Cozinha clean e funcional
Armários em quantidade, iluminação bem pensada e revestimentos fáceis de limpar reiventaram o ambiente favorito de Noíse Pina Maciel, de Cuiabá
Os amigos da enfermeira Noíse nunca se queixaram da simplicidade de sua cozinha – pelo contrário, faziam do espaço um animado ponto de encontro. A moradora, porém, sofria com os azulejos velhos, a falta de gabinetes e, sobretudo, o fato de nada ali ter seu jeito: “Fiz um consórcio e adquiri meu apartamento há cinco anos. A remodelação foi conduzida pela arquiteta Roberta Ribeiro, também da capital mato-grossense. “Fiz de tudo para modernizar e organizar a área”, resume a profissional.
“A cozinha é um local sagrado, de onde vem a energia que fortalece nossa vida. Por isso, sonhava todos os dias em tê-la bem decorada.” Noíse, a moradora.
Panelas empoeiradas nunca mais
º O maior desejo da dona do espaço era cobri-lo de armários – até então, utensílios, potes e alimentos dividiam as prateleiras de uma estante aberta. Além de transmitir a ideia de bagunça constante, a solução improvisada não era higiênica.
º A contemplação do pedido veio sob a forma de uma composição de peças variadas: existem módulos aéreos basculantes, balcões com gavetas, gabinetes dotados de portas de abrir e até um nicho para o micro-ondas.
º Considerando que a enfermeira tem o hábito de lavar o espaço frequentemente, usando água e sabão, os armários inferiores foram fixados sem os rodapés que originalmente os acompanham.
º As janelas entre a cozinha e a lavanderia ganharam persianas horizontais. É só puxar a cordinha para isolar ou unir visualmente as áreas.
Imprevistos? Quase toda reforma tem!
º A ideia inicial era cobrir parte das paredes com pastilhas, parte com tinta lavável. Durante a obra, contudo, veio a surpresa: sob os azulejos havia outra cerâmica, mais antiga ainda. “Já que teria o dobro de trabalho para quebrar tudo, o pedreiro resolveu cobrar o dobro também”, lembra a arquiteta, que preferiu mudar os planos a estourar o orçamento.
º Ao contrário de pastilhas e tinta, que dependem de uma base lisinha, o revestimento cerâmico pode ser assentado diretamente sobre uma parede azulejada. “Utilizá-lo foi a saída mais prática e econômica para contornar a situação inesperada”, avalia Roberta, lembrando que a solução exigiu argamassa específica para sobreposições.
º A cerâmica escolhida – branca e brilhante – passa um agradável ar de limpeza, exatamente como queria a moradora.
º Quando se mudou, Noíse retirou a porta da cozinha a fim de ganhar espaço – o que ela não imaginava era o quanto sofreria com o vento! Cinco anos depois, a instalação de um modelo de correr finalmente resolveu a questão.
Do teto às tomadas, atenção às minúcias
º A renovação incluiu o rebaixamento do teto com gesso, a troca das luminárias e das tomadas por peças no padrão de três pinos, e a escolha de uma torneira com bica alta.
º A velha bancada de aço inox deu lugar a uma peça com medidas mais amplas, de granito verde ubatuba. “Além de ser fácil de limpar, a pedra de cor escura se destaca no cômodo predominantemente branco”, salienta a profissional.
º Doses comedidas de madeira clara aquecem a área: elas comparecem no porta-latas de óleo instalado no gabinete da pia e nas duas prateleiras com tampo de vidro – uma fixada acima da bancada e, a outra, à esquerda do micro-ondas. Da Odorata Móveis, esses itens foram encomendados por Noíse, que não resistiu a completar a ambientação com suas ideias.
Raio X do projeto
º Como o layout do cômodo de 7 m² era eficiente, os eletrodomésticos mantiveram seus postos, agora na companhia de uma bancada maior e de muitos armários. Graças à porta de correr (1), coube até um paneleiro (2).
º Móveis, paredes, piso… É tudo branquinho na proposta atual. “O tom neutro é sofisticado, além de fazer o espaço paracer bem maior”, justifica a arquiteta.