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Conheça Brenda Howard, mulher que criou a Parada do Orgulho LGBT

Bissexual, ela foi presa várias vezes em protestos, e era considerada "a mãe do Orgulho".

Por Giovana Feix
Atualizado em 20 jan 2020, 12h13 - Publicado em 15 jun 2017, 08h10

Todos os anos, no mês de junho, milhões de pessoas se organizam para celebrar a diversidade e o orgulho LGBT. O auge das celebrações são as Paradas do Orgulho LGBT, que acontecem em milhares de cidades por todo o mundo. O que nem todo mundo sabe é que quem criou a primeira das marchas foi uma mulher chamada Brenda Howard, que entrou para a história por seu ativismo a favor da diversidade.

Ela tinha apenas 23 anos quando aconteceram as chamadas Revoltas de Stonewall, importante marco da luta LGBT nos Estados Unidos e que teve reflexos em todo o Mundo. Mesmo sendo muito jovem na época, ela se destacou pelo papel central e ativo que assumiu durante e após as Revoltas.

O bar Stonewall Inn, em Nova York, que até hoje é um ponto de encontro para os LGBT. (Drew Angerer/Equipa/Getty Images)

Stonewall e a Christopher Street Liberation Day March

A importância das “Revoltas de Stonewall” é realmente enorme. Durante os anos 1960, quando demonstrações de afeto entre homossexuais eram consideradas crime em boa parte dos Estados Unidos, só havia um bar em Nova York que aceitava recebê-los: o Stonewall Inn.

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Justamente por isso, o estabelecimento vivia recebendo ~visitinhas~ da polícia – e, em resposta à violência que se dava nestes embates, a comunidade LGBT se uniu para dar colocar um basta na repressão.

A partir de 28 de junho de 1969, portanto, eles passaram três dias confrontando corajosamente a polícia – e iniciando, com sua resistência, o movimento LGBT da forma como ele é conhecido hoje em dia.

Na Parada do Orgulho LGBT de Londres, em 2015. (Rob Stothard/Freelancer/Getty Images)

De acordo com o site americano “Advocate”, Brenda Howard era bastante próxima dos frequentadores e ativistas do Stonewall, e, um mês depois deste marco, não quis deixar aquela grande conquista passar em branco. Ela organizou, por isso, o “Christopher Street Liberation Day March” – a primeira vez em que gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais marcharam pelas ruas de uma cidade americana demonstrando publicamente suas identidades, e portanto iniciando o que hoje enxergamos oficialmente como Orgulho LGBT.

A Parada do Orgulho LGBT de Los Angeles, em 2014. (David McNew/Freelancer/Getty Images)

Um ano mais tarde, foi também ela quem organizou a comemoração de um ano da marcha de Christopher Street. Ao mesmo tempo celebração e protesto, o evento que ela promoveu que acabou se reproduzindo em várias cidades do mundo, e se tornou o que hoje conhecemos como as Paradas do Orgulho LGBT.

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No mesmo ano, aliás, ela também teve a ideia de criar oficialmente uma Semana do Orgulho LGBT, segundo consta em seu site pessoal. Será que ela imaginava que, um dia, isso duraria um mês inteiro?

Brenda Howard, mulher bissexual

“Se você precisasse de ajuda para organizar algum tipo de protesto ou alguma coisa contra a injustiça social, tudo que tinha de fazer era ligar para ela e dizer quando e onde deveria estar”, conta Larry Nelson, que foi parceiro de Brenda, em entrevista ao “Advocate”. Bissexual, ela era acima de tudo uma ativista em prol de todas as minorias – e chegou a ser presa diversas vezes, em diferentes estados norte-americanos. O fato é que, apesar disso, ela nunca desistiu de lutar.

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Brenda Howard, à esquerda.

Mesmo estando engajada, porém, contra todo tipo de opressão social, ela tinha obviamente um envolvimento maior com a causa bissexual. Em 1988, ela fundou a Rede de Contatos Bissexual na Área de Nova York (New York Area Bisexual Network) – que é até hoje referência para grupos bissexuais na região.

Protesto LGBT contra Donald Trump, em Los Angeles. (Yana Paskova/Freelancer/Getty Images)

Ela também foi essencial para que os bissexuais fossem inclusos na Marcha de Washington em 1993, em uma época em que o movimento dava atenção quase exclusiva aos homens gays e às lésbicas.

Brenda morreu em 28 de junho de 2005, curiosamente no aniversário de 36 anos das Revoltas de Stonewall. Ela foi vítima de um câncer no intestino.

 

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