Existe “filho preferido”?
Ter predileção por um filho não significa falta de amor pelo outro, mas é preciso ter equilíbrio
Lembre-se sempre: toda criança precisa se sentir aprovada e amada pelos pais
Foto: Getty Images
Como em qualquer relacionamento afetivo, mães e filhos não estão livres de preferências. Tanto que, em toda família com mais de uma criança, os irmãos sempre acusam os pais de ter um favorito. Se algum dia você achar que tem afinidade com mais um filho, não se sinta culpada, mas tente repensar o que está por trás dos sentimentos que cada filho desperta em você.
A psicoterapeuta Ana Cristina Marzolla, explica que também é comum haver conflitos entre duas pessoas muito parecidas. O motivo? Como se olhasse em um espelho, você enxerga no outro emoções e comportamentos de que não gosta em si mesma. Aí, inconscientemente, passa a rejeitar a criança, que se torna um eterno lembrete dos seus pontos fracos. Ela, ainda, dá uma dica muito valiosa: “Reflita ainda sobre as circunstâncias que cercaram a gravidez e o nascimento de cada um de seus filhos. Quem sabe se involuntariamente você não está associando (e responsabilizando) seu filho por dificuldades da época em que engravidou pela segunda vez?”
Seja como for, é importante investir na proximidade com o filho que você não tem tanta afinidade. Toda criança precisa se sentir aprovada e amada pelos pais para se desenvolver bem – intelectual, social, emocional e até fisicamente. Equilibrar essa balança evitará também prejuízos para a personalidade de ambos. A posição de favorito pode levar o outro a uma dependência exagerada de sua eterna aprovação.