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Em tempos de pandemia, ele defendeu isolamento e saneamento básico

Hoje é o Dia Nacional da Saúde em homenagem à Oswaldo Cruz, que foi impopular, mas ganhou reconhecimento por sua campanha pela saneamento básico e vacinação

Por Da Redação
Atualizado em 5 ago 2020, 14h21 - Publicado em 5 ago 2020, 12h57

Oswaldo Cruz é um herói nacional, mas nem sempre foi assim. Como diz o ditado popular,  “todo remédio bom é o remédio amargo”, e Cruz se manteve firme com suas posições – vistas como impopulares – que incluíam regras de higiene rigorosas em casa, lugares públicos, vacinação e, em alguns casos, isolamento social. Não estamos falando de 2020. Ele encarou esse desafio na virada dos anos 1900s. Imagine Oswaldo Cruz vendo o mundo hoje…

Cruz nasceu há 148 anos, no dia 5 de agosto. Sempre foi apaixonado por microbiologia. Desde o laboratório que montou sozinho em casa, ainda pequeno, até estudar no prestigiado Instituto Pasteur, em Paris, ele sempre se dedicou à pesquisa.

O médico e pesquisador esteve na comissão que teve que encontrar uma solução para o repentino surto da  peste bubônica, em 1900, em Santos. Como diretor do (então) Instituto Soroterápico Federal, o jovem bacteriologista trabalhou para ampliar suas atividades para além da fabricação de soro antipestoso, incluindo a pesquisa básica aplicada e a formação de recursos humanos.  O desafio não era pequeno. Foi Cruz teve defendeu a campanha sanitária de combate às principais doenças da capital federal na época: febre amarela, peste bubônica e varíola. Para isso, adotou métodos como o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos casos positivos, a captura dos vetores – mosquitos e ratos –e a desinfecção das moradias em áreas de focos. Conseguiu diminuir incidência de peste bubônica em poucos meses. Mas não ganhou carta verde da população.

Lutar contra a febre amarela foi particularmente complicado porque grande parte dos médicos e do país acreditava que a doença se transmitia pelo contato com as roupas, suor, sangue e secreções de doentes. Cruz acreditava que o transmissor da febre amarela era um mosquito e, ao insistir em mudar o método tradicional no combate à moléstia e se concentrar na eliminação dos focos de insetos, provocou violenta reação popular.  Para piorar, um surto de varíola assolou o país e o sanitarista defendeu a vacinação em massa para mais uma vez se ver extremamente impopular, com até o Congresso reagindo contrariamente. A movimentação ficou conhecida como a “Revolta da Vacina”. No entanto, quando a incidência da febre amarela reduziu depois da insistência do método de atacar os mosquitos, o cientista ganhou respeito. A população acabou atendendo a recomendação de tomar a vacina contra varíola. De vilão, ele passou a ser respeitado.

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Oswaldo Cruz defendia um sistema de saúde único e liderou a criação de um código sanitário que seguia regras internacionais. Sua iniciativa e trabalho ganharam reconhecimentos internacionais e, desde 1908, o Instituto passou a levar seu nome.

Porém a vida prega surpresas tristes. Ainda com apenas 44 anos de vida, ele morreu, em Petrópolis, em consequência de uma crise de insuficiência renal.

Por tudo que fez, o dia de seu aniversário é o Dia Nacional da Saúde. Nada mais atual do que lembrá-lo em tempos de pandemia.

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