Nada é tão prazeroso quanto os elogios
que recebo do meu marido
Foto: Matheus Bruxel
Até meus 15 anos eu me apelidava de Mônica, personagem do Maurício de Sousa. Como ela, eu era baixinha, gordinha e dentucinha. Aos 16, porém, entrei na academia. Descobri um mundo de atividades, me tornei professora de aeróbica e virei um mulherão.
Aos 23 anos fiquei grávida. Passei mal com os enjôos e só engordei 6 quilos. Recuperar o peso foi fácil. Continuei dando aulas até os 26 anos, quando mudei de profissão. Virei cabeleireira. Meu peso passou a oscilar entre 50 e 58 quilos.
Engordei 30 quilos
Aos 33 anos conheci o homem da minha vida, o Julio César. Pouco depois, engravidei. “Essa é a minha última gestação. Vou me esbaldar e comer por dez”, pensei, sem me dar conta da loucura. Devorava dez pães, dez pastéis, de uma só vez. Essa extravagância me rendeu 30 quilos. Fui parar na casa dos 80, tem noção? É muito para quem mede 1,55 metros!
Quando a Thiane nasceu virei mãe em tempo integral. Fechei meu salão de beleza e só saía de casa para obrigações como ir ao mercado, à farmácia ou à padaria. Eu ia e voltava correndo para ficar com a minha filha. Por isso, eu não me importava de estar sempre mal penteada e malvestida (geralmente com o mesmo vestido indiano tamanho GG).
A relação com o Julio mudou também. Ele deixou de me elogiar. Senti falta de carinho. Mas nem tinha ânimo para voltar a ser uma mulher. Eu só queria ser mãe.