50 anos de novelas – Capítulo 3
Os pares românticos seguram as tramas do começo ao fim, apesar de alguns deles continuarem além dos estúdios da TV
Fábio Jr. e Gloria Pires se uniram de verdade na primeira versão de Cabocla
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Novela sem romance não é novela. Desde que o gênero estreou na programação das emissoras, o amor é a força motriz das tramas e os pares românticos são protagonistas de desencontros, vítimas de armações e caminham entre o bem e o mal para que, no fim, vivam felizes para sempre. Quando foi ao ar, a pioneira 2-5499 Ocupado (Excelsior, 1963) tinha Tarcísio Meira, 77 anos, e Glória Menezes, 78, encabeçando o elenco. Os atores, casados desde 1962, tornaram-se o casal mais representativo da teledramaturgia brasileira e estrelaram 18 produções juntos, como A Deusa Vencida (Excelsior, 1965), Sangue e Areia (Globo, 1967), Irmãos Coragem (Globo, 1970), Guerra dos Sexos (Globo, 1983) e A Favorita (Globo, 2008).
Em 1968, a Globo decidiu separá-los e escalou Glória Menezes para ser o par romântico de Carlos Alberto em Passo dos Ventos, e Tarcísio Meira com Yoná Magalhães, 77, em A Gata de Vison. Como Carlos e Yoná também formavam um casal fora de cena, o público rejeitou esse remanejamento, e Tarcísio e Glória voltaram a atuar juntos em Rosa Rebelde (Globo, 1969). Anos e anos na mesma emissora, os dois acabaram ganhando um seriado só para eles, Tarcísio e Glória (1988).
Glória Menezes e Tarcísio Meira em Irmãos Coragem, uma das 18 novelas que fizeram juntos e Giovanna Antonelli e Murilo Benício em O Clone, quando o amor foi além da ficção
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Mas a regra que sempre valeu para a aceitação de um par romântico é a chamada química entre os atores. Regina Duarte, 66, por exemplo, tinha isso com Claudio Marzo, 73, com quem trocou vários beijos em Véu de Noiva (Globo, 1969), Irmãos Coragem (Globo, 1970), Minha Doce Namorada (Globo, 1971) e Carinhoso (Globo, 1973), e com Antonio Fagundes, 63, em Nina (Globo, 1977), Vale Tudo (Globo, 1988) e Por Amor (Globo, 1997), mas a paixão explosiva de Simone, sua personagem em Selva de Pedra (Globo, 1972), com Cristiano (Francisco Cuoco, 79) se tornou um marco da teledramaturgia brasileira.
Letícia Spiller e Marcello Novaes viraram um casal após Babalu e Raí de Quatro por Quatro e Cássio Gabus Mendes e Lídia Brondi em Meu Bem Meu Mal, época em que se casaramo
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