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50 anos de novelas – Capítulo 9

As músicas são elementos fundamentais na condução das tramas e marcam a história da teledramaturgia brasileira

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 11h11 - Publicado em 2 dez 2013, 21h00
Paulo Cabral (/)
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50 anos de novelas – Capítulo 9

Vera Fischer como Jocasta, em Mandala: “Como uma deusa, você me mantém…
Foto:Divulgação

Desde o começo, as músicas estão presentes nas novelas. No início eram temas instrumentais, usados para marcar o clima das tramas. Aos poucos, foram ganhando letras e grandes interpretações, caindo, assim, na boca do público, que passou a consumir os discos com as trilhas sonoras, lançados como forma de expandir ainda mais o mercado da teledramaturgia brasileira e aumentar a identificação com os personagens. Quem não se lembra de Vera Fischer, 61 anos, como Jocasta, protagonista de Mandala (Globo, 1987), quando ouve “Como uma deusa você me mantém…” cantado por Rosana, 59, na canção O Amor e o Poder, ou de Ísis Valverde, 26, como Suelen em Avenida Brasil (Globo, 2012) com “Eu quero ver você correndo atrás de mim…” do Aviões do Forró?

As primeiras trilhas lançadas em disco foram de Renúncia (Record, 1964), que marcou o início da carreira de Walter Negrão, 71, como novelista, Melodia Fatal (Excelsior, 1964), estreia de Walter Avancini como diretor, e O Direito de Nascer (Tupi, 1964). A Globo passou a lançar LPs com o selo Philips a partir de Véu de Noiva (1969), que tem a música Teletema, ícone da teledramaturgia. No mesmo ano, a emissora criou sua própria gravadora, a Som Livre, que, a partir de 1971, dedicou-se às canções das novelas colocando no mercado a trilha sonora de O Cafona.
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Naquela época, as trilhas eram feitas especialmente para as tramas a partir das sinopses, por isso, grandes nomes da música brasileira compuseram canções para tocar nas novelas. Só para citar alguns, Toquinho, 66, e Vinicius de Moraes assinam as músicas de O Bem Amado (Globo, 1973) e de Fogo Sobre Terra (Globo, 1974), Raul Seixas e Paulo Coelho, 65, de O Rebu (Globo, 1974) e ninguém menos que Roberto, 71, e Erasmo Carlos, 71, de O Bofe (Globo, 1972). A partir de 1975, as trilhas sonoras passaram a contar com nomes variados e serviram para alavancar a carreira de alguns artistas, como Djavan, 64, Alceu Valença, 66, que estão no disco de Gabriela (1975), e Luiz Melodia, 62, que teve sua Juventude Transviada como tema de Lucinha (Betty Faria, 71) em Pecado Capital (1975).
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Isabelle Drummond, Leandra Leal e Taís Araújo cantaram Vida de Empreguete em Cheias de Charme
Foto:Divulgação

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As músicas das novelas reforçam o que está em voga, tanto nas internacionais quanto nas nacionais. Com a explosão da nova safra de cantores sertanejos, por exemplo, A Favorita (Globo, 2008) teve um disco só dedicado ao gênero. Em alguns casos, também houve a participação de atores nas trilhas – Sônia Braga, 62, interpretou Sou o Estopim em Saramandaia (Globo, 1976) e Gloria Pires, 49, cantou Coração em As Três Marias (Globo, 1981). Recentemente, Taís Araújo, 34, Leandra Leal, 30, e Isabelle Drummond, 19, além de Cláudia Abreu, 42, atacaram de cantoras e emplacaram o hit Vida de Empreguete em Cheias de Charme (Globo, 2012). Sucesso! E na próxima edição tem mais. Até lá!

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