Fernanda Vasconcellos interpreta Laura
A estrela fala sobre o novo papel, seu desafio na trama global das 6
Para viver a Laura de Desejo Proibido,
Fernanda aprendeu a montar cavalo
Foto: Divulgação/ Rede Globo
O recente sucesso da inesquecível Nanda, de Páginas da Vida, rendeu a Fernanda Vasconcellos o segundo papel de protagonista de novela. Se a gente pensar que a carreira da atriz na Globo tem apenas dois anos e que Desejo Proibido é sua terceira trama, ufa! Explosão total. Pois é, Fernanda estreou em 2005, como Betina, principal papel de Malhação naquela temporada. Depois, agradou tanto na história de Manoel Carlos, que Nanda, mesmo após morrer, continuou aparecendo em espírito até o fim. A atual responsabilidade da estrela, de ajudar a elevar a audiência do horário das 6 da emissora, também é enorme. No folhetim ela é Laura, uma menina dos anos 30, considerada santa, mas vai se apaixonar e seduzir um padre, vivido por Murilo Rosa. A gata, de 23 anos, não tem medo de pressão e prefere se concentrar apenas no trabalho, dando o melhor de si. Para isso, conta com o apoio irrestrito do namorado, o ator André Marques, também apresentador do Video Show, com quem está há três anos. Vamos ao papo gostoso?
tititi – Você acha que a Laura conseguirá fazer o público esquecer a Nanda?
Fernanda Vasconcelos – Não tem como esquecer a Nanda, todo mundo me lembra dela o tempo inteiro. Nem eu tenho vontade de esquecê-la!
Mas acredita que a personagem poderá alcançar a mesma repercussão?
Olha, eu não planejei o sucesso da Nanda. Porém, estudei, trabalhei, levei tudo na raça, claro, e ele acabou acontecendo. Estou indo no mesmo caminho com a Laura, só que sem criar muita expectativa, porque sou bastante ansiosa e nervosa.
Como você analisa a Laura?
Ela é uma personagem bem forte. Ao mesmo tempo que é doce e romântica, é determinada e sedutora.
Esta é sua primeira trama de época. O que está achando?
Muito gostoso. As gravações têm um clima leve. Me surpreendi porque imaginava que seria muito diferente viver uma menina da década de 30, mas me adaptei bem. Afinal, não existe tanta diferença. As pessoas só falavam de forma mais correta e tinham uma postura diferente. Mas estudei e me preparei bastante.
E como foi essa preparação?
Seis meses antes da estréia já estava envolvida com a novela. Fiz aula de voz, de corpo, de equitação. Minha maior dificuldade foi aprender a montar, cheguei a cair do cavalo e tudo. Me machuquei, fiquei com muito medo. Meu cavalo foi trocado umas três vezes até eu me adaptar com um que tem um nome horrível: Pé de Lama. Ainda vou acabar mudando o nome dele, coitadinho! (risos).
E como é contracenar com Pé de Lama?
Ah, agora ele virou meu parceiro fixo de cena. Procuro conversar muito com ele. Conversar só não. Chamo de meu amor, faço carinho. Acho que deu certo porque nunca mais cai do cavalo (gargalhadas).
Essa preparação lhe deu mais segurança para encarar o desafio de ser de novo protagonista?
Aprendi que a gente nunca pode estar segura em cena. É igual dirigir: só bate o carro quem tem certeza de que sabe dirigir. Quem está começando só rala, não bate. Um médico, por exemplo. Acho que ele nunca está completamente seguro quando vai fazer uma cirurgia. Assim é a profissão de ator. Eu nunca estou segura quando vou para uma cena.
O cabelo longo virou marca registrada sua… Foi difícil abrir mão dele para fazer Desejo Proibido?
Sinceramente, comecei a gravar há três meses, sendo que há seis estava fazendo todas as aulas. Estava tão preocupada e envolvida com o processo, em decorar o texto, que quando me disseram que teria de cortar o cabelo, nem resisti: “Que venha a Laura”, eu disse. Abri mão do cabelão numa boa.
À sua personagem se atribui a graça do primeiro milagre da santa da cidade fictícia. E você, acredita em milagres?
Claro. Que vida não é um milagre? Gravei essa frase recentemente e creio nela. Sou católica, rezo muito. Gosto de Santa Rita de Cássia e de Deus.
O que pensa sobre o tema celibato (ou a proibição do casamento para os padres) que será discutido a partir da relação de Laura e Padre Miguel?
É um assunto polêmico, mas acho que o telespectador vai torcer pelo romance, não acredito que sofrerá rejeição. O amor entre eles é puro, verdadeiro. Não sou completamente a favor do celibato. Não acho que isso tem que ser banalizado, contudo, creio que a Igreja deveria estudar caso a caso.
E você, já foi pega numa situação semelhante, de precisar resistir a um desejo proibido?
Graças a Deus, não! (risos). Nunca tive um desejo proibido, mas acho que encararia. Depende da situação. Só não faria nada que infringisse a lei, por exemplo.