Marina Ruy Barbosa: “Não tenho tempo nem vontade de colocar silicone”
A atriz nega ter turbinado os seios e conta que está apaixonada pela sua noiva-cadáver de 'Amorteamo'
Pode esquecer a cabeleira ruiva de Marina Ruy Barbosa. Na série Amorteamo, a atriz aparecerá repaginada, com direito a uma peruca de longas madeixas negras e lentes de contato na cor castanho, para viver uma amargurada noiva-cadáver. Na produção, que estreará em 8 de maio, a personagem volta do mundo dos mortos a fim de acertar as contas com o homem que a abandonou ao pé do altar.
Na ficção, aliás, Marina não tem muita sorte quando o assunto é casamento. Sua Alice, de Morde & Assopra (2011), morreu queimada em pleno casório, enquanto a Nicole, de Amor à Vida (2013), caiu dura segundos após dizer o tão esperado “sim”. E, em Império, foi aquele desastre que a gente sabe. Ísis ficou sem o Comendador (Alexandre Nero), que partiu desta para a melhor e depois virou fantasma. Já na vida real, no entanto, Marina vive um doce e feliz romance com o empresário Caio Nabuco.
Você pode nos contar um pouco sobre a sua personagem em Amorteamo?
A Malvina tem um lado sombrio e dois amores. Um deles é pela morte, a dor e o sofrimento. O outro é Gabriel (Johnny Massaro). Só que ele não quer nada com ela, já que ama Lena (Arianne Botelho). Ela até consegue separar os dois e marcar um casamento arranjado, mas, depois de ser abandonada no altar, se mata… E volta ao mundo dos vivos querendo ficar perto desse amor, quem sabe, para sempre.
E como foi o processo de criação dessa noiva-cadáver?
Ela é uma mistura de várias referências que encontrei… Assisti a vários filmes como o próprio A Noiva Cadáver, A Órfã, Os Fantasmas se Divertem, O Cavaleiro Sem Cabeça. A Malvina não é normal, é bem esquisitinha (risos). Ela tem um fascínio pela morte. E para eu interpretá-la é um desafio! Eu nunca fiz nada parecido, é fora da minha zona de conforto. Não sei se vou ter a oportunidade de fazer algo tão diferente de novo. Estou muito feliz.
Você não tem muita sorte no amor nas telinhas, não é?
De fato, esse é o terceiro casamento que dá errado, menino (risos)! Em um, peguei fogo. No outro, morri e virei fantasma. Agora, virei a própria noiva-cadáver. Quando me convidaram para o papel, brinquei com o pessoal: “Quando querem uma noiva para quem tudo dá errado, já pensam logo em mim (gargalhadas)”.
Na série, você aparece com os cabelos escuros. É peruca?
Eu comecei a leitura do roteiro de Amorteamo no meio de Império e as gravações se iniciaram três semanas antes de a novela terminar. Por isso, tive de usar a peruca e, por questões de continuidade, acharam melhor continuar com ela. Aliás, são duas. Uma para cada fase. A caracterização me ajudou a lidar com esses dois trabalhos ao mesmo tempo, me ajudava a sair da Malvina, encarnar na Maria Isis e vice-versa. Foi bem interessante mudar de visual.
Você tem medo que algum fantasma do passado possa vir perturbá-la como na série?
(Risos) Fantasmas não me assustam. Aliás, depois dessa série nada me assusta. Até enterrada viva eu fui nas gravações.
Gosta de filmes de terror?
Adoro! E acho a série mais interessante ainda porque a gente nunca viu nada assim na Globo. Não me lembro de nada parecido na televisão. É uma oportunidade e tanto para nós, atores, nos aventurarmos nesse mundo de terror e suspense.
E quais são os planos para depois deste trabalho?
Vou tirar um pouquinho de férias após as gravações, mas voltarei à telinha em breve em uma novela das 19h chamada Poderosa.
A Malvina tem alguma coisa parecida com a Nicole de Amor à Vida?
São duas noivas angustiadas e magoadas, mas são trabalhos bem diferentes. A Malvina é bem mais dark, se deixa levar pela raiva, não consegue perdoar o Gabriel por todo o sofrimento que ele a fez passar.
As pessoas ainda abordam você para perguntar sobre a Isis e o Comendador de Império?
O Comendador era um personagem que todo mundo adorava e acho que o público entendeu que, mesmo ele morrendo, terminou falando que voltaria para ela. Sei que muita gente ficou triste, mas ao mesmo tempo tenho a sensação de que os dois ainda iriam se encontrar em algum lugar.
Ela foi seu papel mais importante na televisão?
Todo trabalho tem sido importante para mim, mas sempre serei muito grata ao Aguinaldo Silva pela personagem. É um papel um pouco mais maduro, bem diferente do que já tinha feito. Eu comecei bem pequena e a Isis foi importante para mim nessa transição de deixar de ser menina para me tornar mulher.
Você foi internada recentemente por causa de apendicite. Mas especulou-se que também teria colocado silicone…
Não… operei o apêndice na semana retrasada, mas já tirei os pontos. Estou ótima, mas não tem nada de silicone. Pode apertar, viu (risos)! Não entendo de onde saem essas histórias, mas acho que a gente deve levar na boa. Achei graça disso tudo. Não tenho nem tempo nem vontade de colocar silicone.
A operação acabou atrapalhando as gravações?
Não, foi um corte pequeno. A coisa mais difícil foi gravar algumas cenas como quando a Malvina se joga de uma ponte e fiquei presa com cabo de aço e tudo. Além disso, passei muito tempo com uma faca nas costas. Então precisei ter cuidado para não machucar ninguém.