A casa em Porto Alegre ganhou 32 m² de área coberta e permitiu à família ter a cozinha espaçosa que acomoda a família inteira nas refeições
Por Texto Irene Marcondes (RS) | Fotos Ricardo Jaeger (RS) | Ilustrações Alice Campoy
Atualizado em 19 fev 2020, 12h17 - Publicado em 5 jul 2017, 14h04
Toda de madeira, a cozinha parece pertencer a um chalé na montanha. O fogão a lenha reforça essa sensação, principalmente quando aquece o ar nos dias mais frios. E também é muito útil ao preparo da comida. Fogão a lenha: da marca Venax, é de chapa de ferro fundido, exibe frente e laterais esmaltadas e mede 95 x 59 x 71 cm*. Inclui duto. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
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Os irmãos Miguel, Jamile e Gabriel cresceram soltos entre as árvores do quintal da morada de 85 m², erguida nos anos 1940. Só não tinham a liberdade de se sentar para comer com os pais, a arquiteta Luciane Tabbal e o servidor público Sérgio Mallet, na cozinha diminuta. Mal planejado, o cômodo não passava de um corredor espremido entre sala, escritório e quartos. Após mais de uma década assim, a família desengavetou o projeto de ampliação, que soma dois andares – em cima, ficou o ambiente desejado, grande e avarandado, além de minilavanderia e banheiro; embaixo, área aberta de estar e outro banheiro. Terminada a obra de quatro meses, finalmente chegou o dia em que o caçula, Gabriel, pôde dizer: “Estamos almoçando todos juntos na cozinha!”
1/19 Preocupada com a qualidade da construção e com a preservação do meio ambiente, a arquiteta Luciane Tabbal escolheu um carregamento de grápia – espécie por natureza durável e resistente a cupins – derivado de manejo sustentável e, portanto, certificado. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
2/19 Note que a casa acabava na escada vermelha, elo com o pátio, mais abaixo. Para aumentar a moradia, o casal precisou unir estrutura leve e alicerces pouco profundos, que preservassem a rede pública pluvial subterrânea existente. Daí a madeira. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
3/19 Na porção recém-erguida, somente o muro de divisa e o banheiro no térreo, atrás da parede azul, são de alvenaria de tijolos. O ambiente sombreado virou um acolhedor local de convívio. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
4/19 Toda de madeira, a cozinha parece pertencer a um chalé na montanha. O fogão a lenha reforça essa sensação, principalmente quando aquece o ar nos dias mais frios. E também é muito útil ao preparo da comida. Fogão a lenha: da marca Venax, é de chapa de ferro fundido, exibe frente e laterais esmaltadas e mede 95 x 59 x 71 cm*. Inclui duto. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
5/19 Para instalar o equipamento com segurança em meio à tanta madeira, a arquiteta tomou os cuidados necessários. “Isolamos o trecho ao redor com placas cimentícias impermeabilizadas. No chão, foi só colocá-las sobre o assoalho pronto. Nas paredes, elas foram parafusadas nas vigas e, depois, receberam textura do tipo grafiato”, explica a arquiteta Luciane Tabbal. Pintada de tinta terracota, a proteção fica disfarçada. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
6/19 “Pedi ao aplicador que destinasse ao piso o acabamento mais resistente possível”, conta a arquiteta Luciane Tabbal, justificando a laca incolor passada no assoalho. Paredes internas e forro não precisaram de mais que verniz incolor. Móveis planejados: são de MDF, com portas de laminado no padrão Narita. Eko Ambientes. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
7/19 Típico da arquitetura das cidades da Serra Gaúcha, o coração recortado em elementos de marcenaria está presente aqui. Ele chama a atenção para a porta que separa a cozinha do pequeno cômodo, misto de lavanderia e despensa, inexistente antes da reforma. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
