Amor Eterno Amor: Gabriel Braga Nunes fala dos desafios de seu novo personagem
Gabriel Braga Nunes, protagonista de "Amor Eterno Amor", garante que o novo trabalho tem tudo para superar o incrível sucesso de "Insensato Coração"
Para atuar em “Amor Eterno Amor”, Gabriel Braga Nunes preferiu confiar nos estintos e não apostou em preparação
Foto: AgNews
Para Gabriel Braga Nunes, Léo, o grande vilão de “Insensato Coração”, é coisa do passado. Com a pele bronzeada, cabelos compridos e barbudo, o ator está totalmente entregue a Carlos, protagonista de “Amor Eterno Amor“.
“Nesse meio-tempo, passei dois meses em Nova York e deixei o Léo por lá”, brinca. Gabriel, que nunca tinha tido nenhum contato mais próximo com animais (nem mesmo de estimação), entrou de cabeça no novo trabalho e enfrentou com a cara e a coragem mais de 600 búfalos e até mesmo uma onça, com quem dividiu a cena.
Como é interpretar um mocinho depois de fazer um vilão como o Léo, de “Insensato Coração”?
O contraste foi, principalmente, o que me interessou nesse convite. Quando o Papinha (diretor Rogério Gomes) me ligou, fiquei muito estimulado pela possibilidade de, em um curto espaço de tempo, fazer personagens tão diferentes. Além disso, Carlos é um tipo que eu jamais fiz em 17 anos de televisão.
E o visual, foi você quem sugeriu?
Estava em Nova York e resolvi deixar crescer a barba e o cabelo para, quando voltar, ter material para trabalhar. Melhor ter a mais do que a menos. Daí, quando cheguei, o pessoal achou interessante.
Está tendo alguma dificuldade?
A maior é o calor. Rio de Janeiro nesta época é muito quente e o Carlos é um personagem basicamente de externas. E eu, como um bom paulistano de Higienópolis, adoro um ar condicionado.
Geralmente, esses personagens são mais musculosos… Intensificou a malhação para aparecer mais forte?
Não! Evito fazer qualquer preparação para novela. Por isso, foi muito importante eu começar a gravar no Pará, porque não tinha como me preparar para viver um domador de búfalos. Foi importante chegar lá e simplesmente domar um. Novela a gente aprende fazendo.
E como foi lídar com os búfalos?
Quando aceitei fazer a novela, decidi confiar. Então, cheguei sem alimentar receios, medos ou nada disso. A gente conduziu uma manada de 600 animais em rios. Já aconteceu de tomar coice, cair de cavalo, de búfalo… Mas nada grave. Inclusive, diversos desses pequenos acidentes foram incorporados à novela, porque eles fazem parte do dia a dia.
E gravar na Ilha de Marajó?
Gostei muito! No último dia, me agarrei numa árvore e disse: “ninguém me tira daqui (risos)”. Lá é muito bonito. O pessoal é extremamente doce, educado. Fomos muito bem recebidos por todo mundo.
No início da carreira, você não era figura fácil em novelas. De um tempo para cá, tem emendado uma produção atrás da outra. O que mudou?
O que me levou a escolher a profissão de ator foi exclusivamente o teatro. Nem cogitava fazer televisão. Ao longo dos anos, resolvi experimentar a TV e o cinema e comecei a viver uma história com a telinha de cada vez mais envolvimento. Hoje é o meu veículo favorito.
Por isso assinou com a Globo?
Pela primeira vez, fiz um contrato que não seja por obra. Sempre prezei a minha liberdade, meu poder de decisão. Gosto de dar um passo de cada vez. Mas, quando acabou Insensato Coração, enxerguei a minha relação com essa empresa. Finalmente, uma condição boa, bonita, de diálogo, de capacidade de realização de bons trabalhos. Me senti respeitado e valorizado. E achei que merecia ser coroado com o belo contrato que eu assinei.