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10 dicas para viver e morar de forma sustentável

Mudanças pontuais em nossos hábitos podem gerar benefícios muito significativos para o meio ambiente e para o bolso. Confira

Por Texto: Letícia de Almeida Alves | Fotos: Luis Gomes
Atualizado em 19 fev 2020, 10h59 - Publicado em 9 Maio 2018, 12h30
 (Luis Gomes/Minha Casa)
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1 Espalhe o verde

As plantas podem influenciar o microclima da casa. “Um jardim vertical reduz a poluição sonora e melhora a qualidade do ar. As plantas seguram a poeira, reciclam os gases tóxicos e liberam umidade quando irrigadas, deixando o ar mais fresco”, explica o botânico Ricardo Cardim, que criou a técnica da Floresta de Bolso para áreas públicas de grandes cidades. “Espécies como o singônio e o lírio-da-paz são muito eficazes na purificação do ar”, completa a arquiteta Natasha Asmar, diretora de operações do Movimento 90º, que implanta paredes verdes em fachadas de edifícios. Quer uma pequena mata em casa? Aposte em hera, jiboia, clorofito, samambaia, pacová, peperômia e palmeira-ráfis.

2 Reduza o LIXO

Repensar a relação com o consumo é primordial para diminuir o descarte. Anote algumas sugestões: na hora das compras, carregue sua ecobag; prefira produtos com refil; e aproveite os alimentos de forma integral, com receitas que incluam talos e cascas. “Reaproveitar embalagens e comprar alimentos na medida certa evita o desperdício e o descarte desnecessário”, diz a designer Erika Karpuk, que tem seu trabalho e modo de vida voltados para a sustentabilidade. Atenção ainda à papelada que chega pelos correios. Hoje em dia, a maioria das empresas de serviço oferece a opção de boleto eletrônico em vez do envio em papel.

3 Economize água e energia

Fechar a torneira ao escovar os dentes, tomar banhos rápidos e usar as máquinas de lavar roupa e louça só com carga máxima devem ser hábitos. Além disso, vale investir em arejadores nas torneiras e descargas que reduzem o fluxo de água. Em relação à eletricidade, vale reforçar o uso pleno da luz natural, o lembrete de que aparelhos ligados na tomada em stand-by também consomem muito e que a troca de lâmpadas comuns por LED compensa. “Além da redução de gastos, um LED dura 50 vezes mais, e essa longevidade ainda diminui o descarte”, defende o arquiteto Rafael Loschiavo, mestre em sustentabilidade.

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4 Atente para a escolha dos eletrodomésticos

Antes de comprar, pesquise sobre os aparelhos e analise a eficiência energética de cada um. O Selo Procel é um excelente indicativo: em uma escala que se inicia com a letra A, identifica os que consomem mais ou menos energia. Vale também escolher máquinas de lavar louça ou roupa que poupam água no funcionamento. “Mais importante do que isso é avaliar a necessidade da compra. Muitas vezes as mudanças de hábitos de uma família causam impactos bem mais significativos”, lembra a arquiteta Karla Cunha, MBA em Gestão e Tecnologias Ambientais.

5 Separe e recicle seu lixo

Básica e essencial, a separação dos resíduos entre orgânicos e recicláveis é uma atitude que ajuda, e muito, nosso planeta. Além de não sobrecarregar ainda mais os aterros, a reciclagem também gera renda para milhares de pessoas. Para fazer a diferença, basta separar o lixo seco pelo tipo de material e destiná-lo corretamente a ecopontos, via coleta seletiva ou diretamente para catadores de materiais recicláveis. Saiba que não há problema em agrupar vidros, papéis e metais, pois eles chegam misturados às cooperativas de reciclagem, que por sua vez realizam a triagem e a higienização – então também não se preocupe em lavar as embalagens, é mais sustentável poupar água e diminuir o uso de detergente. E anote mais uma dica: óleo usado, lâmpadas, pilhas, lixo eletrônico e remédios vencidos devem ser encaminhados para locais que aceitem esses descartes específicos. Nunca os misture ao lixo comum.

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6 Abuse de recursos renováveis

Chuva, vento e sol. A natureza é maravilhosa e podemos tirar proveito dela sem prejudicar o meio ambiente. Em casas e prédios, é possível instalar sistemas de captação da água pluvial, usada para fins não potáveis como a rega de jardins e descargas de vasos sanitários. “Cerca de 50% do consumo das residências é de água não potável”, lembra Rafael. Já o emprego da circulação de ar cruzada resulta em espaços mais frescos, diminuindo o uso de ventiladores
e aparelhos de ar-condicionado. Por fim, o sol garante iluminação natural e ambientes mais saudáveis, com menos bactérias e fungos, e pode fornecer calor e eletricidade por meio de captação por placas solares. “Elas podem servir para o aquecimento de água ou, se forem fotovoltaicas, para gerar energia elétrica”, explica.

7 Pratique o upcycling

Sabe aquele móvel velhinho que está encostado em um canto, quase a caminho do lixo? Ele pode ser transformado e ganhar novos usos! Essa é proposta do upcycling, termo que propõe consertar, ressignificar e reutilizar. “Acredito na força do design sustentável. Minha casa está repleta de móveis garimpados ou herdados da família. Amo recuperar peças que seriam descartadas, sempre respeitando sua história e seu design original”, avalia Erika.

8 Pense em ter uma composteira

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O sistema transforma resíduos orgânicos, como cascas de fruta e sobras de alimento, em adubo orgânico.
O funcionamento é bem natural: com terra e minhocas. Mas não se assuste! É tudo muito bem armazenado e limpo.
Há empresas que vendem a composteira prontinha para uso, normalmente feita com caixas plásticas, e em diferentes tamanhos – dá para ter em casa ou mesmo em apartamento.

9 Calcule a obra

Resíduos de construção civil de reformas residenciais são responsáveis por 60% do volume em aterros. Se você vai partir para a quebradeira, pense em medidas que gerem a menor quantidade de entulho, como piso sobre piso. Em relação aos materiais, procure os ecologicamente corretos, a exemplo de tijolos e revestimentos que dispensam queimas em fornos de altas temperaturas, ou tintas fabricadas com compostos naturais. “Hoje o mercado oferece esses produtos a preços equivalentes aos convencionais”, afirma Karla.

10 Invista no ecofriendly

Nas prateleiras dos supermercados, há diversos produtos de limpeza fabricados com compostos agressivos como cloro, fosfato e formaldeídos, que inevitavelmente causam impacto ambiental. Mas é possível trocar a maioria por aqueles que, na fabricação, têm as substâncias tóxicas substituídas por insumos naturais e biodegradáveis. Essa informação você encontra nos rótulos. Outra dica é diluir os limpadores. “Costumo misturar o detergente com duas partes de água. Além de economizar, diminuo a quantidade de sabão que chega aos rios e mares”, revela Erika. Dá ainda para fazer uma bela faxina usando ingredientes caseiros e pouco tóxicos. O bicarbonato de sódio, bactericida, substitui o cloro na remoção de limo e funciona como detergente em contato com a gordura. Já o vinagre, fungicida, tira manchas de tecidos, e o sal é um poderoso esfoliante. Quer experimentar um limpador multiúso? Misture:1 litro de água, quatro colheres de sopa de bicarbonato de sódio, quatro de vinagre branco, quatro gotas de limão e uma pitada de sal.

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