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Matthew McConaughey: “Fiquei dois anos sem trabalhar e vivi muita ansiedade”

Em bate-papo com CLAUDIA, o ator de Interestelar admite que adora novelas brasileiras

Por Mariane Morisawa (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 00h14 - Publicado em 7 dez 2014, 06h00
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Matthew McConaughey cumprimenta com um “oi, tudo bem?”, assim, em português mesmo. Pergunto se já aprendeu a língua de sua mulher, a modelo mineira Camila Alves. “Não, só sei umas frases bem básicas”, diz. E faz uma série de perguntas em inglês: “De onde no Brasil você é? Estava lá na Copa do Mundo? Ficou com medo do que aconteceria?” Segundo ele, mesmo depois dos 7 a 1 da Alemanha em cima da nossa seleção, Camila ainda está brava porque a família, que inclui três filhos – Levi, 6 anos, Vida, 4, e Livingston, 2 no mês que vem – não viajou para ver o torneio. Em fase extraordinária, o ator que abocanhou o Oscar e o Globo de Ouro deste ano por Clube de Compras Dallas também brilhou na TV, na primeira temporada da série True Detective, da HBO, uma estreia de 2014. Aos 45 anos, McConaughey volta aos cinemas em Interestelar, do diretor Christopher Nolan (de A Origem).

Filme novo
“Interpreto Cooper, piloto viúvo e pai de duas crianças. No filme, o mundo em que vivo agora é de sobrevivência: há pessoas para cuidar das plantações e da água limpa. A possibilidade de tornar realidade meu desejo de virar piloto novamente bate à minha porta e quero ir atrás do meu sonho, mas tenho dois filhos para cuidar. Não há uma data de volta dessa viagem, é uma aventura épica gigantesca. Como o Christopher Nolan concebe essas coisas em sua cabeça, eu não sei!”

Família unida
“Por sorte, minha família vem comigo quando estou correndo atrás do meu sonho, que é meu trabalho. Chegará a hora em que meus filhos não poderão mais me acompanhar por causa da escola, dos amigos, de acampamentos e jogos. Mas é como temos feito e está funcionando. A outra realidade parece horrível. Então, não estou ansioso para chegar o momento em que não virão mais. Não sei como será quando tiver de decidir passar seis meses na Austrália filmando sem as crianças.”

Olho no Brasil
 “Acompanho tudo o que acontece no Brasil. Temos a Globo em casa. Gosto de algumas novelas. Sinto falta de Viver a Vida (de 2009). Os atores eram bons, a história era boa… Aquela novela era boa!”

Virada na carreira
“Não é que fui atrás do que queria fazer. Apenas parei de aceitar o que não queria mais fazer. E aí iniciei um processo de anular o que havia me marcado até ali e virei de novo uma boa ideia (basicamente, ele trocou comédias românticas por projetos mais desafiadores). Fiquei dois anos sem trabalhar e vivi muita ansiedade. Como lidei com isso? Primeiro, fui checar minhas finanças. Se não trabalhasse por um tempo, precisaria mudar meu estilo de vida? Não, havia investido bem. Foi aterrorizante para Camila quando conversamos, pois ela sabe quanto o trabalho me faz feliz. O nascimento de Levi ajudou muito. Eu tinha o que fazer: um filho, para quem devia apresentar o mundo.”

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