Alexandre Barillari coleciona mais um vilão em sua carreira
O ator interpreta Ramon em Caminhos do Coração. Em entrevista, ele admite que adora ficar enclausurado em casa
“O grande barato do Ramon é que ele é um
personagem de observação e de ação”,
afirma Alexandre
Foto: Rafael Campos
Jovem, bonito, bem-sucedido e irritantemente caseiro. Ao contrário de muitos atores que fazem de tudo para estar na mídia, Alexandre Barillari, de 33 anos, prefere seguir na contramão. Avesso a badalações, o galã, que atualmente está na novela Caminhos do Coração, da Rede Record, não pensa duas vezes na hora de trocar um agito para ficar em casa. A minha natureza é indoor, para dentro de mim. E isso tem se acentuado bastante. A velhice é um fato. Com o tempo, a nossa personalidade tende a se potencializar, afirma.
Você está ficando especialista em vilões. Até que ponto isso é bom?
Fico muito feliz de funcionar bem como vilão porque são personagens perigosamente sedutores para qualquer ator. Eles têm dimensões mais profundas, uma densidade um pouco maior… O Ramon não tem nenhum dado patológico, diferentemente do Guto, que eu interpretei em Alma Gêmea. Este tinha uma questão espiritual muito forte. É muito bom saber que o autor enxerga em você a possibilidade de vivenciá-los.
O que você destacaria em Ramon?
O grande barato do Ramon é que ele é um personagem de observação e de ação. Ele não cria, não é mentor intelectual dos crimes… Ele é um executor de poucas palavras e de bastante olhar. Esse traço dele é muito interessante para mim na hora de compô-lo.
Esse é o maior desafio do personagem?
Também. Sou um pesquisador do meu ofício. Dedico dias da minha semana aos meus encontros com a Camila Amado, que é uma gênia, uma milagrosa. Ela diz que o grande combustível de quem faz arte é o ar. E isso eu tenho colocado em prática nesta novela. Exercito a minha interpretação no limite da minha respiração.
O que você gosta de fazer quando não está trabalhando ou estudando?
Sou uma pessoa tão esquisita… (risos). Sou esquisitíssimo, não faço nada. Sou muito caseiro. O que me diverte são as minhas aulas de língua portuguesa e literatura brasileira, às segundas, e os meus encontros com Camila Amado, às sextas. Isso é o que me comove. Uma festa não me interessa em nada, só se você estiver no meu círculo de quatro melhores amigos para eu ir prestigiar. Se não, prefiro ficar na minha casa. A melhor definição para mim é ser uma pessoa esquisita (risos).
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