Gabriel Braga Nunes fala sobre o desafio de interpretar Léo, o vilão de Insensato Coração
O ator Gabriel Braga Nunes comenta seu personagem na trama de Gilberto Braga e diz que ficou honrado em substituir Fábio Assunção

Gabriel promete roubar a cena na novela Insensato Coração como o vilão Léo
Foto: Divulgação – Rede Globo
Os cinco anos que Gabriel Braga Nunes passou na Rede Record lhe fizeram muito bem. Sem grandes papéis na Globo, o ator consagrou-se na concorrente e mostrou que tem talento para personagens mais desafiadores. Resultado: ele voltou à emissora carioca pela porta da frente e com o desafio de interpretar o grande vilão de uma novela das 9.
A grande oportunidade surgiu quando Fábio Assunção pediu afastamento da trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares por motivos de saúde. Com o papel vago, Gabriel foi escolhido a dedo pelo diretor Dennis Carvalho para interpretar o mau-caráter Léo. Confira o bate-papo que a revista MINHA NOVELA teve com o ator.
Como é substituir Fábio Assunção? Você sente esse peso de ser o vilão da novela das 9 da Globo?
Não (pausa). Não encaro dessa forma. Para mim é um orgulho ser escalado para fazer esse papel. É um honra poder trabalhar com Gilberto Braga e com Dennis Carvalho. É algo que eu sempre almejei na minha carreira.
Chegou a conversar com o Fábio sobre o personagem? Vocês se falaram depois da sua escalação?
Sim. Eu e o Fábio conversamos uma vez. Ele me deu as impressões que ele teve do personagem. Batemos um papo trocando informações do papel. Fábio está torcendo muito para que a novela seja um grande sucesso.

Gabriel interpreta Léo, o irmão invejoso de Pedro, vivido por Eriberto Leão
Foto: Divulgação – Rede Globo
Você não teve nenhuma preparação para dar vida ao vilão?
Preparação? (pausa) Eu não acho que exista essa preparação. Você vai conhecendo o personagem à medida que vai trabalhando. Eu faço dessa maneira. Vou conduzindo o papel de acordo com as gravações e assim vou conhecendo melhor o trabalho.
Como você define o Leonardo?
Ele é um personagem multifacetado. Tem muitas nuances. Posso dizer que são vários personagens em um só. E para o ator esse é o verdadeiro barato da profissão. É muito bom poder fazer um personagem assim. Esse papel foi o grande presente de Natal que ganhei em 2010.
E o que você destaca na complexa personalidade dele?
Ele tem esse espírito de golpista. Léo acredita que a vida vai trazer as coisas todas para ele sem muito esforço. É assim que ele encara. Quer se realizar de uma maneira fácil. E tem essa relação complicada com o irmão.

Gabriel em três momentos: em Essas Mulheres (2005), Caminhos do Coração (2007) e como Tony, o heroi mafioso de Poder Paralelo (2009)
Foto: Divulgação – Rede Record
Você deixou a Globo e foi para a Record; agora está voltando. Como se deu essa trajetória?
Eu posso dizer que isso tudo não foi desenhado. As coisas não foram planejadas. As oportunidades surgiram e fui seguindo. As coisas aconteceram naturalmente. E agora surgiu esse convite que foi irrecusável. É isso!
E como foram esses cinco anos tão movimentados na Rede Record?
A Record foi uma grande escola para mim. Sou muito grato por tudo o que eu fiz lá. Pude experimentar e aprender bastante nesse período. Fiz cinco novelas, trabalhei demais… Tive a oportunidade de fazer grandes papéis. Tenho um carinho enorme pela história que vivi lá. Eu devo a Record a química que tive com o Lauro César Muniz (autor) e com a Paloma Duarte (atriz, namorada do ator), que foi incrível.
Sua última novela, Poder Paralelo (2009), fez bastante sucesso. Esse trabalho o marcou?
Muito. Tony Castellamare é um personagem por quem tenho muito carinho. Esse papel foi importante para a minha carreira.
Você tem preferência em interpretar o mocinho ou o vilão?
Eu posso dizer que teve um momento na minha carreira em que eu quis fazer o mocinho. Eu achava que os vilões estavam se repetindo muito. E, nas últimas novelas que fiz, todos eram mocinhos. Agora, estou experimentando algo novo de verdade.