O diretor Héctor Babenco morre aos 70 anos
Indicado ao Oscar de Melhor Diretor pelo filme "O Beijo da Mulher-Aranha" em 1985, ele estava internado no Hospital Sírio Libanês e não resistiu a uma parada cardíaca.
Um dos mais aclamados diretores brasileiros, Héctor Babenco morreu, por volta das 22h50 da noite de quarta-feira (13), aos 70 anos. Nascido na Argentina em 1946 e naturalizado brasileiro em 1977, Babenco sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. Ele estava internado com sinusite no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde terça (12), para um procedimento cirúgico.
Em 1985, Babenco foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor pelo filme O Beijo da Mulher-Aranha. Carandiru (2003) e Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980) são outros dois longas de sucesso do argentino-brasileiro. Seu último filme Meu Amigo Hindu, lançado em março, é uma ficção baseada em suas memórias de quando enfrentou um câncer linfático nos anos1990. “Hoje, depois de ser muito assediado pela ideia de fim, meu único pedido à morte era que ela me deixasse fazer mais um filme. E esse é o filme que a morte me deixou fazer.”, disse o diretor ao site UOL à época do lançamento do longa.
Janka Babenco, filha do cineasta, informou ao G1 que o enterro acontecerá na sexta-feira (15). Seu desejo é que a cerimônia aconteça na cinemateca, em São Paulo. “Ele já estava com o corpo cansado e teve a parada cardiorrespiratória. Foi tudo muito simples, muito básico”, disse. Ele também era pai de Myra Babenco, que lhe deu dois netos, Ana, de 10 anos, e Pedro, de 13 anos.
O cineasta foi casado por cinco anos com a atriz Bárbara Paz. Eles chegaram a se separar em 2014, mas retomaram a relação 10 meses depois e viviam entre idas e vindas. A assessoria da atriz disse ao EGO que ela não está em condições de falar. Ele também foi casado com a atriz Xuxa Lopes e com a galerista Raquel Arnaud, mãe de Myra.