Bianca Bin: “Nasci para ser mãe”
Bianca Bin, no ar como Amélia, protagonista de Joia Rara, não vê a hora de encomendar um herdeiro

Bianca Bin, a estrela da nova novela das 18h
Foto: Divulgação/TV Globo
Bianca Bin é mesmo precoce. Aos 23 anos, e com uma carreira consolidada, a paulista de Jundiaí já sonha com a maternidade. Em tom de brincadeira, a atriz culpa Mel Maia por ter aflorado ainda mais seu relógio biológico. Mãe e filha em Joia Rara, a sintonia da dupla vai além das gravações. Além da maternidade fictícia, outra razão contribui para o atual trabalho ser especial: a viagem ao Nepal, na Ásia, onde gravou cenas da novela. Católica e simpatizante da filosofia budista, a intérprete de Amélia afirma que foi uma das experiências mais transformadoras de sua vida.
Joia Rara tem a mesma equipe de Cordel Encantado (2011). Isso facilita?
Sim. Está sendo incrível trabalhar mais uma vez com (as autoras) Thelma Guedes, Duca Rachid, (os diretores) Ricardo Waddington e Amora Mautner. É uma honra participar de um trabalho como esse. Está uma coisa linda de viver! Não tenho palavras para definir o quanto sou fã dessas pessoas.
Ainda tem o Bruno Gagliasso, com quem você também contracenou bastante, não é?
É verdade, mas, em Cordel, eu e o Bruninho tínhamos uma relação diferente. Ele era o vilão e eu, a mocinha. Timóteo (papel do ator) passou a novela inteira tentando conquistar a Açucena (sua personagem) e não conseguiu. Agora não, a gente vive um casal apaixonado.
Fala um pouquinho sobre sua experiência no Nepal.
Passei 20 dias lá. Foi lindo! Eu me identifico muito com a filosofia budista. Acho incrível esse negócio da compaixão, de praticar o bem, de olhar para o outro como se estivesse olhando para si mesmo.
O que mais a marcou na viagem?
Como eles lidam com suas vidas. É muita pobreza e sujeira. Mas a espiritualidade do povo é tão forte que não tem como não se contagiar. Cheguei ao hotel e pensei: “Meu Deus, 20 dias neste lugar… Me ajude!”. Mas a gente foi convivendo com as pessoas e fomos nos apaixonando. Saí de lá sofrendo pelo que estava deixando. É de outro mundo! É uma experiência incrível. Será difícil ter uma parecida com essa.
Como a viagem a modificou?
Toca em um lugar tão íntimo, tão profundo, que não tem como expressar isso em palavras. Mesmo com a miséria, eles são espiritualizados. No Brasil, pobreza gera violência. Lá, não. Eles são conformados. Acreditam que merecem passar por aquelas dificuldades para receber uma vida melhor na próxima reencarnação. Mexeu demais comigo.
Deu vontade de praticar o budismo?
Sou católica e o que me toca no budismo é isso: compaixão. Espiritualmente, eu me identifico muito com o budismo. É a minha filosofia de vida.
Você emendou Guerra dos Sexos (2012) com Joia Rara. Como é sair de uma vilã direto para a mocinha?
A caracterização ajuda muito na construção da personagem. Saí de uma novela, não tive nem uma semana de férias e vim correndo para essa. Se não fosse o figurino e a viagem, teria mais dificuldade para fazer a transição. É complicado virar, de uma hora para outra, uma chavinha que não existe.
Prefere mocinha ou vilã?
Não tenho preferência. Mas posso dizer que a Carolina, até pelo tom de Guerra dos Sexos (2012) ter sido comédia, exigiu menos psicologicamente de mim. Eu me desgastei menos com ela do que com uma personagem mais dramática e densa como foi a Açucena, e é o caso da Amélia. Ambas são muito desafiadoras. É bom fazer uma coisa e depois fazer outra.

Bruno Gagliasso, Bianca Bin, Mel Maia e Caio Blat no Nepal, em cenas de Joia Rara
Foto: Divulgação/TV Globo
Você tem algo de Amélia?
A maternidade! Olha eu, a louca, né (risos)? Isso deve ser o desejo de ser mãe, que é grande. Não, brincadeira. Até quero um dia, mas não agora. A Amélia é batalhadora e me considero assim também. Para chegar aonde cheguei, lutei por isso. Fui atrás.
Você brincou com o desejo de ser mãe. O fato de ter filhos na ficção aflora a vontade?
Em Cordel Encantado, tive filhos no final, não pude aproveitar a maternidade (risos). Mas aflora muito a minha vontade! Adotei a Mel, já tenho isso (o desejo de ser mãe). E ver materializado em forma de pessoa, ainda mais em uma pessoinha tão fofa, não consigo me segurar.
Então a qualquer momento pode chegar um herdeiro por aí (risos)?
Quem sabe?! Acho que não é o momento, queria focar no meu trabalho agora, mas, se vier, será muito amado e bem-vindo. Acho que nasci para ser mãe.