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Chá seca-barriga: mix de gengibre, cravo e canela acelera o metabolismo

A leitora Brunna Silva passou do manequim 50 para o 38 com a ajuda do chá termogênico que leva gengibre, cravo e canela. A bebida aumenta o gasto calórico durante a digestão e diminui o inchaço na região da barriga.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 04h59 - Publicado em 15 Maio 2014, 21h00
Reportagem: Célia Aguiar - Edição: MdeMulher (/)
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Brunna Marques Silva, 30 anos, analista, São Paulo, SP, tem 1,66 m e foi dos 98 kg para os 65 kg.
Fotos: Guto Seixas / Arquivo pessoal

Foi um golpe muito duro da vida. Descobrir que meu bebê recém-nascido era portador de uma grave doença no sangue me deixou transtornada. O Yuri não poderia se cortar, esbarrar ou ter outros tipos de ferimentos porque sangraria mais que o normal e a hemorragia poderia colocar sua vida em risco. A partir daquele momento, passei a viver para ele. E, para segurar a barra, corria para a comida. Era minha válvula de escape. Quando me dei conta, estava pesando 98 kg! Cheguei a ficar tão grande e inchada que minha aliança de casamento não entrava mais em nenhum dos dedos! Durante três meses, usei pendurada na correntinha do pescoço. Meu marido, o Kayo, nunca falou nada sobre meu excesso de peso. Até que em junho de 2012 encostei nele e fiz um pedido: “Amor, vamos trocar minha aliança?” Ele respondeu na lata: “Amor, não vou trocar. A mulher que se casou comigo usava esta aliança aí. Olha o tamanho da sua barriga!” Congelei por alguns segundos. Sem ação, não respondi nada. Me virei e fui para o quarto, perplexa. O Kayo veio atrás de mim para pedir desculpas, mas eu disse que não precisava, pois ele tinha razão. Aquela resposta foi pesada, mas também foi transformadora. Eu precisava daquele sacode. Foi assim que minha batalha contra a obesidade começou. Prometi para mim mesma que meu marido teria a esposa dele de volta. E bem magrinha!


Tive um tumor por causa dos remédios para emagrecer


Comecei a namorar o Kayo quando tinha 14 anos. Na época, arrasava com meu corpo violão. Tinha pernão e peitão e ficava contando vantagem sobre as amigas magrinhas. Cresci mantendo minha boa forma até que, aos 23 anos, parei de menstruar. Fiz os exames e fui diagnosticada com um tumor na hipófise, a glândula que regula os nossos hormônios. Graças a Deus, meu caso não era tão grave. Nem precisei de cirurgia. Apenas tratei durante dois anos com remédios.

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O tumor foi resultado de anos e anos misturando anticoncepcional com remédio para emagrecer. Era assim que eu controlava meu peso. Mas, com o diagnóstico, fui proibida de ingerir qualquer tipo de hormônio, inclusive anticoncepcional. Aí, além de engordar, um ano depois, em 2008, engravidei. E passei a ganhar peso sem parar. Eu estava com 81 kg e acumulei mais 10 kg com a gestação. Com a notícia da doença do meu pequeno, além de não me cuidar para perder os quilos extras da gravidez, acumulei mais 7 kg num piscar de olhos.

Descontrolada emocionalmente, devorava quatro pãezinhos por dia. Comia chocolate branco o tempo todo e fazia pratos enormes no almoço e no jantar. Adorava fritar aquelas iscas congeladas de frango e comer a caixa toda assistindo a filmes. E não tomava água, só refrigerante.

