Perfeito para o casalzinho
Junte uma dose de psicologia e outra de criatividade, e o filho mais velho topará dividir com a irmã bebê o lindo quarto.
A chegada de um irmão é uma fase delicada. Principalmente quando o primogênito perde a soberania em seu espaço. Atentas a essa situação comum, as arquitetas Éllen Cavalcante e Paula Ferraz, de São Paulo, orientaram o projeto de MINHA CASA de modo a contemplar as necessidades do bebê, uma menininha, sem deixar o garoto em segundo plano. Toda a bossa está concentrada nas paredes, permitindo que a decoração acompanhe o crescimento da dupla. “Com o tempo, as preferências mudam. Aí, basta trocar os revestimentos”, diz Éllen, que aconselha evitar personagens. “Que menino gostaria de convidar um amigo para um quarto com fadas?”
Tecidos e tintas para o visual unissex
• As arquitetas não fugiram do clássico azul e rosa. Mas reuniram essas e outras cores em uma paleta cheia de graça. O segredo está nos tons pastel, afinados com o universo infantil.
• Na parede do garoto, círculos de tecidos mesclam estampas e nuances de azul, amarelo e verde (passo a passo na pág. 46). No canto da menina, listras de larguras diferentes suavizam o conjunto.
Distribuição eficiente
• Berço e trocador lado a lado facilitam os cuidados com o bebê. Junto à cama do garoto há espaço para os brinquedos, enquanto suas roupas vão para o armário de quatro portas (1).
Bonito? Sim, mas, acima de tudo, muito prático
• As cores delimitam sutilmente os territórios de cada criança. Embora os azuis prevaleçam de ambos os lados, listras cor-de-rosa indicam qual é o pedaço da menina.
• A mesa baixa com uma cadeira de design serve na hora de brincar e de desenhar. “É um recurso para atenuar o ciúme do primogênito. Dessa forma, ele sente mais o espaço como seu”, defende Éllen.
• Na janela protegida com rede de segurança, a persiana de poliéster não acumula poeira, medida que favorece até quem não sofre de alergia.
• Nichos e prateleiras abrigam os pertences dos irmãos: hoje são brinquedos; daqui a alguns anos, livros e material escolar. Caixas de MDF com diferentes estampas, empilhadas aos pés da cama do garoto, guardam bonecos e bolas.
• A cômoda tem 1,29 m de extensão, o bastante para acomodar o trocador de poás forrado de plástico (Show do Neném) e a cesta com produtos de higiene (Etna), que entram em ação a cada troca de fraldas. O abajur com lâmpada fraquinha permite que a tarefa seja executada até de madrugada, sem despertar o filho mais velho.
• Para simplificar a limpeza, foi usado piso laminado (cor Álamo, da linha Essense Liso, da Tarkett, Leroy Merlin). E não há tapete, para evitar escorregões.
Um lugar para cada item: dá até gosto de manter o armário e a cômoda arrumados!
• Fuja da bagunça em quartos de crianças. Christianne Marques, do Ateliê Ordenar, aconselha: “Quando a área é organizada, os pequenos se acostumam a mantê-la assim. É uma questão de educação, que começa desde cedo”. Analise a rotina antes de definir o lugar de cada coisa. “Com planejamento, a vida se torna mais prática.”
• Na cômoda do bebê, destine a gaveta mais alta às fraldas e paninhos de boca.
• Cabides iguais virados para o mesmo lado facilitam a procura. Havendo dois cabideiros, pendure as camisas no de cima e as calças no de baixo.
• Ao guardar itens dobrados, não faça pilhas altas, que desmontam facilmente.
• Peças íntimas e meias vão para uma gaveta. Organize as outras por assunto – roupas de verão e de inverno, por exemplo.
• Promova um rodízio de acordo com a estação, guardando os modelitos menos usados nos nichos altos.