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Vida nova para a casa e para os moradores

Levou mais de um ano para a reforma e a decoração ficarem prontas, mas valeu a pena! Agora os designers Manu e Igor têm o lar com que sonhavam: aconchegante e colorido, com muito espaço para curtir seus bichos

Por Texto: Cristiane Teixeira
Atualizado em 19 fev 2020, 14h11 - Publicado em 10 nov 2015, 09h00
Vida nova para a casa e para os moradores (Cadu Pilotto/)
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Manuela Macedo cresceu entre as paredes desta casa, construída há duas décadas no Rio de Janeiro. Só saiu daqui para morar com Igor Mourelle, quase cinco anos atrás. Voltou recentemente, depois de ganhar o imóvel dos pais e ajustá-lo à vida a dois – essa história ela narra no blog Muita Calma Nessa Obra. “Estava tudo bem velho. A elétrica era uma confusão, havia infiltrações e os ambientes eram muito fechados”, diz. Como o casal gosta de ir para o fogão e receber os amigos, o ponto de partida foi integrar a cozinha e a sala. Em todos os ambientes, eles buscaram usar poucos móveis, na maioria peças antigas e recicladas – assim, os cachorros Lola e Fred e os gatos Tyler, Marla e Jojo dão menos prejuízo quando aprontam!

De trás pra frente

 Para aproveitar ao máximo a planta de cerca de 140 m², os moradores fizeram uma importante inversão na distribuição dos cômodos. Antigamente, a sala principal ficava na frente do imóvel, onde hoje é a suíte do casal (1). Ao migrar para trás, esse ambiente ocupou o lugar de um quarto (2) e foi integrado à cozinha e à nova salinha de jantar. Em nome dessas alterações, a entrada da casa passou para a varanda dos fundos (3).

Em vez de papel de parede, pintura em zigue-zague tricolor

❚ Para usufruir de uma área social espaçosa e clara, o casal abriu a cozinha para as salas de estar e jantar. Em nome da unidade visual, um único piso foi usado em toda a área. “É um material bem fácil de limpar, mas me arrependi da cor branca: qualquer fio de cabelo aparece”, diz a moradora. 

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❚ Já as paredes combinam vários acabamentos. As superfícies do balcão americano, por exemplo, ganharam um porcelanato que imita madeira patinada (Villagio Bianco, de 0,26 x 1,06 m, da Biancogres. C&C, R$ 92,90 o m²), enquanto a área atrás do fogão recebeu um mosaico de azulejos (Provence Mix, de 20 x 20 cm, da Portobello. Leroy Merlin, R$ 139,90 o kit com 12 peças). 

❚ Mas é a parede com a estampa chevron a que mais chama a atenção! Foi pintada por Manu e Igor com tinta acrílica nas cores branca, amarela (Girafa, ref. E027) e cinza (Nevoeiro, ref. C160), todas da Suvinil. De segunda mão, uma mesa e quatro cadeiras repaginadas completam a área do jantar. 

❚ Gostou do móvel que serve de apoio para a TV? Para ter um igual, basta aparafusar pés-palito (Casa de Criação a Vó Queria , R$ 108 o kit de 45 cm de altura) na base de um rack retangular comum (no padrão branco e carvalho, o modelo Sim, da Orb, mede 1,60 x 0,40 x 0,40 m. Americanas.com , R$ 296,91). Para decorar a face das gavetas, a designer recortou e aplicou triângulos de adesivo vinílico preto.

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Por aqui, só móveis reaproveitados!

❚ Os criados-mudos e a cabeceira do dormitório do casal têm história: eles pertenceram a uma das avós de Manu. Pintados pela Transmóveis Ferreira, os itens contrastam com o roxo pincelado na parede atrás da cama (cor Sorvete de Ameixa, ref. 30RR 19/068, da Coral). 