Eu já estava usando manequim 50 e fingia que nada estava acontecendo. Até o dia do episódio da aliança, quando meu marido me abriu os olhos. No dia seguinte, quando comecei a dieta em segredo, sem contar ao Kayo nem a ninguém, fiz a pesagem e tirei as medidas na clínica médica onde eu trabalhava. Eu estava com 115 cm de circunferência na região abdominal, dá para acreditar? Calculei meu IMC, o índice de massa corporal, e deu 39, o que caracteriza obesidade mórbida grau 2. Que horror! Aí, calculei também qual seria meu peso ideal e tracei a meta: pesar 65 kg. Estipulei 29 de dezembro de 2013 como prazo, dia em que eu completaria 30 anos. Eu tinha um ano e meio para me transformar. Respirei fundo, me enchi de pensamento positivo e fui correr atrás do prejuízo!


Chorei quando coloquei a aliança

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Pesquisei sobre dieta na internet e em revistas e cheguei à conclusão que o melhor seria cortar o carboidrato, o açúcar e o refrigerante. Fui bem radical: só comia proteínas. Nada de arroz, frituras, massa, pão… Cortei também o feijão e o leite integral. Meu cardápio novo tinha muito frango, ovo, queijo branco e folhas. Também passei a beber pelo menos 1 litro de água por dia. Ah, e fazia uma hora de esteira diariamente!

Logo de cara, também passei a incluir amaranto nas minhas receitas, que é uma sementinha triturada que ajuda a dar saciedade. Também tomei cápsulas de cafeína, para acelerar o metabolismo, e de óleo de cártamo, para espantar a fome.

Mas minha grande descoberta na internet foi o poderoso chá seca-barriga, que leva gengibre, cravo e canela. É uma delícia! Por ser termogênico, ele acelera o metabolismo e aumenta o gasto calórico durante a digestão! Tomava, todos os dias, uma xícara ao acordar e outra antes de dormir.

E foi assim que, nos primeiros 90 dias de dieta, sequei 18 kg. Uau! A essa altura, as pessoas já reparavam e elogiavam, inclusive meu marido! Então, tomei coragem e fui tentar colocar a aliança no dedo. Desde que comecei a dieta, não usava nem no pescoço mais. Tinha guardado a sete chaves esperando o momento em que ela voltaria para o seu lugar. E não é que voltou?! Meu coração disparou. Chorei de emoção sozinha. Só eu tinha a dimensão do quanto aquilo significava pra mim. Depois de uns dias, meu marido reparou que eu estava com ela de volta – homens, né?! Ele me beijou um monte de vezes e me deu os parabéns! Fiquei tão feliz ao sentir que meu amor estava orgulhoso de mim!

Mas eu ainda tinha que perder mais 15 kg para chegar à minha meta final. Aí, no quarto mês, me matriculei em uma academia e passei a correr na rua nos fins de semana. Peguei tanto gosto em me exercitar que comecei a andar com aqueles pesinhos nos tornozelos enquanto fazia as tarefas diárias.

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Segui certinho meu plano e, quando completei 30 anos, cheguei aos tão sonhados 65 kg. Meta atingida! U-hu! Mantenho esse peso há seis meses e agora quero ganhar massa magra. O projeto deste ano é turbinar, meu bem!


Emagreci a família toda


Com 40 cm a menos de cintura, hoje desfilo meu manequim 38 toda feliz! Autoestima é tudo nesta vida, amiga! Passei a me amar, descobri que sou sensual, que tenho curvas, que sou desejada pelo meu marido. Regulei minha menstruação, que antes era toda bagunçada, e passei a ter mais apetite sexual. Sim, hoje posso dizer que sou outra mulher!

E o maridão adora, né?! Elogia o tempo todo e chega a ter ciuminho, coisa que antes não rolava. Quando comecei o processo, foi por ele, pelo nosso casamento, mas o que ganhei vai muito além disso. Hoje posso inspirar as pessoas com a minha história! No meu trabalho, ajudei quatro pessoas a emagrecer. Meu irmão estava com 120 kg e, com minhas dicas, já perdeu 25 kg! Minha cunhada também já perdeu 15 kg. Criei uma página no Facebook sobre reeducação alimentar e tenho um projeto de escrever um livro.

