Adriana Esteves: “Vão ficar com raiva de mim”
Adriana Esteves comemora seu retorno ao horário nobre da Rede Globo na pele da terrível Carminha, a grande vilã de "Avenida Brasil"
Adriana Esteves está pronta para ser odiada pelo público em seu novo personagem, a vilã Carminha de “Avenida Brasil”
Foto: Divulgação
Depois de interpretar Júlia, a mocinha de “Morde & Assopra”, Adriana Esteves está de volta à TV. Na pele da vilã Carminha, em “Avenida Brasil“, a atriz vai irritar o espectador com as malvadezas da personagem. “Vão ficar com raiva de mim”, deduz.
Apesar da vasta experiência como atriz, a mulher de Vladimir Brichta elege o atual papel como o mais difícil em seus 23 anos de carreira. “Até agora foi a personagem que encontrei mais dificuldade e a que estou tendo que trabalhar mais”, analisa. Mas esta não é a primeira vez que Adriana faz maldades na telinha. Em 1998, ela foi Sandrinha em Torre de Babel
Como está sendo contracenar com Débora Falabella?
Tenho uma admiração grande por ela. Nunca tínhamos trabalhado juntas, mas acompanho sua trajetória e é um prazer enorme saber que vamos ter uma história juntas durante um ano.
Está preparada para ser odiada?
Olha, digo que estou e brinco que é isso que quero. Mas não sei… Só vivendo. Daqui a uns meses você me faz a mesma pergunta e aí falo se estou incomodada ou não.
Você considera a Carminha a grande personagem de sua carreira?
Como sou muito dedicada e obsessiva pelo meu trabalho, sempre acho que o atual é o mais difícil. Mas lhe falo de coração: aos 23 anos de profissão, até agora foi a personagem que encontrei mais dificuldade, e a que estou tendo que trabalhar mais.
Por quê?
Além de ser muito boa, tem também minha vontade de corresponder ao que o João Emanuel Carneiro (autor) escreveu. O texto dele me inspira muito!
Interpretar uma vilã exige mais?
Não sei dizer se é mais. Mas esta, em especial, me exige muuuito. Mas estou adorando!
Usou alguma referência de TV ou do cinema para Carminha?
Me inspirei em uma série de referências. Não só de dramaturgia, como em casos reais também. A partir do momento em que colocam um desafio na minha mão, fico com os meus olhos e ouvidos completamente voltados para a personagem. Tudo o que me acontece pode me inspirar, inclusive, vocês (jornalistas) aqui.
Alguns atores saem do estúdio exaustos emocionalmente. Isso também acontece com você?
Numa gravação, temos que dar o corpo, imaginar coisas que a gente deseja esquecer… Estou tendo que dar a cara para isso, não posso colocar nada debaixo do tapete. Nesse sentido é pesado, mas é a minha profissão e tenho que ter um mecanismo de defesa.
Desliga rápido ao chegar em casa?
Ah, desligo! Tenho uma família linda, um marido deslumbrante. Tenho que desligar do trabalho.
Aos 23 anos de carreira, estava na hora de ter um papel como esse?
Sou muito trabalhadora e sei o quanto luto para estar até hoje aqui. Mesmo olhando uma trajetória enorme pela frente, posso dizer que tenho muita sorte. Tenho sido convidada para grandes presentes como foi a Dalva de Oliveira (Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor, em 2010) e este agora. Eu queria fazer uma megavilã e logo veio o convite do Ricardo Waddington (diretor) e do João Emanuel. Não vou negar que é mérito meu, do meu esforço, da minha luta, mas é uma sorte ganhar esses presentes.
Você deixou seu filho, Vicente, ver “Morde & Assopra”. E agora? Ele vai assistir a “Avenida Brasil”?
Com certeza, não! Não é uma novela para ele, inclusive, às 21 horas, Vicente já está dormindo. Felipe, de 12 anos, e Agnes, com 14, talvez vejam. Vou avaliar tudo junto com os pais deles.