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Ana Paula Padrão: “Chorei cinco horas sem parar, pensando que poderia perder meu marido”

A jornalista fala de amor,das transformações que precisou viver para ser feliz e do livro que acaba de lançar.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 05h27 - Publicado em 25 abr 2014, 21h00

Ana Paula Padrão 
Foto: Mario Rodrigues

Cheia de entusiasmo, Ana Paula Padrão, 48 anos, tem feito sessões de autógrafos de seu livro O Amor Chegou Tarde em Minha Vida em lugares de fácil acesso para as mulheres de classe C e B. Ela quer estar cada vez mais próxima delas, pois, como TITITI, acredita que estão transformando o país.
 
Na obra, Ana Paula narra fatos marcantes de sua vida, como a infância e a adolescência em Brasília (DF), a carreira brilhante de jornalista na Globo, no SBT e na Record, e o pedido de casamento do empresário Walter Mundell feito em Paris, há 12 anos, em clima de romance.
 
E, nessa entrevista exclusiva à TITITI, ela fala também dos dramas que enfrentou recentemente, da trajetória como empresária e de televisão. Se vai voltar para a telinha? Saiba isso e muito mais lendo a emocionante entrevista a seguir!
 
Seu livro é gostoso e fácil de ler, além de instigante, por trazer relatos de suas experiências cobrindo a guerra do   Afeganistão, por exemplo. Em quanto tempo ele foi elaborado?
Levei um ano para escrevê-lo e meu interesse é que mulheres de classe média, que leram poucos livros na vida, mas me conhecem da TV, possam lê-lo também. Sei que elas vão se identificar com muita coisa.
 
Esse interesse seu pela mulher da classe C vem de onde?
Há muito tempo venho estudando o universo feminino. Tenho uma empresa voltada ao assunto, a Tempo de Mulher, que engloba um portal com moda, educação, carreira, beleza. Também fazemos pesquisas importantes e um evento anual para executivas. Quero entender a mulher da classe média brasileira porque é ela quem vai determinar como será o país daqui a 30 anos.
 
Pode explicar melhor?
A estabilidade da moeda e a oferta de crédito proporcionaram a ascensão de pessoas que estavam na base da pirâmide para a classe média. De nossa população de quase 200 milhões de pessoas, 100 milhões estão na classe média. E desses, 54 milhões são mulheres. Dessas, um terço administram a casa sozinha. Elas já tinham o controle das coisas do lar e, quando sairam para trabalhar, ganharam o poder do dinheiro. Essa mulher decide onde o filho vai estudar, onde passarão as férias, o que se comprará…
 
Eita mulher poderosa!
E como! É ela também quem vai decidir em quem a família vai votar. Quanto mais informação tiver, melhor vai desempenhar esse papel. O poder está com ela. Acho essa mulher fascinante, incrível…
 
O que ela mais deseja?
Minhas pesquisas mostram que a educação dela e a dos filhos é a maior preocupação. Essa mulher identifica que, quanto mais ela e os filhos estudam, melhor se colocam na pirâmide social. E ela deseja isso. É corajosa, admirável, só de falar, me arrepia.
 
Você disse que ela vai se identificar com seu livro… Por quê?
Sim, porque ela vai saber que não nasci rica, que minha família era de classe média baixa e que tive muita dificuldade para chegar aonde cheguei.
 
Qual a maior dificuldade que enfrentou?
Basicamente, ter a formação suficiente para disputar o mercado de trabalho. Fui estudar inglês tarde, saí do país pela primeira vez aos 23 anos. Não tive as oportunidades que uma menina de família com dinheiro tem. Então, as coisas demoraram mais para acontecer.
 
E chegar à TV foi uma batalha árdua?
A TV foi um acaso para mim. Fazia frilas em uma revista em Brasília e o editor me indicou. Depois foi indo…
 
Você sente falta da TV?
Sinto falta das pessoas, acho o veículo sensacional, por causa do trabalho em equipe. Mas, do jornalismo diário, não tenho saudade nenhuma. Começava a trabalhar às 7 h da manhã e voltava para casa às 11 h da noite. Abri empresas para mandar na minha agenda.
 
Sua saída da Record foi conturbada?
Não, meu contrato era de quatro anos, mesmo. Eu queria ir embora. Foi uma saída amistosa, sem aresta nenhuma.
 
Em seu livro, você fala de felicidade… O que é a felicidade para você hoje?
É ter tempo para fazer as coisas que quero. A gente assume compromissos demais, cumpre muito a agenda do outro.
 
O que você gosta de fazer?
Adoro cozinhar, faço massas e risotos ótimos e tento aprender comidas tailandesas e indianas. Também gosto muito de ler.
 
O que está lendo?
Acabei de ler O Melhor Momento, da atriz Jane Fonda, e que fala de como administrar o terceiro período na vida da mulher.
 
Na capa de seu livro, há uma foto sua. E você está usando um pingente de coqueiro. Tem algum significado?
É bonitinho, né? Tem um significado importante para mim. No ano passado, fiz uma cirurgia de coluna. Tenho uma artrose que provoca o fechamento do canal onde passa a medula e sentia dores horríveis. Estava esperando o momento mais tranquilo para fazer a operação, porque é preciso uma recuperação de três meses.
Ana Paula Padrão: "Chorei cinco horas sem parar, pensando que poderia perder meu marido"

Ana Paula Padrão na capa de seu primeiro livro. À direita a apresentadora está ao lado do marido Walter Mundell.
Foto: Divulgação

 
Quando fez a operação?
Foi em 15 de outubro passado. O mais duro é que meu marido já estava passando bastante mal do intestino há alguns meses, com cólicas muito fortes. Teve vários diagnósticos e, quanto eu estava na terceira semana de cirurgia, o médico falou que ele tinha diverticulite e precisava ser operado imediatamente.
Foi uma intervenção complicada para ele?
O médico explicou que seria uma cirurgia de duas horas para tirar uma partezinha do intestino que estava inflamada. Mas a dele levou nove horas! Chorei cinco horas sem parar, pensando que poderia perder meu marido na cirurgia! Sentei no chão do quarto e chorei sem parar… Falo daquele dia com trava, foi muito duro!
 
Você o ama muito, não?
(Com a voz embargada) Eu o amo muito! Ele operou no dia 7 de novembro. E, no fim do ano, perguntamos para o médico se poderíamos viajar e ele disse que sim. Então alugamos uma casa numa ilha do Caribe e lá ficamos por três semanas. Comprei esse colar com o coqueirinho lá, coloquei no pescoço e nunca mais tirei, para me lembrar sempre de ter férias e aproveitar com meu marido porque a vida é curta e a qualquer momento podemos ir embora.
 
Pensa em retornar à telinha?
(Risos) O que não quero mais é fazer jornalismo diário. Estou trabalhando com mulheres há muito tempo, meu livro fala daquelas da geração dos anos 80… Você vai trabalhando e as coisas vão conspirando a favor. Quanto à TV, voltei a conversar com muita gente, mas ainda não há nada concreto. Nunca parei de receber convites e não descarto a possibilidade de retornar, não.

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