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Receita do chá seca-barriga 


Ingredientes
10 cravos + 1 canela em pau + gengibre ralado a gosto

Modo de preparo
Ferva 500 ml de água. Assim que começar a ferver, coloque o cravo e a canela. Ferva durante cinco minutos, retire do fogo e acrescente o gengibre. Mantenha tudo na chaleira em infusão por mais três minutos antes de consumir. Tome bem quentinho.

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Como consumir
A indicação da nutricionista é consumir até três xícaras do chá seca-barriga por dia. Ele pode ser preparado pela manhã para tomar ao longo do dia.
 
Alerta
“É preciso ter cuidado ao consumir o chá à noite, pois ele pode tirar o sono”, alerta Talitta. A contraindicação fica para cardiopatas, gestantes, crianças e para quem tem hipertireoidismo, pois seu metabolismo já é acelerado.

 

Cardápio inserido
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O cardápio da Brunna

Café da manhã

300 ml de suco verde feito com 2 folhas de couve-manteiga, ½ fruta (maçã ou pera ou uma rodela de abacaxi), hortelã, raspas de gengibre, 1 colher (sopa) de chia, 1 colher (sopa) de amaranto ou 250 ml de chá seca-barriga

Dica da nutricionista:

Para que o suco verde continue dando resultados a longo prazo, é bom variar os ingredientes. Sugestão: incluir 1 colher (sopa) rasa de salsinha ou folhas de espinafre, dando preferência aos produtos orgânicos. A semente de chia pode ser alternada com linhaça e o amaranto pode ser alternado com quinoa em flocos.

Lanche da manhã

A outra metade da fruta utilizada no suco verde

Almoço

2 filés médios de frango ou peixe grelhados + salada à vontade

Dica da nutricionista:

Para evitar a perda de massa magra, inclua uma fonte de carboidrato de baixo índice glicêmico, como arroz integral e purê de batata-doce.

Lanche da tarde

1 unidade de polenguinho light

Dica da nutricionista:

Inclua 1 copo de suco de frutas natural com 1 colher de sopa de colágeno.

Jantar

300 ml de shake de proteína (whey protein ou albumina) batido com água

Dica da nutricionista:

Os suplementos nutricionais devem ser receitados por um nutricionista.

Ceia

250 ml de chá seca-barriga

Durante todo o dia

3 litros de água

Dica da nutricionista:

O consumo de água acelera o emagrecimento. Ela ajuda a eliminar as toxinas do organismo, auxilia o bom funcionamento do intestino e contribui para a “quebra” de gordura corporal

(Cód. Conteúdo: 782883)

 

Conheça o chá da barriga sequinha

 
“Além de ajudar no processo de emagrecimento, a combinação de gengibre, cravo e canela aumenta a disposição geral, deixando a pessoa mais animada e ativa para os exercícios físicos e tarefas da rotina”, destaca a nutricionista Talitta Maciel, da clínica Espaço Reeducação Alimentar. A especialista explica, ingrediente por ingrediente, o poder desse chá no combate à gordura, principalmente na temível região abdominal. Confira:
 
Gengibre
É termogênico, ou seja, faz aumentar o gasto de calorias e estimula o metabolismo a utilizar as reservas de gordura, impedindo seu acúmulo e o ganho de peso.
 
Cravo
Estimula o fluxo sanguíneo e aumenta a produção de saliva, contribuindo com a digestão, principalmente dos carboidratos. Diminui os gases intestinais, melhorando o inchaço abdominal e, portanto, reduzindo as medidas dessa região.
 
Canela
É termogênica. Age no organismo da mesma forma que o gengibre: aumenta o processo metabólico e o gasto calórico durante a digestão. Além disso, tem ação anti-inflamatória, o que contribui para a perda de peso, já que a gordura é um quadro de inflamação crônica. Seu uso também está associado com a diminuição do desejo por doces e carboidratos.

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