durante o processo. Levei para a minha vida a capacidade de observar e ouvir mais do que falar.
Como é a Melissa, protagonista de Além do Tempo?
É uma vilã divertida, uma menina mimada, de família nobre, porém arruinada. Ela vai fazer de tudo para casar com um aristocrata. Em mil oitocentos e guaraná com rolha, toda mulher tinha que casar (risos). Aliás, mesmo mais jovem do que eu, a Melissa já passou da idade. Aos 33 anos, já teria ficado para titia.
Qual sua opinião sobre casamento?
Casamento é todo dia, depende do que cada um quer. Nossos desejos devem ser respeitados e realizados. Afinal, só temos uma vida… Precisamos ser mais emocionais do que racionais.
Como foi o fim do relacionamento com o ator Joaquim Lopes?
Não dá para dizer que uma história de quase seis anos deu errado. Deu certo, sim. Fomos muito felizes. Acabamos numa boa.
Você está solteira?
Sim. Desde que a gente acabou, tenho trabalhado muito. O trabalho é minha vida, minha diversão, é onde estão os meus amigos. Estar focada na carreira é uma forma de viver.
Como é a relação com a sua família?
Minha família é o meu alicerce. Os homens da minha vida são o meu pai, meus três irmãos e um primo que conviveu comigo desde pequena. Minha mãe, Daniele, é a delicadeza e a força: aos 51 anos está cursando medicina. Eu me espelho nela.
Tem um segredinho para manter a forma?
A constância. O aeróbico é fundamental. Incorporei a corrida na minha rotina. Também faço musculação, intercalada com ioga. E a dança é um hobbie, me relaxa. Seja em casa, sozinha, ou nas aulas de balé. Quanto à dieta, seguro a onda, mas não resisto a um chocolate.
E como você cuida da mente?
Corpo são sem mente sã não adianta muita coisa. De nada vale dar a volta ao mundo, estar magra e malhada se seu interior não está legal. O equilíbrio é uma forma de liberdade também!
Faz terapia?
Sim. E tem ajudado na apropriação do meu tempo. Às vezes, a gente entra em umas crises sem necessidade. Quero estar 100% nos momentos que vivo. Minha filosofia é viver o agora – inteira, onde escolhi estar naquela hora.
É vaidosa?
No limite. Procuro fazer tudo direitinho. Em matéria de beleza, o que se faz agora, de forma constante, vai ter reflexos no futuro. Então, tento cuidar da pele, uso protetor solar, tiro a maquiagem, passo os cremes prescritos pelo dermatologista, faço drenagem linfática…
Tem medo de envelhecer?
Quero envelhecer bem – e eu faço por onde, mas não tenho medo. Quero chegar lá da melhor forma possível.