Caitlyn Jenner lança série e se torna ícone de transexuais e travestis
"I am Cait" estreia no dia 2 de agosto, às 21h, no canal E!
A vida de Caitlyn Jenner daria um belo romance! Ex-atleta, heroína americana com uma medalha de ouro no decatlo, conquistou, também, uma bem-sucedida carreira como piloto de corridas, além de ser uma grande empresária. Mas nada disso se compara ao papel que resolveu assumir aos 65 anos: ser ela mesma.
Cait nasceu mulher, porém presa no corpo de um homem. Descobriu sua condição só na adolescência e por pressões sociais e até mesmo medo de desapontar sua família preferiu se esconder. Não mais. Em “I am Caitlyn”, série documental em oito episódios que estreia no dia 2 no canal E!, ela pretende mostrar desde o seu processo chamado de transição, até essa sua nova vida “sendo ela mesma” com todas as alegrias e, claro, responsabilidades por seu uma pessoa pública.
No teaser da série, Cait aparece tendo uma conversa com sua mãe, Esther Jenner, de 89 anos, que dispara: “Esta é a sua alma”. Em outro momento, Kim Kardashian fala que sua mãe tem um vestido igual ao que Cait está mostrando para ela no closet.
Homenageada por sua contribuição ao esporte na última quarta-feira (15), na premiação ESPY Awards, Caitlyn, ciente desse seu novo papel como porta-voz para pessoas transexuais e travestis, fez um emocionante e poderoso discurso cobrando da sociedade um posicionamento no sentido de respeitar as diferenças. Abaixo, reproduzimos um trecho.
“Devo muito ao esporte. O esporte me ensinou o mundo, me deu uma identidade. Se alguém queria me insultar, não havia problema, porque eu jogava futebol. E o mesmo acontece hoje. Se vocês quiserem me insultar, vão em frente. eu aguento! Mas as centenas de jovens aí fora que estão tentando entender quem são… Esses jovens não merecem isso. Então, às pessoas aí fora que perguntam para que eu faço tudo isto, se é uma questão de publicidade, de coragem, de controvérsia, eu lhes direi do que se trata: se trata do que vai acontecer a partir de hoje. Se trata não de uma pessoa, mas de milhares de pessoas. Se trata não de mim, mas de todos nós. Da gente aceitar uns aos outros. Somos todos diferentes. E isso não é ruim – é bom. Mesmo que você pense que é impossível compreender coisas incompreensíveis, vou mostrar a vocês hoje que é possível, sim. Simplesmente precisamos tentar, todos juntos.”