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Claudia Raia não deixa a peteca cair

A atriz Claudia Raia mantém o alto astral mesmo enfrentando uma dolorosa separação, depois de 17 anos de união

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 20 jan 2020, 19h41 - Publicado em 12 ago 2010, 21h00
Heloiza Gomes (/)
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“Minha filha uma vez me perguntou por que eu não era médica ou advogada”, relata a atriz
Foto: Mario Rodrigues

Claudia Raia, 43, e Edson Celulari, 52, surpreenderam até os mais próximos ao anunciar a separação, depois de 17 anos juntos. O ator já teria saído de casa. E, segundo informação de pessoas que convivem com o casal, os filhos, Enzo, 13, e Sophia, 7, choraram ao receber a notícia. 

Estes, no entanto, são apenas os últimos capítulos, já que o casamento não vinha bem havia cerca de um ano. Apesar disso, Claudia aceitou o convite para fazer Ti-Ti-Ti, como a cômica Jaqueline. “Faço qualquer coisa para o Jorge Fernando (diretor-geral da trama das 7) e para o Silvio de Abreu (autor de Passione, de quem fez Belíssima, entre outras). Até batizado de boneca”, brinca a atriz, que deu esta entrevista em meio à crise matrimonial – antes, porém, do comunicado oficial da separação, feito no dia 26 de julho.

Amizade a toda prova

Questionada sobre o motivo que a fez aceitar um novo trabalho nesse momento conturbado de vida, Claudia é direta: não recusa convite de Jorge Fernando, diretor geral de Ti-Ti-Ti. “Vou fazer até faxina na casa dele. Faço qualquer coisa para ele e para o Silvio de Abreu. Até batizado de boneca”, brinca a atriz, que diz ser a outra versão do diretor. “Somos a mesma pessoa (risos). E sei que eles me amam de verdade, se estão me chamando é porque precisam de mim e, principalmente, vão tentar me dar uma coisa legal. Vou de olho fechado.” 

Claudia Raia não deixa a peteca cair
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A atriz acompanhada do ex-marido, o ator 
Edson Celulari, e dos filhos Sophia e Enzo
Foto: Agnews

Trabalho X Família

Antes mesmo de se separar, Claudia Raia já sentia o peso de conciliar a vida profissional com a criação dos filhos. É que a correria é grande, com gravação de novela, turnês teatrais, publicidade… “Minha filha uma vez me perguntou por que eu não era médica ou advogada. Disse que achava essas profissões muito bacanas, mas amava o que eu fazia”, conta a atriz, que, em seguida, complementou: “Mamãe trabalha com o sonho das pessoas”. Sophia rebateu: “Para mim, esse sonho está virando um pesadelo!” A resposta deixou Claudia  sem palavras. “É o meu trabalho. Um dia ela vai entender”, diz ela.


Par antigo

Não bastasse a direção de Jorge Fernando, Ti-Ti-Ti ainda junta, pela sexta vez, Claudia a Alexandre Borges, intérprete de Jacques Leclair. “É maravilhoso! Alexandre é meu par fixo, está quase em contrato. Tenho mais intimidade com ele do que com o Edson (risos). É uma loucura!”, diz a atriz, cujo primeiro trabalho com o ator foi na minissérie Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados (1995). 

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O que, segundo a atriz, só facilita o trabalho. “Fazer par romântico com quem a gente conhece é muito mais fácil”, explica Claudia, que ainda destaca a alegria de voltar a contracenar com Murilo Benício, o
Ariclenes. “Ele é o meu novo amor. Desde A Favorita (2008), nos apaixonamos loucamente. Murilo é um companheirão… Muito bom!”


Fazendo rir

Claudia considera Jaqueline “um primor”. E, com ela, rouba todas as cenas, fazendo o público rir a cada aparição. “Mas não é fácil, não. Faço comédia há muitos anos, mas isso não significa que me dê mais facilidade. Ao contrário. Quanto mais você faz, mais crítico fica e mais difícil é fazer um papel de comédia verossímil”, diz a atriz, que também não acha que um remake seja garantia de sucesso. 

“Às vezes, você está falando de uma história que é muito interessante, com uma p… direção, um elenco maravilhoso e o público não quer ver naquele momento. Mas como? Não sei, é um fenômeno que não se explica, nem do sucesso nem do fracasso.”


Nova roupagem

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Há 25 anos, quando a primeira versão de Ti-Ti-Ti fazia sucesso, Claudia estreava em novelas, como a bailarina Ninon em Roque Santeiro (1985). Na época, Jaqueline era vivida pela saudosa Sandra Bréa. “Lembro dela. Só que agora é bem diferente, o tamanho da personagem é outro, a forma de como está inserida na história é diferente e ela é bem mais louca do que a anterior”, compara. 

“Jaqueline é doida mesmo, surtada, precisa ser internada com camisa de força. Foi cantora de rock, bebe muito, já foi drogada, presa por nudismo, pichou os muros da cidade toda, depredou cemitério, come ovo colorido no boteco… Ela tem um raciocínio que a gente não alcança, é do tipo que não tem filtro para nada, é inadequada”, detalha. Ou seja, ainda vem muita coisa por aí.

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