A grande fase de Murilo Rosa
Com a fé e o amor renovados, o ator curte o filho Lucas, e a experiência de protagonizar Desejo Proibido
O ator está feliz com a chegada
de seu filho Lucas, fruto da união
com a top model Fernanda Tavares
Foto: Divulgação
O destino sorri para o ator Murilo Rosa. Aos 37 anos, o gato está em clima de estréia: pela primeira vez é pai e também faz o principal papel em uma novela. Isso depois de 15 anos de carreira. Na trama global das 6, ele vive padre Miguel, um homem dividido entre a vontade de servir a Deus e o amor de uma mulher, Laura, interpretada por Fernanda Vasconcellos. O personagem proporcionou a Murilo uma experiência fascinante pouco antes do início das gravações. Ele passou três dias em um mosteiro no Paraná e voltou ainda mais encantado com a religião católica, que herdou da família. E é cheio de fé e amor que ele curte Lucas, seu filho com a top model Fernanda Tavares, que nasceu no dia 22 de outubro. Na entrevista a seguir, o ídolo fala desta feliz e deliciosa renovação em sua vida.
tititi – A estréia de Desejo Proibido (no dia 5/11) foi pouco depois do nascimento de Lucas. São muitas novidades, não?
Murilo Rosa – Ter um filho com a mulher da minha vida é uma emoção incrível, a coisa mais importante que já me aconteceu. Lucas e Fernanda estão bem. Ele é a minha cara (risos) e eu me sinto muito feliz em ser pai. Também estou amando fazer Desejo Proibido.
Há muitos mistérios sobre o padre Miguel, não?
Ele é um personagem lindíssimo, um presente do autor Walter Negrão. Existe, sim, um mistério sobre o seu passado, mas nem eu conheço. Órfão, ele foi criado pelo padrinho religioso, estudou em colégio católico e se formou padre. Só que tem dúvidas em relação a muitas coisas. É um homem questionador. Além disso, pratica alpinismo e, por intermédio da natureza, acredita que se relaciona melhor com Deus. É bonito isso!
Você sempre faz laboratórios para criar seus personagens… Desta vez, como foi?
Passei três dias em um mosteiro trapista, a 100 quilômetros de Curitiba, PR. (Os monges trapistas vivem afastados do mundo, têm a vida contemplativa e orientada totalmente para a busca de Deus). Também fiquei um tempo num seminário no Rio de Janeiro para conhecer um pouco mais desse mundo. E estudei, vi documentários para tentar entender a Igreja Católica com sua riqueza e poder.
Foi uma experiência interessante no mosteiro?
Muito, vi coisas maravilhosas lá. Aquele é realmente um universo pelo qual precisamos ter muito respeito. Há padres em grandes missões na Amazônia, no Iraque, ajudando pessoas que sofrem. É uma profissão, ou melhor, uma missão muito linda. Os religiosos que fazem essas coisas fantásticas não podem ser manchados pelos erros de outros ou de uma estrutura.
É verdade que em um dos mosteiros você fez voto de silêncio?
No mosteiro, meu silêncio era só na hora do almoço. Normalmente, os monges não falam nesse momento porque há uma palestra e todos ouvem. O local já é silencioso, não me pediram para ficar calado.
Você dormia lá ou ficava só durante o dia?
Eu passei três noites lá. Dormia às 19h30 e acordava às 2 h da manhã. Tinha missa às 3, às 5, às 7, ao meio-dia, às 14 e às 15 h. Foi uma experiência fantástica.
O que mais o impressionou?
Quando fui para lá, queria entender o que se passa na cabeça das pessoas que fazem voto perpétuo, ou seja, de ficarem lá isoladas para sempre.
E você entendeu?
Sim, no mosteiro, o monge estuda, trabalha e reza. Ele planta, colhe e ora. Deu para compreender que a vocação religiosa é, acima de tudo, uma missão importante e bela.