Edson Celulari: feliz com o novo trabalho
Em Beleza Pura, o ator interpreta Guilherme, que se envolve com questões éticas
Na novela, Guilherme é o principal suspeito
pela queda de um helicóptero
Foto: Divulgação
Perto de completar 50 anos, lindo e leve, mas nem um pouco solto, já que tem um sólido casamento com Claudia Raia, Edson Celulari é a imagem da felicidade. O protagonista da novela global das 7 (esta é a 22a de sua carreira) voltou à cena na pele do charmoso Guilherme, um engenheiro aeronáutico egocêntrico que terá a vida virada do avesso. Nos primeiros capítulos da trama, ele é responsabilizado pela queda de um helicóptero que projetou. Na tragédia, cinco pessoas desaparecem entre os destroços em plena floresta amazônica. Em conseqüência, Guilherme perde o emprego e a paz. Porém, continua sendo divertido e bem-humorado. Movido pela culpa, ele tentará realizar os sonhos mais preciosos das vítimas e aí, então, passará por uma grande mudança. Entenderá, sobretudo, que valores como a ética e o respeito ao outro são muito mais valiosos que uma aparência física perfeita. Daí o nome da história: Beleza Pura.
Edson, que é um vaidoso assumido, contudo, vai além. Garante que se preocupa principalmente com a beleza interna e, por isso mesmo, está adorando viver esse tipo criado pela escritora Andrea Maltarolli. Vamos ao bate-papo com o astro?
tititi – Como você está encarando a novela?
Edson Celulari – Estou feliz de estar participando deste trabalho. Temos uma autora nova, cheia de idéias inéditas, personagens bons, ricos, enfim, tudo que nós, atores, precisamos e gostamos de ter. Andrea escreveu a novela com bons diálogos e excelentes histórias individuais. E, ao mesmo tempo, o tema, estética e ética, é muito atual.
Como você vê o Guilherme?
Ele tem um bom conteúdo humano. É um homem contemporâneo, um tanto atrapalhado, esquecido, teimoso, que não admite o erro. Ao mesmo tempo é infantil e machão. Mas muitas coisas vão acontecer e transformar a vida dele.
O acidente com o helicóptero será decisivo na história, não?
Isso mesmo. Guilherme se vê, de repente, diante das circunstâncias da tragédia. Com a suposta morte da Sônia (Christiane Torloni), ele ficará responsável pelos filhos dela, uma criança e um adolescente, e também pela clínica de estética (que a bela estava para inaugurar), um assunto que nunca o interessou.
Guilherme acredita que a aeronave caiu por um erro no projeto. Como ele lidará com essa culpa imensa?
A culpa é um dos fatores que faz com que as pessoas se transformem. Com o Guilherme vai ser assim e isso já aconteceu comigo também, em proporções menores, é claro! Certamente, você já deve ter passado por situações em que a culpa virou um motor para a evolução. Todo mundo já viveu isso…
Mas ele carrega um peso nos ombros muito grande…
Não, ele é tocado pela direção do Papinha (o diretor Rogério Gomes) de uma maneira muito inteligente, jovial, leve, ideal para a novela das 7. Ao mesmo tempo, há aprofundamento porque o texto da Andrea tem conteúdo.
É, ela disse que a intenção é mesmo aprofundar a emoção e reconquistar o público…
Percebo, sim, o objetivo de fazer uma novela com gosto de folhetim, reunindo personagens verdadeiros e humanos com os quais o público possa se identificar realmente. E que façam com que ele ligue o televisor no dia seguinte.