Grazi abre o jogo: ‘O lado bom é que agora posso paquerar, mas falta a convivência diária’
Em sua passagem pela Riviera Francesa, no 67º Festival de Cinema de Cannes, a atriz fala que está em uma fase mais feminina
Grazi Massafera, 31 anos, que foi o centro das atenções no tapete vermelho do 67º Festival de Cinema de Cannes como uma das embaixatrizes da L’Oréal Paris, cargo que ocupa desde 2008, desfila sua simplicidade jogando os pés para o alto nas areias da Riviera Francesa enquanto divide o olhar fascinado entre o azul do Mar Mediterrâneo e a movimentação da tradicional Croisette. Essas são as duas facetas da atriz, que se sente cada dia mais forte, transformada pela primeira filha, Sofia, que completa 2 anos na sexta-feira (23). Sobre o suposto romance com o lutador de MMA Erick Silva, 29, a atriz garante que não está namorando e fala das vantagens e das desvantagens da vida de solteira.
Você está em sua fase mais bonita?
Estou na fase mais feminina. Meu período mais bonito foi a gravidez. Eu me sentia linda, me olhava no espelho, via aquela pele, o cabelo, e me achava maravilhosa. Agora sinto que a maternidade me trouxe essa segurança como mulher.
Você mantém os 57 quilos de sempre?
Engordei 20 quilos na gravidez e perdi tudo. Mas uma coisa eu sei: sempre vou querer ter perna e bunda. E isso é uma coisa que vem desde a adolescência. Mas não estou me sentindo gostosona.
E isso atrai mais os homens?
Olha, antes eu era meio fechada, não olhava nem percebia. É diferente. Sei que sempre existiu um respeito por parte dos homens. Mas, nesta fase solteira, ainda estou tentando me acostumar.
Qual o lado bom e qual o lado ruim de estar solteira?
Sempre tive liberdade, nunca fui presa. O lado bom é que agora posso paquerar. Mas falta a convivência diária, a rotina. Sinto falta do dia a dia, que acho bacana. Essa troca traz maturidade. Ficar sem isso é a parte ruim.
Pausa para uma xícara de chá no balneário francês
Foto: Sergio Zalis
Disseram que você estava namorando o lutador de MMA Erick Silva.
Não estou namorando. No dia em que for oficial, eu vou ser a primeira a contar.
Mas você está sozinha?
Não estou namorando. Sozinha eu nunca estou (pausa). Sofia é presença na minha vida (risos). E eu nunca durmo sozinha. É que a Sofia dorme sempre na minha cama (risos).
A Sofia a influencia na hora de oficializar um namoro?
Ela está envolvida em todos os momentos da minha vida. Tudo o que penso hoje, penso nela antes. E se isso influencia na escolha de um futuro namorado, sim.
Solteira desde o ano passado, não sente carência?
Tenho uma família que me completa de uma maneira absurda. Mas todo mundo sente carência.
Você está feliz então?
Felicidade são momentos na vida, nunca existe por completo.
Como a Sofia a transformou?
A Sofia é uma coisa muito louca, um amor absurdo. E eu sou totalmente maternal, desde que nasci. Enquanto as meninas colocavam limãozinho, laranja, no peito, eu brincava de colocar barriga. Sou muito canceriana, tinha essa coisa da maternidade até os 30 anos, mas antes precisava da independência financeira. Tudo isso aconteceu, foi conquistado.
Você é uma mãe muito protetora?
Mãe é tudo igual, quer proteger, cuidar do filho, mas também quer exibir. Só que a Sofia também aguça a curiosidade das pessoas. E isso pode vir por um lado bacana, de carinho, mas também para saber se a criança é bonita ou feia. E isso eu não gosto. E, para uma criança que não sabe o universo maluco que nasceu, me incomoda um pouco.
“Sempre existiu respeito por parte dos homens. Mas, nesta fase, ainda estou tentando me acostumar”
Foto: Sergio Zalis
Você está com um corpaço. Como faz para mantê-lo?
Estou apresentando o Superbonita (GNT), que fala do universo feminino e do comportamento das mulheres. E isso está me deixando em contato com vários tipos de exercícios, técnicas, e aprendo mais a cada dia. A acro yoga, por exemplo, foi uma aula que não conhecia e adorei. Consegui fazer já na primeira vez. Também testei umas aulas de tecido e fui descobrindo que são coisas que consigo fazer. Eu ainda luto muay thai, que é incrível, até porque eu odeio exercício aeróbico. Tenho facilidade de perder peso e a luta tem um trabalho cardiovascular muito forte. Cheguei a fazer uma aula de crossfit, mas não me identifiquei. Eu sou do momento. Agora quero fazer pilates. Acho que ainda vai chegar o dia do balé, até para experimentar com a Sofia. Mas só quando ela fizer uns 3 anos. É um exercício mais feminino e estou ficando muito masculinizada. Mas eu também já fiz tudo que era esporte, ginástica olímpica, vôlei…
Você também não pode ver um doce que sai devorando.
Eu gosto de comer. Isso, graças a Deus, ainda posso fazer. Sei que tem uma hora que o metabolismo muda. Mas, por enquanto, como de tudo.
Quando a gente pensa na Grazi, logo fazemos conexão com seu cabelo.
Cabelo é paixão que passa de mãe para filha. Minha mãe me passou e a Sofia já é assim. E descobri que isso é coisa da mulher brasileira, que cuida muito do cabelo e destrói muito também. Já tive cabelo de várias cores e agora cheguei a essa maturidade capilar (risos). Já aprendi e sei tudo que vai dar certo e o que vai dar errado.
Qual seu próximo trabalho na TV?
Só no ano que vem. Agora estou gravando duas temporadas do Superbonita, que já fica para o ano todo. E isso está me fazendo muito bem, me ajudou a ficar mais solta, a improvisar. Antes eu tinha vergonha de ir a uma festa, a algum evento social, e ficava muito tímida.
O que significa ser embaixatriz da LOréal para você?
O primeiro ano que viemos a Cannes foi também a primeira possibilidade de fazer um trabalho na Europa. E foi incrível chegar aqui e ver todo esse glamour, essa estrutura, a organização, foi um sonho para mim. Eu me lembrei de quando vendia cosméticos em Jacarezinho (interior do Paraná) e pedia um monte de amostras grátis para usar e revender melhor. Agora vou me gabar: eu era boa vendedora, sim. Meu patrão gostava! (risos)
Grazi passeia por Cannes, que abriga o 67º Festival de Cinema
Foto: Sergio Zalis