Juliano Cazarré: “Mulher gosta de homem feio!”
É o que garante o Ninho de Amor à Vida para explicar sua fama de símbolo sexual junto ao público feminino

Juliano Cazarré: “Eu me acho meio mal-acabado, meio mal esculpido”
Foto: TV Globo/Divulgação
Ele começou sua carreira de mansinho, revelado primeiro no cinema em filmes como Tropa de Elite (2007) e A Festa da Menina Morta (2008) e, na TV, chegou primeiro ao canal a cabo HBO (na série Alice, de 2008). Mas só a partir do ano seguinte Juliano Cazarré conseguiu papéis de destaque em produções da Globo, como Força-Tarefa (2009 / 2010 / 2011), Som & Fúria (2009) e Insensato Coração (2011). No entanto, foi como o ingênuo Adauto de Avenida Brasil (2012) que o gaúcho, de 32 anos, estourou nacionalmente e se credenciou a viver o sedutor Ninho de Amor à Vida. Conheça um pouco mais sobre a vida do novo galã global, que, pasme, não se acha bonito. Confira.
Você acha o Ninho boa gente?
Ninho é um cara excepcional. Ele não é criminoso por ter dado o vacilo de tentar entrar com droga no Brasil. Por essa única burrada, ele ficou seis meses dentro de uma prisão na Bolívia.
Logo ele que adora a liberdade.
Nem fala! Esse é o caminho que tomei para ele. Brigar para ser livre. Hoje o mundo está muito careta. Tudo tem regra! As pessoas dizem onde você tem que fumar, com quem tem que casar, o que tem que beber e o que pode fazer. Se for casar homem com homem tem que ter uma lei, mulher com mulher tem que ter lei… A missão da novela é esta: prezar pela liberdade. Brigar pela liberdade individual.

Na novela, Juliano Cazarré vive Ninho, pai da filha desaparecida de Paloma, interpretada por Paolla Oliveira
Foto: TV Globo/Divulgação
Como foi usar dreads?
Não deu trabalho nenhum, pesou um pouco, é verdade, mas foi muito fácil de colocar. Curti!
Você falou que acha engraçado um sujeito feio como você ser chamado para fazer um galã. Realmente, não se acha um homem bonito?
Eu me acho meio mal-acabado, meio mal esculpido, meio torto.
Como explica a fama de sex simbol?
Mulher gosta de homem errado. Mulher gosta de homem feio. Essa é um pouco a graça do Ninho, ele é um rastafári, com aquela roupa velha e fica com aquela gata. Vários rastafáris que eu conheci em Brasília só namoravam gatinhas. Você vai à Bahia, as turistas só querem ficar com o bicho-grilo mais bicho-grilo (risos). Colar de coquinho, calcanhar rachado… Depois elas se enchem do cara, voltam para a cidade e casam com alguém promissor. Mas elas gostam de ter aventuras com o lado selvagem da vida.
Onde está seu charme então?
Sei lá… Acho que… Realmente não sei responder a essa pergunta. Sou ator e sinto que estão gostando do meu trabalho. Todo artista tem alguma vaidade, quer ser gostado. A gente sempre tenta ser carismático e sedutor. Tenta atuar de uma maneira charmosa, que não quer dizer estar bonito, com o melhor ângulo.
Mas você se sente incomodado por ser chamado de símbolo sexual?
Não. Todo artista quer ser amado. Faço isso porque quero que as pessoas gostem do meu trabalho, curtam o tipo que eu vou criar.
E como controla essa vaidade? Afinal, você não é ator 24 horas…
Todo mundo é ator 24 horas, você é atriz 24 horas, todo mundo. Você vai conversar com o seu patrão, fala de um jeito; vai dialogar com o seu filho, de outro; com o amigo no bar, de outro. Todo mundo veste personagens sociais, máscaras sociais, mas a minha vaidade de ator é muito maior do que a minha vaidade pessoal. Não quero estar lindo em todos os personagens e só usar roupas novas. Se o papel é para estar mais feio, vamos ficar feio, dente sujo, chapéu esquisito, cabelo esquisito… Vamos fazer.

Juliano e a esposa, Letícia
Foto: Ag.News
Curte moda? Sei que cuida do corpo, porque está sempre correndo.
É, eu gosto de esporte. Desde os 9 anos, faço esporte. Quer dizer… Antes, eu já devia fazer, mas com 9 entrei na natação e faço até hoje. Não posso ver uma piscina! Gosto de correr, de me alimentar bem, me cuido. E também gosto de roupa. Adoro comprar uma calça nova, um sapato novo, um blazer maneiro… E minha mulher (Letícia) adora moda, aliás, ela tem blog de moda.
Quando sua família se mudará de Brasília para o Rio?
Em algum momento do ano, mas com calma, sem atropelo. Eu quero achar um lugar bacana.
Essa distância atrapalhou a relação de vocês?
Atrapalhar, não. Mas dá tristeza por estar longe.
E não sentem ciúme um do outro?
Não somos doentiamente ciumentos, mas precisa ter um ciuminho, ninguém está 200% garantido… As coisas podem acontecer. Mas confio cem por cento nela e ela confia em mim também.
Acredita na fidelidade?
A fidelidade é uma virtude linda e que merece ser cultivada. É uma coisa de todos os dias, não adianta falar “sou fiel”. Foi até hoje, mas amanhã é outro dia. Tem que ser de novo. E é isso, tem que estar forte. Eu tenho prazer em ser fiel à minha mulher.