O ombré feito com quatro nuances de azul é a estrela dessa sala!
Mas as atrações não param por aí: há acessórios com leve toque retrô, charmosos ladrilhos na varanda... Confira as boas ideias e aprenda a fazer igual
Fugir do lugar comum tingindo uma parede em degradê foi a aposta certeira da arquiteta paulistana Ana Yoshida, que assina este projeto em parceria com Minhacasa. “A técnica ombré é uma tendência que veio das passarelas para a decoração”, diz Ana, que escalou a maior superfície do estar para receber o efeito. Já no terraço, o destaque é o ladrilho sextavado no piso e na parede, imprimindo uma carinha de quintal da vovó. Para arrematar, tons fortes enchem a área de personalidade.
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Muito sossego, um pouco de energia
❚ Cor que nunca sai de moda, o azul aparece em quatro variações: “Partimos do turquesa e fomos rebaixando-o até chegar a um matiz muito suave”, explica Ana. Para contrastar, a profissional elegeu outra cor primária: o amarelo, que esquenta o conjunto e acende a decoração.
❚ O equilíbrio vem dos neutros. Móveis e equipamentos brancos, acabamentos em cinza e bege fazem o contraponto.
Em nome da circulação
❚ Estar e varanda somam 11 m², e a distribuição dos elementos se dá pelas paredes maiores, deixando livre toda a área de passagem de um cômodo ao outro. No terraço estreitinho, um banco de madeira (1) encaixa-se perfeitamente no espaço de 1,20 m.
Composições inusitadas e cores claras para suavizar
❚ Do ombré, Ana puxou o tom mais rebaixado e o jogou nas demais paredes. “Assim, há uma continuidade cromática sem deixar o espaço pesado”, justifica. Seguindo esse raciocínio, ela escalou o branco para o rack, os nichos e todos os equipamentos eletrônicos – reparou na TV de estilo retrô?
❚ No arranjo da parede, nada de regras! Os protagonistas são os nichos de três tamanhos diferentes – o que deu mais bossa ao resultado. Dispostos de modo aleatório, eles formam um conjunto assimétrico e são explorados de todas as formas: “Planejei alturas e distâncias que permitiram tanto o uso do interior quanto das faces externas para apoiar a decoração”, explica a arquiteta.
❚ Novamente fugindo das convenções, Ana apostou em mesinhas laterais de aço distintas para cada lado do sofá. Enquanto uma é preta, magrinha e alta, a outra é amarela, mais robusta e baixa.
❚ Equilibrando a paleta, foram eleitos tom cru para o sofá e um padrão de madeira bem clarinho para o piso de porcelanato. O tapete, de tonalidade parecida com a do revestimento, esquenta a ambientação. Note que o tecido fica sob os dois pés do estofado, e suas laterais ultrapassam o comprimento do móvel.
❚ O rodapé colorido faz diferença: a graça está em pintá-lo com o azul mais escuro do degradê, deixando-o quase imperceptível na parede do ombré, porém em destaque nas azuis-claras.
Olhares capturados pelos ladrilhos antiguinhos
❚ Na pequena varanda, eles chamam a atenção. “Além da estética retrô, os ladrilhos hidráulicos hexagonais permitem a criação de diversas paginações”, atesta Ana, que desenhou a composição como um quebra-cabeça e partiu para a montagem com a padronagem já definida. Assim como na sala, ela brincou com um degradê, porém em tons de cinza – desta vez, para as outras paredes, puxou o tom médio do acabamento. E as peças não se limitam ao piso: sobem pela meia-parede, exibindo-se para quem olha do estar.
❚ Apesar de estreitinho, o terraço comporta um canto de relaxamento, com banco de madeira e jardim vertical aparafusado na parede da frente. Um aparador amarelo e objetos coloridos e de matizes vibrantes dão o toque contemporâneo. “Como há uma ligação com o estar, escolhi cores que dialogam com o cômodo”, conclui Ana.