8/19 Bancada da pia: de granito cinza andorinha (2,20 x 0,56 m). Ornamentto Mármores e Granitos. Placas cimentícias: fabricadas pela Brasilit, já vêm impermeabilizadas e não propagam fogo. Têm 10 mm de espessura. Cemear. Puxadores: modelo A034 morango duplo branco, de cerâmica, da Italy Line. Ferragens Roma. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
9/19 O novo módulo fica um pouco elevado em relação ao antigo.Olhando o retrato do antes, repare na parede de madeira: ela mostra que o bloco recémerguido estava pronto antes das modificações na construção antiga – assim, os transtornos na rotina foram reduzidos. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
10/19 O corredor passou a ligar as áreas. Ele tomou metade da largura da velha cozinha e expõe uma galeria de fotos em molduras compradas em home center. “É assim que damos as boas-vindas aos nossos convidados. Passando por ali, eles revivem os melhores momentos da nossa história”, diz a arquiteta Luciane Tabbal. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
11/19 O restante da cozinha deu origem a um banheiro partilhado com as visitas. “Instalamos uma porta sanfonada para fechar a área de banho e esconder o chuveiro”, conta a arquiteta Luciane Tabbal. Móvel da pia: adaptado, o aparador de nogueira (80 x 30 x 80 cm) recebeu a cuba de apoio. Armazém Marinei. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
12/19 Para revestir as paredes, ela aproveitou sobras de dois tipos de azulejos brancos que já possuía. Novidade é só a faixa decorativa, posicionada de modo estratégico: “O truque foi dispor placas de um modelo acima da faixa e de outro abaixo dela, evitando os encontros diretos. Emendas em cantos também são menos perceptíveis”, explica a arquiteta Luciane Tabbal. Espelho com moldura: mede 58 x 76 cm. Tumelero. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
13/19 Para resguardar a cozinha dos olhares de quem vive no prédio vizinho, a profissional traçou o terraço de 7 m². Aqui, com exceção do piso envernizado, todas as superfícies de madeira têm a proteção de stain Osmocolor Incolor UV Glass, com filtro solar (Montana Química). Repare na casinha pendurada na viga, muito frequentada pelos pássaros dos arredores. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
14/19 Se estruturalmente a nova ala faz lembrar um chalé, a decoração não deixa por menos. Entre os detalhes promovidos pela família, sobressai o canto com vasos de ervas aromáticas, montado sobre uma base de máquina de costura. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
15/19 A exemplo do banheiro de baixo, a única alvenaria no nível superior – ao mesmo tempo parede da varanda e divisa de terreno – recebeu textura do tipo grafiato e, sobre ela, pintura no tom Nifty Turquoise (ref. SW-6941, da Sherwin-Williams). O azul é bem-vindo, pois quebra a sobriedade do interior mais terroso. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
16/19 Encomendadas também em grápia, portas, janelas e venezianas levam tinta branca no acabamento. Esquadrias: sem acabamento (Esquadrias da Serra). Madeira: grápia para estrutura, paredes, assoalhos e forros. Cunha Madeiras, (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
17/19 Chamam a atenção, ainda, as joaninhas de cerâmica que sobem pela parede ao lado do banco. Joaninhas: fixadas com adesivo epóxi. Floricultura Buganville. Textura grafiato: material e mão de obra da Revescryl. (Ricardo Jaeger (RS)/Minha Casa)
18/19 Na construção original, apenas a cozinha de 6 m² (1), sem lugar para uma mesa, foi modificada, transformando-se em corredor (2) e banheiro (3). A cozinha atual (4) mede 17,50 m² e acomoda não só os itens esperados – eletrodomésticos, armários e pia – como também mesa para seis pessoas, fogão a lenha, estofados e TV. Um cômodo (5) com função de minilavanderia e despensa dá apoio ao ambiente principal. (Alice Campoy/Minha Casa)
19/19 No nível inferior, onde só havia o porão, o pátio descoberto e uma churrasqueira, passou a existir um espaço de convivência (6) muito disputado pela família e pelos amigos. Um banheiro (7) atende quem usufrui do quintal. (Alice Campoy/Minha Casa)
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