Mayana Neiva: atriz, cantora e escritora
Aos 28 anos, a paraibana Mayana Neiva lança livro infantil e fala sobre o orgulho de ser nordestina
O nascimento da sobrinha inspirou Mayana Neiva a escrever um livro infantil
Foto: Felipe Lessa
Mayana Neiva, 28 anos, lança seu primeiro livro infantil. A paraibana fala sobre a carreira e revela como resolveu se lançar como escritora.
Sobre o que é o livro Sofia?
O nascimento da minha sobrinha Marina, que hoje está com um ano e meio, foi muito forte para mim. Resolvi então transformar o amor em livro. Sofia é uma menina sonhadora, que “engole” o Sol e vive um monte de coisas malucas.
Como foi sua infância?
Morei em Campina Grande (PB) até os 3 anos de idade e em João Pessoa (PB) até os 15. Aos 16, fiz intercâmbio nos Estados Unidos e descobri o teatro. Fiquei lá até os 20 anos e me formei em drama pela Universidade de São Francisco.
Você teve banda de rock?
Sim, chamava Evoeh. Cantávamos covers e músicas próprias. Componho no violão (mas não tocava no palco). Tenho mais facilidade para criar sobre amor.
Apaixona-se fácil?
Não… Mentira! (risos)
O que um cara precisa ter?
Alma, sensibilidade. É raro achar alguém sensível e disponível para trocas sinceras.
Faz o que nas horas vagas?
Sou solteira e não tenho filhos. Gosto de ir ao teatro, ao cinema, andar e ver o mar (vivo entre Rio de Janeiro e São Paulo), ficar em casa e fazer brigadeiro.
É vaidosa?
Nós, atrizes, usamos muita maquiagem. Por isso, deixo a pele sempre limpa: uso demaquilante, tônico e ácido noturno. Já os cabelos hidrato com tratamentos à base de aminoácidos e óleo (o mais natural possível). Para o corpo, curto caminhar, fazer musculação, ioga e meditação.
Qual a importância para você de ser nordestina?
Dizem que o sertão tem falta de água, de comida. Mas o Nordeste, para mim, é sinônimo de excesso de muita coisa. O Sol é intenso; a noite, estrelada. Até a relação do nordestino com a vida é muito forte. Carrego essa herança. Sempre soube que queria ir para o mundo. Porém, o Nordeste é meu lugar. Minha família mora em João Pessoa e Campina Grande (PB).
Sofreu algum preconceito?
Ainda ouço: “Nossa, você é paraibana? Não parece!”. Isso me irrita bastante. Há uma visão pejorativa de que no Nordeste só tem praia e festa. Nem imaginam que Campina Grande, por exemplo, é polo de fabricação têxtil.
Costuma viajar pela região?
Meus lugares preferidos são as praias de Bahia Formosa (entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba) e Pipa (RN). E Olinda (PE), claro! Digo sempre que, se não fosse paraibana, seria pernambucana. Amo Recife e tenho vários amigos por lá.