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Helen Mirren confessa que só faz sopa e omelete

A atriz interpreta a esnobe dona de um restaurante francês premiado, mas, na vida real, gosta mesmo é de comida simples

Por Mariane Morisawa (colaboradora)
Atualizado em 15 jan 2020, 02h08 - Publicado em 28 ago 2014, 21h00
Mariane Morisawa - Edição: Contigo!Online (/)
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Helen Mirren
Foto: Tim Rue/Corbis

Desde que interpretou Elizabeth II e ganhou o Oscar pela interpretação em A Rainha (2006), Helen Mirren é confundida com sua personagem. Todo mundo acha que a inglesa de 69 anos tem um quê de realeza, quando, na verdade, ela nasceu numa família de imigrantes russos por parte de pai. Verdade que seu avô era um aristocrata que precisou permanecer em Londres, onde negociava armas, quando a Revolução Russa estourou, em 1917. Mas seu pai dirigiu até táxi para colocar comida na mesa de casa. Sua criação de classe média reflete-se em seu gosto culinário: aprecia uma boa sopa ou um simples espaguete, ao contrário de Madame Mallory, que interpreta em A 100 Passos de um Sonho, de Lasse Hallström, 68. No filme produzido por Steven Spielberg, 67, e Oprah Winfrey, 60, Madame Mallory é a exigente proprietária de um restaurante refinado e estrelado pelo Guia Michelin que entra em conflito com a família indiana que abre um estabelecimento mais popular bem na frente do seu.

É engraçado quando pensam que você é essa figura meio da realeza?
Sim, é engraçado, não sou assim. Não mesmo. Nunca fui, aliás. Mas é o efeito de um papel bem-sucedido, que muita gente viu. As pessoas se esquecem dos outros personagens.

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O que conversou com a rainha?
Sabe, é engraçado, eu não consigo me lembrar! Se estava nervosa? Acho que sim. Há uma foto em que estou com a rainha. E meu marido me perguntou logo depois sobre o que falamos, e eu não lembrava. A rainha não quer falar com você, na verdade – tem todas essas outras pessoas para falar. É uma conversa educada, mas sem nenhum significado. Não fico surpresa de não me lembrar.

Você disse que sabe o que é “twerk”, que gosta da Beyoncé e que as mulheres deveriam permanecer solteiras tanto quanto possível.
Tudo verdade. Sou uma grande fã de Beyoncé. Sei porque a vi na televisão! Bem antes da Miley (Cyrus), aliás. Fiquei fascinada! Como elas fazem isso? É inacreditável. Eu amo dança.

O que a comida representa para você?
É um combustível para mim. Gosto de estar na França e na Itália, onde a comida é levada a sério. Mas não sou assim. Sou uma camponesa, em relação à comida.

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Alguma especialidade culinária?
Não, na verdade. Meu omelete é OK. De vez em quando, faço bons pratos de espaguete. Mas meu marido não me deixa, porque ele tem de fazer o espaguete. Minha sopa é boa.

O que seu marido pensa quando você diz: “As mulheres deveriam ficar solteiras tanto quanto possível”?
Ele concorda, acho. Meu marido (o cineasta Taylor Hackford) casou-se outras duas vezes antes de nós ficarmos juntos. Só nos casamos depois de 15 anos de relacionamento.

Demoraram 15 anos para se casarem…
Porque nossa família queria que nos casássemos. Achavam que criaria um centro para a família. E outra razão foi financeira. Não imediata, mas, à medida que você envelhece, começa a pensar em testamento e tal, percebe que é mais fácil se for casada.

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A instituição não é importante para você?
Não mesmo. Nem assim eu via qual o objetivo de me casar, até que um consultor financeiro explicou (risos).

Você está muito bem. Quais são seus segredos de beleza?
Eu durmo. Faço de tudo um pouco, mas não faço muito de nada. Faço um pouquinho de cada coisa. Faço ioga, aí paro. Começo academia, paro. Nada dura mais do que três semanas. Bebo, mas não muito. Não fumo. Como de tudo, mas não em grande quantidade. Acho que tem a ver com equilíbrio. O mais importante é não fumar.

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