❚ A tonalidade favorita da moça, o amarelo, foi parar também nos complementos, como o abajur em forma de gato, vendido pela loja virtual que Manu e Igor mantêm, a Cat Club. 

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❚ Enquanto não há crianças na casa, um dos quartos funciona como closet, integrado à suíte principal por uma porta-camarão. Para acomodar as roupas, os moradores combinaram módulos de madeira e araras. Disposta na horizontal, uma estante vermelha, vinda do endereço anterior, virou uma prática sapateira – e ainda serve de apoio para acessórios.

Todo cantinho traz materiais selecionados com muito capricho

❚ A lavanderia, alocada na área externa e protegida pelo telhado, é uma versão compacta: apenas uma lavadora de roupas sob uma extensa bancada, que também abriga armários. Nem por isso rejeita detalhes charmosos. É o caso do barrado de cerâmica estampada na parede e das portas metálicas – estas lembram lousas escolares, graças ao acabamento com esmalte fosco verde, que aceita anotações com giz. 

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❚ A fim de conquistar uma atmosfera alegre e luminosa, a parede foi tingida com a cor pronta Amarelo, da Suvinil. 

❚ Cores não faltam no banheiro social, a começar pela porta, pintada com o tom Verde Nostalgia (ref. D063, da Suvinil). O armarinho foi encontrado em uma busca na internet e, como o vendedor era fabricante, produziu o móvel na cor amarela, sob encomenda. Uma cerâmica que imita ladrilho hidráulico – inclusive pelo tamanho – enche de vida a área atrás da pia.

Nada se perde, tudo se renova

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Limpeza, reparos e pintura fizeram de móveis muito velhos os destaques da casa de Manu e Igor. Aqui, entregamos alguns segredos das transformações

A cômoda era de uma prima de Manuela, que a vendeu por R$ 100. A cadeira saiu por R$ 40 em um brechó. O aparador do banheiro, no estilo Chippendale, foi encontrado no lixo. Tudo isso só estimulou o jovem casal e a artesã Cecília Ferreira, da Transmóveis Ferreira, a dar uma segunda chance a esses e outros itens do endereço carioca. “Antes de tudo, lavei as peças com água, sabão e água sanitária, e apliquei um removedor de tinta”, explica a especialista.

Vida nova para a casa e para os moradores

❚ Só quando desmontou a cômoda Cecília percebeu o tamanho do estrago: cupins infestavam uma das laterais, partes da base estavam destruídas e a frente das gavetas grandes havia empenado. 

❚ Trocados esses componentes, ela passou um produto com ação cupincida e, depois, primer para tinta automotiva, que tem como função fechar os poros da madeira. Por cima, a especialista usou pistola para aplicar quatro demãos de tinta automotiva do tipo laca nitrocelulose. Depois de seca, a superfície foi encerada e ganhou puxadores cerâmicos.

❚ Um serviço semelhante sai por R$ 650.

Vida nova para a casa e para os moradores

❚ Para recompor os trechos de revestimento que faltavam à estrutura desta cadeira de fibra natural, a artesã improvisou: parte do restauro foi feita com palha, fixada com cola branca, e parte, com Durepoxi (Loctite). “Fui esculpindo essa massa até cobrir as falhas. Como pintei por cima, deu para disfarçar bem as imperfeições.” Por fim, a pintura seguiu o mesmo passo a passo da cômoda.  

❚ O trabalho, que não inclui o reparo no assento, hoje vale R$ 220.

Vida nova para a casa e para os moradores

❚ O tampo do aparador se salvou, mas o restante da madeira teve de ser recuperado com a aplicação de massa PVA bem aguada, que cobriu as rachaduras aparentes. Após a secagem e o lixamento, Cecília deu quatro demãos de esmalte à base de água.  

❚ Ela cobra R$ 380 por uma reforma similar.

*PREÇOS PESQUISADOS ENTRE 14 E 17 DE SETEMBRO DE 2015, SUJEITOS A ALTERAÇÃO.

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