Oscar Filho e Monica Iozzi comentam a saída de Marcelo Tas do CQC
Mônica Iozzi também falou sobre a decisão do amigo, com quem dividiu a bancada por quatro anos
Oscar Filho divide a bancada com Tas desde 2011
Foto: Divulgação/Band
Algumas horas depois que Marcelo Tas anunciou a sua saída do CQC, Oscar Filho, que também apresenta o programa, se manifestou a respeito da decisão. Em uma “carta de repúdio”, como ele mesmo chamou o texto, escreveu sobre o respeito e a admiração que tem pelo colega, ressaltando o quanto aprendeu ao seu lado durante os sete anos em que trabalharam juntos. “Desejo felicidade, diversão, serenidade, força, alegria, sucesso, brilho e mais ‘uma pá’ de coisas boas que a gente deseja nesses momentos”, pontuou ele.
O humorista ressaltou ainda, que foi Tas quem o ajudou a assumir a bancada do programa quando Rafinha Bastos deixou a atração, em 2011. “Sua generosidade em me observar e me ouvir, me dar espaço pra que eu pudesse improvisar me fizeram te admirar ainda mais”, ressaltou ele.
Em 2009, Monica também fazia parte do CQC
Foto: Divulgação/Band
Quem também falou sobre o assunto foi Monica Iozzi, a primeira mulher a assumir o comando do programa, cargo no qual permaneceu de 2009 a 2013. À Contigo!Online, ela comentou a saída de Tas. “Eu acho que chega uma hora na vida em que a gente quer mudanças. É natural. Agora, como telespectadora do CQC, eu acho que é sempre bom renovar, seja no formato ou nos personagens. Propostas novas são sempre bem vindas e renovação, se é feita com o coração aberto, é sempre bom! Acho que 2015 será um ano legal para o CQC“, considerou ela. Atualmente, Monica é contratada da Rede Globo e faz parte do elenco da novela Alto Astral.
Confira a carta de Oscar Filho na íntegra:
“Acordo hoje e leio uma notícia na internet: Marcelo Tas anuncia que vai deixar o CQC: ‘dever cumprido’. Como assim você deixa o programa, Marcelo Tas? Tá louco? Não
eu te entendo! Foram seis anos de programa e muita coisa aconteceu: prêmios e críticas, beijos e tapas, conquistas e perdas. Acontecimentos e tempo o suficiente pra sentir a necessidade de renovação. Volto, então, para 2008 quando eu era nada conhecido e chegava nas festas, coberturas de playboy, premiações, lançamentos de livro e olhavam pra mim com uma cara estranha meio que perguntando pra si: ‘Quem é você?’. Olhavam pro cubo que estava no microfone e associavam mais imediatamente ao teu nome do que ao nome do programa. ‘Ah, adoro o Marcelo. Manda um beijo pro Tas’. Se hoje sou reconhecido nas ruas, além de ser pelo meu trabalho, também é muito por sua causa. Você emprestou seu prestigio pessoal pra alavancar o programa e, indiretamente, a mim. ‘Ô, Pequeno Pônei, manda um abraço para o careca lá!’. Ouço muito isso na rua, no cinema, no shopping, durante as gravações do ‘Proteste Já’
Nunca mandei, mas mando agora: Tas, muitas, muitas, muitas pessoas me falaram isso. É um número estratosférico! Nem sei se imagina. Por algumas vezes, quando acontece isso, penso: caraca, o Tas é o cara que fez um sucesso enorme com o Professor Tibúrcio há décadas e, depois de tanto tempo, em outro momento da vida, ele volta a se destacar com algo que não tem absolutamente nada a ver com aquele personagem. Várias pessoas sequer imaginavam ser o mesmo artista. Poucos são capazes de fazer sucesso em momentos tão distintos da vida! Sem falar no poderoso Ernesto Varela, personagem que conheci e nem me passava pela cabeça que trabalharia com o seu criador. Em 2011, fui convidado para apresentar o CQC ao seu lado. Não seria fácil fazer isso, dadas as circunstâncias. Como você ancorava o programa há quatro anos, e mesmo com toda a sua experiência na TV, imaginei que a sua atitude seria algo próximo a ‘sentaí e aprende comigo’, quando me sentasse na bancada no primeiro dia. Afinal, você e o Luque tinham tanta química, se conheciam tanto que me restaria apenas dançar conforme a música. E não foi nada disso. Sua generosidade em me observar e me ouvir, me dar espaço pra que eu pudesse improvisar me fizeram te admirar ainda mais. Sendo assim, meu repúdio é bem egoísta. Gostaria que continuasse no programa e me ajudasse a manter minha lembrança emotiva viva e fresca dessa época. Mas eu sei que isso tem que acontecer independente da sua escolha e do que está por vir, né? O tempo passa, as coisas mudam, a fila anda. ‘Pedras que rolam não criam limbo’. Marcelo Tas: like a rolling stone! Desejo felicidade, diversão, serenidade, força, alegria, sucesso, brilho, e mais ‘uma pá’ de coisas boas que a gente deseja nesses momentos. Força na peruca e manda ver como tem feito. Um beijo enorme!”