Jussara Silveira: ‘Alegra saber que eu posso dar alguma alegria a este mundo caótico’
Brasileira com referências portuguesas, a cantora lançou seu oitavo álbum, Água Lusa, no SESC Pompéia, em São Paulo
Jussara no lançamento realizado no SESC Pompéia, na quinta-feira (27)
Foto: Alexandre Eça
Brasil e Portugal dão boas vindas ao novo trabalho de Jussara Silveira, a “mais portuguesa das cantoras brasileiras”, como costuma definir a crítica de Lisboa. Água Lusa, o oitavo disco da carreira da artista, começa a ser vendido nos dois países a partir do dia 18 de abril. Para marcar o momento, Jussara realizou o lançamento do álbum na quinta (27) e sexta-feira (28), no SESC Pompéia, em São Paulo.
Cantora de fado, tradicional estilo português, ela deu o tom do que espera despertar em seus ouvintes: “Desejo que as pessoas se reconheçam nas canções que escolhi para cantar e que também se divirtam com elas”, explica. “Muita gente me escreve dizendo que estava triste, ou que estava passando por um mau pedaço, e ao ouvir meu disco tudo mudou. Então me alegra saber que eu posso dar alguma alegria a este mundo um tanto caótico.”
O disco encerra o que a Jussara define como “trilogia da lusofonia”. Nela, explorou as três principais tradições da língua portuguesa com músicas que fazem referência às culturas do Brasil – com as canções do disco Ame ou Se Mande (2011) -, Angola – representada em Flor Bailarina (2012) – e Portugal, agora com Água Lusa.
Entre as composições do novo álbum, destacam-se as parcerias com o poeta Tiago Torres da Silva. “Uma das coisas que mais me identifica com as canções é o mar e o som do mar… O Tiago tem muitas canções com esse tema. E nosso encontro foi assim: ele vive na margem de lá do Atlântico, na Europa, e eu vivo no Rio, nesta margem de cá. Porém, no meio do imenso mar, a gente se encontrou”, diz a cantora. Ele foi um dos convidados especiais dos shows em São Paulo, que também contou com o guitarrista Pedro Joia.
Ao definir seu novo trabalho, Jussara reflete o tom intimista do seu som: “O que as pessoas podem esperar é algo como estar a ouvir o fado numa casa de Alfama”, diz fazendo referência ao tradicional bairro de Lisboa.
O poeta lisboeta Tiago Torres da Silva em participação no show
Foto: Alexandre Eça