Daniel Rocha: “Estou colhendo frutos de uma carreira que batalhei para construir”
Ator afirma que o sucesso em "Avenida Brasil" é fruto de sua dedicação à arte. Ele admite ser tão sensível quanto seu personagem
Daniel quer Roni junto com Leandro em “Avenida Brasil” e toparia dar um beijo gay na TV sem nenhum problema
Foto: AgNews
Aos 21 anos, Daniel Rocha está conhecendo o sucesso. Atuando na novela de maior audiência do país, Avenida Brasil, o jovem paulistano afirma que estava se preparando para este momento havia seis anos. “Estou começando a colher os frutos de uma carreira que batalho muito para consolidar”, diz o ator,
A chance na trama de João Emanuel Carneiro surgiu de um teste que o rapaz fez para Malhação. Depois de escalado, a única preocupação foi acertar o tom do personagem, que é apaixonado pelo melhor amigo.
Como surgiu o interesse pela atuação?
Comecei fazendo cursos no Centro Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo, e depois que entrei no CPT (Centro de Pesquisa Teatral), notei que queria realmente seguir a carreira.
E como você conseguiu o personagem em Avenida Brasil?
Havia feito teste para Malhação, mas não passei. A produção da Globo achou o trabalho interessante e guardou o material para outro momento. O produtor de Avenida Brasil viu meu teste e pediu para fazer uma nova avaliação em São Paulo e, depois, no Rio, desta vez com a direção e o autor, João Emanuel Carneiro. Depois de um tempinho, eu recebi a ligação dizendo que estava aprovado. Foi a maior alegria!
Você já tinha feito outros testes para a televisão?
Inúmeros! A carreira do ator é gratificante e incerta. No começo, eu ficava magoado por não passar. Mas foram tantos “nãos” que me acostumei. O primeiro teste que eu passei foi para Avenida Brasil.
Você foi campeão paulista, brasileiro, sul-americano e pan-americano com o kickboxing. Até lutou pela seleção brasileira. Como foi a transição do esporte para as artes?
Entrei ainda criança no kickboxing. Foi como autodefesa, nunca com a intenção de agredir alguém. Eu treinava muito. Até quatro vezes por dia. Era pesado, mas muito gratificante. Não dei continuidade ao esporte, como profissão, porque já estava envolvido com o teatro e queria me dedicar totalmente por estar no CPT (Centro de Pesquisa Teatral) e, também, o diretor Antunes Filho exigia grande parte do meu tempo. O esporte, hoje em dia, é mais um hobby. Treino na academia sempre que possível.
É verdade que você toca violino?
Sim! Aprendi ainda criança. Meu pai me perguntou qual instrumento eu gostaria de aprender a tocar e eu falei violino. Foi simples assim!
Você tem alguma característica semelhante ao Roni? Você se considera sensível?
Acredito que sim! A minha criação ajudou muito para me tornar uma pessoa mais sensível.
Seu personagem também faz muito sucesso com o público gay. Você já recebeu alguma cantada de homem?
Sim. Foi normal. O cara quis me pagar um café e pediu o meu telefone. Eu disse que tinha namorada. Na época, eu estava namorando mesmo.
O que uma mulher deve ter para conquistá-lo?
Ser sincera!
No início de Avenida Brasil, parecia que o Roni gostava do Leandro. Você acha que seria interessante se os dois terminassem a novela juntos?
Pela trama, seria legal ele terminar com o Leandro.
Você gravaria um beijo gay?
Gravaria, sim! Sem problema algum. Sou ator e preciso estar disposto a fazer cenas que o personagem exige. Grandes atores já fizeram esse tipo de cena.
Sua química com a Isis Valverde na novela é excelente. Como é trabalhar com ela?
Nossa, Isis é uma ótima parceira em cena. Ela é dedicada e faz um excelente trabalho na novela.
Fazer uma novela das 9 é a concretização de um sonho?
Depois de seis anos estudando e fazendo alguns trabalhos no teatro paulistano e curtas-metragens, posso dizer que estou começando a colher os frutos de uma carreira que batalho muito para consolidar.