Em campanha, 500 mil mulheres admitem já ter sofrido abuso sexual
Em pouco mais de 24 horas, meio milhão de mulheres já uniram-se à campanha através da hashtag #MeToo (#EuTambém).
Desde o dia 5 de outubro, Hollywood está fervendo por conta de um grande escândalo denunciado pelo New York Times e pelo New Yorker. Em depoimentos a essas duas publicações, diversas mulheres revelaram ter sido assediadas – e até estupradas – por Harvey Weinstein, um dos produtores mais influentes da indústria cinematográfica.
Depois disso, várias outras mulheres uniram-se ao coro, incluindo atrizes do calibre de Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow. Com a repercussão, Harvey chegou a ser demitido do estúdio que fundou ao lado do irmão, Bob Weinstein, e foi expulso da Academia do Oscar.
Por conta da enorme repercussão, o escândalo e está abrindo os olhos do mundo inteiro. Com isso, a atriz Alyssa Milano impulsionou uma campanha através do Twitter, convocando outras mulheres a responderem “me too” (eu também), caso já tenham sido vítimas de abuso sexual.
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“Sugerido por uma amiga: se todas as mulheres que já foram assediadas ou abusadas sexualmente escreverem ‘Eu também.’ como status [da rede social], talvez a gente possa dar às pessoas uma noção da magnitude do problema”, publicou ela, junto com a chamada: “Se você já foi assediada ou abusada sexualmente escreva ‘eu também’ como resposta a esse tuíte”.
E a ideia deu certo! Além de milhares de respostas ao tuíte, a hashtag #MeToo também está bombando e cerca de 500 mil mulheres já se uniram à campanha em pouco mais de 24 horas. Dentre elas estão celebridades como Lady Gaga, e as vencedoras do Oscar Anna Paquin e Patricia Arquette.
Em um desabafo doloroso, Evan Rachel Wood – que já havia falado sobre os estupros que sofreu – escreveu: “Ter sido estuprada da primeira vez fez com que fosse mais fácil ser estuprada novamente. Eu instintivamente me fechei. Meu corpo se lembrava, então me protegeu. Eu desapareci”.