Conheça os efeitos especiais que criam a magia de Saramandaia
Não, José Mayer, que faz o poderoso Zico Rosado, não precisa suportar saúvas no nariz. É tudo efeito de computador
José Mayer, que vive Zico Rosado, com as formigas saindo pelo nariz
Foto: Divulgação/TV Globo
Os efeitos especiais de Saramandaia são um show à parte dentro da trama das 11. Para realizar esse espetáculo que encanta o público, a emissora não poupou investimentos. O processo de caracterização dos personagens começou a ser desenvolvido no ano passado e contou com a consultoria do maquiador inglês Mark Coulier, que ganhou o Oscar 2012 por seu trabalho no filme A Dama de Ferro, protagonizado por Meryl Streep. TITITI conversou com o diretor-geral de Saramandaia, Fabrício Mamberti, e com a figurinista Gogóia Sampaio, que desvendam os segredos desse universo.
“O trabalho do Mark no filme nos impressionou muito, por isso o convidamos. Ele esteve conosco aqui por alguns dias nos prestando consultoria e acompanhando o trabalho da nossa equipe de caracterização e efeitos especiais”, contou Gogóia.
Cazuza, que quando fica agitado o coração sai pela boca
Foto: Divulgação/TV Globo
A maioria dos efeitos é feita por meio de computação gráfica. É assim com a transformação do professor Aristóbulo, vivido por Gabriel Braga Nunes, em lobisomem, com as formigas que saem do nariz do fazendeiro Zico Rosado, de José Mayer, e com o coração que sai pela boca do farmacêutico Cazuza, interpretado por Marcos Palmeira.
Rosto do Professor Aristóbulo quando se transforma em lobisomem
Foto: Divulgação/TV Globo
“Utilizamos uma tecnologia trazida da Califórnia (EUA). Fizemos uma malha virtual que, com composições 3D, imprime o máximo de realismo possível, sempre casando efeito mecânico com digital”, conta Mamberti. Os efeitos são inseridos às cenas rodadas, realizadas pelos atores em fundos verdes. Isso obriga a equipe a trabalhar com antecedência média de duas semanas.
Vera Holtz leva quatro horas para virar Dona Redonda
Foto: Divulgação/TV Globo
E imaginem o trabalho de caracterização física dos atores. Antes de iniciarem as gravações Vera Holtz, que faz a Dona Redonda, Gabriel Braga Nunes e Sérgio Guizé, que dá vida ao homem alado João Gibão, viajaram para Los Angeles, na Califórnia (EUA) e tiveram seus corpos escaneados e moldados em fibra de vidro. A partir daí foram criadas as próteses que compõem a caracterização dos três personagens.
Vera leva quatro horas para se transformar em Dona Redonda e uma para se descaracterizar. As próteses são coladas em seus braços, pernas e rosto. A atriz também usa no vestuário um sistema de refrigeração com tubos internos que recebem água gelada, abaixam a temperatura do corpo e impedem que as próteses descolem.
Marcina pegando fogo
Foto: Divulgação/TV Globo
A caracterização de Gabriel como lobisomem leva três horas para ser realizada. As próteses do nariz e da orelha precisam de um tratamento especial para permitir close no sistema HD. Sérgio Guizé também usa uma prótese no lugar da corcunda, mas o voo do personagem, que vai rolar no final, será feito digitalmente. Assim como o fogo que sai do corpo da sensual Marcina, vivida por Chandelly Braz, e as lágrimas curativas de Stela, personagem de Laura Neiva.
Já Fernanda Montenegro precisa mesmo contracenar com galinhas. Embora na trama as aves sejam imaginárias, as 30 que aparecem em cena são bem reais. A atriz, ao contrário de se incomodar com a sujeira que as companheiras de sequência fazem no estúdio, se diverte correndo atrás delas.