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Matogrosso fala sobre vida, gostos e fé

Para ele, uma das melhores drogas é subir no palco e cantar

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 08h50 - Publicado em 22 out 2012, 21h00

Ney Matogrosso em entrevista para a Lola
Foto: Divulgação

POR_Luciana Ackerman • Revista LOLA – edição 21

Ney Matogrosso mostra seu modus vivendi finérrimo: muitos livros, nada de culpa, a crença em um Deus amoroso – e a inabalável decisão de se manter interessado pelo que faz.
 
Qual foi a maior loucura da sua vida?
 
Foi ter pedido demissão do emprego para cantar no Secos & Milhados. Eu era funcionário público, trabalhava há sete anos em um hospital em Brasília. Arrisquei geral.
 
Você é um tímido na vida real ou um pirado no palco?
 
Não sou tímido, sou recatado. A timidez impede a pessoa de agir. Prefiro observar a ser observado. Ando na rua e, se passar despercebido, fico feliz. No palco, libero um outro lado meu.
 
Qual é a maior graça da maturidade?
 
Não sentir tanta ansiedade. Vejo tudo com mais clareza, mais tranquilidade. E certamente isso favorece o olhar para a vida.
 
O que passou a admirar só na maturidade?
 
Aprendi a comer. Não me interessava por comida, não sentia fome. Agora melhorei. Mas não sinto aquele prazer de comer.
 
Agora o Brasil é definido como a bola da vez. É uma grande surpresa?
 
Acho que não dá pra confiar nisso cegamente. Se o mundo não sair da crise, em algum momento ele chegará aqui. Não estamos imunes. E estabilidade econômica não é confirmação do tal país do futuro. Um país do futuro tem saúde e educação como pilares. Estamos muito longe disso.
 
Você concorda com os que dizem que a nova geração de músicos não é tão boa quanto a sua?
 
Não vejo um país no mundo que tinha tido um momento tão especial como tivemos: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, João Bosco, Raul, Mutantes… Os países da Europa têm um grande nome, um representante… E não dá para esperar que uma geração supere as outras. Não é assim. Em termos de criação, temos coisas boas só que as pessoas encontram barreiras. Elas têm a internet, mas não tocam nas rádios do Brasil inteiro como tocávamos. Não tinha o jabá, palhaçada que começou nos anos 80. Agora tem que pagar para tocar.
 
Como você faz para se renovar?
 
Uma das funções de um intérprete é apresentar compositores novos. Mas, antes disso, tenho necessidade de me manter interessado. Nunca fiz um show de sucessos… Poderia! Mas quero coisas novas. Não penso em ontem. Penso: e agora o que posso acrescentar, esclarecer, como posso abrir a mentalidade das pessoas?
 
O que não pode faltar?
 
Não sei viver sem ler. Gosto de livros, de folhear, de carregar. Leio muito sobre tudo.
 
Você acredita em Deus?
 
Claro, mas não num velho me apontando um dedo, dizendo que sou culpado. Não tenho culpa de nada! Para mim, ele é o princípio amoroso que mantém coesos as células, os universos e as galáxias. E acredito na força do pensamento.
 
Qual é a melhor droga?
 
Subir no palco e cantar! Nada substitui. Sei disso porque já usei várias – nenhuma me dá esse prazer.
 
E quem não tem o palco?
 
Faz terapia!

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