Galvão Bueno em clima romântico: “Desirée me trouxe a leveza da vida e ares de constante lua de mel”

Poggio al Sole é uma linda casa de pedra, situada entre as colinas verdes dos vilarejos medievais Castelnuovo dell’Abate e Sant’Angelo in Colle, em Montalcino, na região da Toscana, na Itália. Ali são cultivadas as uvas sangiovese grosso, famosas por produzirem os cobiçados vinhos Brunello e Rosso de Montalcino. Esse pequeno paraíso foi transformado em refúgio pelo apresentador Galvão Bueno, 65 anos, e sua mulher, a empresária Desirée Soares Galvão, 45. “Montalcino foi amor à primeira vista para nós dois. Adoramos apreciar a paisagem dos vinhedos”, diz Desirée enquanto passeia com o marido no jardim de lavandas, alecrins, ciprestes, que abriga uma oliveira de mais de 700 anos.

Encontro de almas

Juntos há 13 anos, o casal se divide entre o Brasil – eles têm uma casa em Londrina, no Paraná – e o principado de Mônaco. E começam a incluir a Itália nessa rota. Ali, o apresentador possui vinhedos e produz o vinho Brunello-Cipresso em parceria com o renomado enólogo italiano Roberto Cipresso, 50. “Poggio al Sole pertence à sociedade entre Galvão e Cipresso. Com o tempo, faremos algumas reformas internas para melhoria da casa. Será o nosso refúgio em meio à natureza, e também um modo de Galvão seguir de perto a produção de seus vinhos”, revelou Desirée.

Em clima de romance, os dois aproveitam o campo para descansar. “Desde que Desirée entrou na minha vida, sou outro homem. Combinamos em muitas coisas, adoramos viajar. Meu trabalho é desgastante e, por ser uma personalidade, muitas vezes também é estressante. Desirée me trouxe a leveza da vida e ares de constante lua de mel”, diz Galvão. Ele completa: “Sou muito atencioso e romântico e gosto de surpreendê-la”.

Quanto ao ritmo frenético de viagens, o casal soube se organizar. “Mônaco foi uma escolha estratégica, pois é fácil ir ao Brasil e também não é muito longe da Toscana”, afirma Desirée. Sempre que podem,os dois organizam uma viagem em que reúnem toda a família. Juntos, viram o Brasil ser campeão na Copa do Mundo de 2002, no Japão. Depois, foram às duas seguintes, em 2006, na Alemanha, e em 2010, na África do Sul. “Agora, espero ansiosa a Copa do Mundo no Brasil. Será uma grande emoção vencermos em nosso país”, torce a empresária. “Sempre que posso, viajo para acompanhá-lo nos jogos da seleção e nas corridas de F-1, dividindo a atenção entre meu trabalho, a agência, a escola de modelos, em Londrina, e meus dois filhos”, contou ela, que é mãe de Luca, 12, caçula de Galvão, e também de Leonardo Salgado, 19, filho de seu primeiro casamento – o rapaz estuda na Universidade de Tampa, na Flórida.

Já Galvão foi casado com Lúcia Ferro Costa, falecida em 2010, com quem teve três filhos: Letícia, 39, Cacá, 37, e Popó Bueno, 35. “Ela possui uma ótima relação com meus filhos, tornou-se uma grande amiga e meus filhos a adoram. Formamos uma linda família, da qual sou muito orgulhoso”, diz Galvão.

Desirée e Galvão observam o pôr do sol nos campos da Toscana
Foto: Sergio Zalis

Paixão pelos vinhos

Na pequena Montalcino, localizada a 6 quilômetros de distância da casa da família Bueno, o casal já fez amizade com os moradores locais, que os chamam pelo nome. “Adoramos andar pelas ruas da cidade, comer nos restaurantes dos amigos que fizemos aqui”, disse ela. Além da boa comida, há os vinhos. “Aprendi muito nesses anos, hoje sei apreciar um bom vinho, avaliando-o desde o bouquet”, explica Desirée.

Foi a paixão de Galvão pelos vinhos que o aproximou de Cipresso. “Imediatamente entendemos que pensávamos muito parecido. Ele me diz sempre que tenho muita coragem e eu digo que Deus deu a ele o dom de ‘construir’ grandes vinhos. Pronto, estava estabelecida a parceria”, explicou Galvão. “Por isso, decidi comprar e me tornar sócio do Cipresso na Tenuta Poggio al Sole Bueno-Cipresso, onde são cultivadas as uvas sangiovese grosso e onde foi o casamento da minha filha, Letícia, em setembro deste ano. Lá se produz hoje 20 mil garrafas ao ano do Brunello di Montalcino”, completa o apresentador. “Eu tive o prazer de conhecer esta pessoa fantástica que é Galvão e, cada vez que nos encontramos, é muito inspirador. Estamos sempre na mesma frequência. Nossas conversas são cheias de energia, onde trocamos ideias, falamos da nossa família e de vinho”, afirma Cipresso sobre seu sócio brasileiro.

Além dos brunellos produzidos na Itália, desde 2007 Galvão também se dedica à produção de vinhos em sua outra sociedade, a brasileira Miolo Wine Group. “Em 2008 tivemos a primeira safra do Bueno Paralelo 31. Sou orgulhoso dos Buenos brasileiros e de ser sócio da Miolo Wine Group com as famílias Miolo, Benedetti-Techio e Randon”, disse ele. “Ainda estamos engatinhando, em conhecimento, paixão e consumo. Mas a ligação dos brasileiros com os vinhos está crescendo e, otimista como sempre fui, vejo um futuro promissor e quero, sim, fazer parte dele, com meus vinhos toscanos, mas principalmente com os que faço no Brasil”, diz Galvão enquanto observa o filho Luca, o neto Nicolas, 6, filho de Letícia, e os filhos de Cipresso, Matteo, 12, e Gianluca, 8, amassando as uvas com os pés em um barril de madeira. “Esta é a imagem do futuro. A minha sintonia com Cipresso não é só por amar a família e os vinhos. É também por acreditar que a vida só tem sentido se você tiver objetivos muito difíceis de serem alcançados, e a eles se dedicar de corpo e alma. Minha família, meu trabalho e meus vinhos, nessa ordem, hoje preenchem minha vida. E me recompensam com orgulho e felicidade.”

ESTA ENTREVISTA FAZ PARTE DA EDIÇÃO 1991 DA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 13/11/2013.

O casal relaxa na piscina da propriedade
Foto: Sergio Zalis