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Ana Furtado é tão independente quanto a Gaby de Caminho das Índias

A atriz se identifica e defende sua personagem da trama das 9

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 07h23 - Publicado em 13 jul 2009, 21h00
Heloiza Gomes (/)
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Ana Furtado vive a decidida Gaby, de 
Caminho das Índias
Foto: Fernanda Fernades

Ana Furtado foi criada para ter a mesma vida de Gaby, sua personagem em Caminho das Índias. Ou seja, ser uma mulher independente, sem filhos e dando prioridade à carreira. “Mas a minha essência não permitiu”, conta a atriz e apresentadora, de 35 anos, casada há nove com Boninho, diretor de núcleo da Globo, e mãe de Isabella, 2.

“Por mais profissional que eu seja, minha família está em primeiro lugar”, diz Ana, que torce por um final feliz para Gaby. “Quero que ela termine com um bofe gostoso, lindo, maravilhoso (risos)!”, planeja.

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A atriz, aliás, faz questão de mandar uma mensagem para o público da novela das 9. “A receptividade que tenho tido nas ruas vem sendo tão legal, que não posso perder a oportunidade de agradecer pelo carinho recebido, especialmente agora, com Gaby.” 

Bate-papo com Ana Furtado

Depois de Ramiro, o que está reservado para Gaby?
Não faço a menor ideia. Gaby é decidida, muito bem resolvida. É o tipo que não sucumbe a nada, não faz o que não quer. Não foi Gaby que se tornou amante de Ramiro, ele é que foi amante de Gaby.

Sem romantismo nenhum…
Sim, ela é muito mais racional do que emocional. Em primeiro lugar, com certeza, está o trabalho. Em segundo, o coração. Por que ela não tem ninguém? Acho que foi criada para ganhar o mundo.

Acredita em uma vida assim?
Acredito. Fui criada para ser assim, mas minha essência não permitiu. Sempre tive isso alimentado pelo meu pai (o advogado Carlos Alberto). Ele dizia: “Minhas filhas… (ela tem uma irmã, Tina, além do irmão João Carlos) cresçam, estudem, se desenvolvam, sejam independentes, não dependam de homem. Não quero netos! Não achem que eu quero netos para atrapalhar a vida de vocês! Sejam donas do mundo! Conquistem o mundo!” De certa forma, acho que tenho um pouco da Gaby. Fui criada com essa ladainha positiva (risos). Só que percebi que, para ser feliz, precisava ter alguém ao meu lado.

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Chegou a ter experiências como as da Gaby, de relações passageiras, de namorar homem casado?
Não. Nunca fui de ficar, sempre fui de namorar. E tive pouquíssimos namorados.

Você é da equipe de apresentadores do Video Show. Só não entrou no ar por causa da novela…
É, exatamente isso. O público, muitas vezes, confunde ficção com a realidade. Para acharem que Gaby tinha sido demitida da Cadore para apresentar o Video Show não custava, né?! Então, comecei a fazer reportagens especiais e muito esporádicas.

Tem preferência entre a carreira de apresentadora e a de atriz?
Não. Tenho preferência em fazer o que gosto, que são as duas coisas. Enquanto me chamarem para apresentar e atuar, aceito de uma forma muito feliz. Adoro fazer as duas coisas, me sinto plena.

Uma delas não fica de lado?
Não. E não quero escolher. Já me preocupei com isso. Achava que tinha que me focar. Mas, se tenho capacidade de fazer e a Rede Globo confia no meu trabalho, não sou eu quem vai dizer não (risos).

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Como você analisa sua carreira?
Sou absolutamente feliz. E o fato de eu ter essa trajetória de duas funções… É um frescor profissional, adoro me comunicar, sou muito curiosa. Então, quando estou fazendo novela, isso me faz falta. Quando apresento, sinto saudade de interpretar. Já fui preocupada com isso, mas, desde o momento que resolvi deixar que o universo conspirasse a favor, coisas bacanas aconteceram… Páginas da Vida, Estrelas, agora Caminho das Índias, Video Show…

Você citou Páginas da Vida. Lívia é sua melhor personagem até agora?
É, foi minha melhor oportunidade, fora a novelinha Caça Talentos (1996), da qual até hoje as pessoas falam sobre a personagem Drica. A segunda foi a Lívia. Era uma participação de uma cena, que virou dez, que se transformaram em dois meses, que passaram a ser três, que acabou sendo a novela inteira. Ali, me senti mais madura como atriz. Foi ótimo.

Com 13 anos de Globo, não falta um grande papel?
Sempre desejo o máximo. Vivo à espera do melhor papel, o melhor trabalho, o melhor programa… E quero ter uma grande oportunidade. A prática leva ao êxito. Então, quanto mais eu praticar, e o personagem tiver mais nuances, melhor. Estou me lapidando. Quero, sim, ter um melhor papel. E, quando alcançá-lo, vou querer um melhor ainda.

Ser casada com um importante diretor da emissora ajuda ou atrapalha, no final das contas?
Prefiro não comentar. Tudo o que conquistei foi por mérito próprio, pelo meu suor. Não quero fazer nenhum tipo de avaliação. Até porque, se pensar nisso, talvez, eu venha a me atrapalhar. Cada um tem que conquistar o seu espaço. Foi o que fiz. Me deram um limão e estou fazendo limonada até hoje.

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