A modelo Lea T., filha transexual do ex-jogador da seleção, Toninho Cerezo
A redação de LOLA, graças a Deus, é cheia de gente com pendores para o humor negro.
Então, não deixa de ser impressionante a maneira como essa turma meio durona ficou tocada no momento em que chegou o artigo de Toninho Cerezo sobre sua filha, Lea T. Integrante daquela linhagem de jogadores que mesmerizaram o Brasil transformando jogadas em uma coreografia linda de ver, ídolo de gerações, Cerezo escreveu um texto elegante como seu futebol. Em poucas linhas, passou a limpo o processo de aceitação de um pai ainda por cima expoente de um meio que costuma ser tachado de machista cujo filho nasceu Leandro mas encarou o drama de querer ser Lea na vida. Agora modelo famosa, estampando campanhas de grifes respeitadas, Lea diz em entrevistas que ainda enfrenta preconceito nas ruas. Na declaração de amor que você vai ler nesta edição, Cerezo elogia a coragem de seu menino, sua menina. O texto foi feito em uma noite depois de semanas de conversas com nosso colaborador Lucas Landau. Lindo, emocionante. Golaço, Cerezo, golaço.
Por Angélica Santa Cruz
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A carta de Toninho Cerezo na Revista LOLA foi assunto em diversos portais, jornais e sites, como Contigo!, M de Mulher, Globo.com, Isto É Gente, UOL, BOL, entre outros. Confira alguns comentários que selecionamos na redação:
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Coluna de Xico Sá, Jornal Folha de São Paulo SP
04/03/2011
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Ponha uma pedra em cima das resenhas esportivas e amoleça o seu petrificado coração de gelo. Meu menino, minha menina, que coisa linda a carta que o Toninho Cerezo escreveu para seu filho, sua filha.
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) Cerezo pôs toda a elegância que usava no futebol, talvez o mais conservador e machista dos ecossistemas terrenos, na sua declaração de amor incondicional. Dois filhos em um, o título da missiva, resume com graça a história.
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) É para se orgulhar mesmo, moça, seu pai mostrou que é um grande cara. Aproveito a oportunidade para deixar os parabéns. Pelo sucesso e pelo encanto radical que nos desperta.
Coluna de Paulo Roberto Falcão, Jornal Zero Hora RS
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06/03/2011
Joguei com Toninho Cerezo na seleção e na Roma. Sua amizade está entre as coisas mais preciosas que o futebol me deu. Filho de um palhaço de circo, Cerezo, que também chegou a trabalhar no ofício do pai, sempre foi um sujeito engraçado e brincalhão mas também um homem solidário e de visão aberta. Faz algum tempo que não conversamos, mas esta semana ele conseguiu me emocionar com a carta que escreveu para o filho a modelo transexual Lea T., que faz sucesso na Europa desfilando para grifes famosas e posando para revistas de moda.
Blog de Cosme Rímoli, portal R7
08/03/2011 Toninho Cerezo terminou de maneira exemplar, magnífica uma situação difícil. Ainda mais no cruel meio do futebol. Ser pai de Lea T.
Confira alguns comentários emocionantes que recebemos de leitoras (e leitores, fãs de futebol e do Cerezo!) na redação de Lola:
Tenho dois meninos,um de um ano e outro de quatro anos, e lendo o texto do Toninho Cerezo não pude deixar de sentir meus bebes! Amor é isso, amor puro, delicado, capaz de amar sem preconceitos, sem imposições, só amar! Quantos pais ou quantas famílias deveriam ler essa mensagem! Amei! E olha que Cerezo era para mim só um jogador, que eu tanto escutei o nome na minha infância através do meu pai! Adorável jogador!
Claudia Saavedra
O artigo de toninho cerezo, publicado na LOLA de março/11, simplesmente me emocionou de verdade. Bom saber que ainda existem pessoas acreditando firmemente que, apesar das diferenças, tudo que se pode dar a nossos filhos é amor incondicional, segurança, conforto e certeza de que, em qualquer circunstância, estaremos sempre ao lado deles. Posso garantir que, com isso, o veterano jogador marcou
um gol de placa no meu coração de mulher, de mãe, de avó. Parabens a esse pai, a um tempo sábio e amoroso. Parabens à revista, pela publicação.
Regina Maria Peña
O grande Cerezo, em poucas palavras, nos mostrou a diferença entre ser um Pai ou apenas um reprodutor. Obrigado Campeão.
Mauro Novaes
Ao mesmo tempo em que me entusiasmei pela falta de preconceito do pai, me envergonhei de um preconceito meu, nao pela opção sexual das pessoas, mas por não acreditar que um atleta profissional do futebol pudesse escrever uma crônica de maneira tão competente. Assim, numa via de mão dupla, ele demonstra seu respeito e amor incondicional pela cria e eu vejo cair por terra um dos poucos, mas renitentes preconceitos que ainda perambulam aqui por minha cabeça!
Be Zambotto
E você, o que achou da carta de Toninho Cerezo (leia na íntegra
aqui)? Faça aqui o seu comentário e aproveite para mandar um recado para o pai de Lea T. Os comentários recebidos serão encaminhados para o ex-jogador.