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Cozinha-corredor tem até mesa de refeições

Armários de sobra, torre de eletrodomésticos, mesa com bancos e uma boa circulação. Descubra como foi possível planejar este ambiente completíssimo em um espaço estreito e comprido

Por Texto Juliana Duarte | Ilustrações Alice Campoy
Atualizado em 19 fev 2020, 12h46 - Publicado em 4 abr 2017, 12h00
Cozinha-corredor (Divulgação/)
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A planta da cozinha da gerente Ana Carolina e do marido, o representante comercial Fábio Fernandes Cataldi, de Santo André, SP, não foge ao padrão da maioria dos novos apês. Magrinho e comprido, o cômodo era um quebra-cabeça para os moradores, que projetavam nele diversas expectativas. “Espaço para todos os utensílios e uma despensa, boa área de trabalho e um canto de refeições para não precisar apelar para a sala de jantar”, enumera a moça. Com essas questões, o casal chegou ao designer Giuliano Luchetti, que aceitou o desafio de fazer tudo caber ali. Como? A resposta é uma só: marcenaria superfuncional.

Todos os anseios em apenas 6,90 m²

❚ Os móveis ocupam as duas paredes maiores. Sob a pia, estendem-se por 2,80 m e, acima dela, por 1,80 m. Do outro lado, a marcenaria abraça a geladeira (1) e a torre (2), abriga o micro-ondas e embute o forno. No espaço restante (3), a área de refeições ganhou lugar. E ainda restaram 75 cm desobstruídos para a passagem (4).

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Além de bem aproveitado, o espaço é muito convidativo e organizado

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❚ O mobiliário feito de chapas de compensado revestidas de laminado fosco (padrões L120 Branco e M831 Zebrano, da Formica) foi desenhado e executado pela empresa de Giuliano, o Studio Luchetti. 

❚ O casal optou pelo branquinho para deixar o visual mais limpo, porém o designer sugeriu a combinação com a madeira para esquentar a ambientação. Além de dar acabamento aos móveis, o padrão amadeirado ainda se faz presente em um painel laminado aplicado sobre a cerâmica na região da coifa. 

❚ A mesa é o toque de Midas do profissional: “Acho estranha a solução mais comum, de uma mesa comprida em que os moradores fazem as refeições olhando para a parede, por isso projetei um canto mais confortável, onde a Ana e o Fábio sintam vontade de ficar”. Para tanto, ele começou calculando o espaço para os eletrodomésticos e para a torre. Estudou o vão que sobrou e chegou à conclusão de que era suficiente para encaixar uma mesa (80 x 80 cm) e dois bancos (80 x 45 cm cada).

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Conforto pode ser mensurado na trena. Veja as medidas!

PRATICIDADE E SEGURANÇA

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❚ A altura-padrão para pia, bancada de trabalho e cooktop é de 90 cm – esse número pode ser adaptado levando em conta a estatura dos usuários. Aqui, Giuliano projetou os armários inferiores com 65 cm de altura e a bancada de pedra com 4 cm de espessura – o recomendado para receber cooktop vai de 2 cm a 6 cm – e elevou o conjunto do piso em 16 cm. 

❚ Acima dos queimadores do fogão, a coifa está instalada a 75 cm – os arquitetos indicam que a variação pode ser de 65 cm a 80 cm. “O painel laminado que vai preso na parede dista 65 cm do fogo, afastando o perigo de incêndio”, garante o profissional. 

❚ Com a profundidade de 65 cm, ele pôde eleger um cooktop de cinco bocas, colocando-o a 5 cm da parede à esquerda e a 60 cm da pia, à direita, espaçamento suficiente para evitar respingos – a orientação é que essa medida parta de 45 cm. Um desnível na superfície da pedra também foi previsto para isolar a parte seca. 

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ENCAIXE CERTO

Para embutir o forno elétrico na torre de marcenaria, Giuliano seguiu as dimensões especificadas pelo fabricante do aparelho e definiu a altura em nome da boa ergonomia. A base fica a 50 cm do piso, assim a tampa se abre na altura dos joelhos. “Isso garante mais força e equilíbrio para pegar os pratos quentes”, revela. Já o micro-ondas e a geladeira ganharam nichos com 5 cm a mais do que suas medidas. “Essa folga é essencial para evitar o superaquecimento”, ensina o designer. 

BEM PENSADO

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Para duas pessoas, a mesa fixa na parede (a 78 cm do chão) dispensa os pés, o que facilita o movimento de quem se senta ali. Por esse mesmo motivo, os bancos têm 45 cm de altura – sobram mais de 30 cm entre o tampo e o assento para cruzar as pernas. A fim de afastar o risco de bater a cabeça na prateleira que fica 80 cm acima da mesa, Giuliano projetou os bancos mais largos: eles têm 12 cm a mais do que a profundidade do conjunto de armários que os abraçam.

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